ANO SACERDOTAL - TESTEMUNHO: PE. ROMANO DE ANGELIS, PÁROCO EM ROMA
Celebrando o ano Sacerdotal queremos levar até você testemunhos de padres que vivem aqui na Itália, são eles italianos, estrangeiros, estudantes, párocos, superiores de congregação, enfim diferentes trabalhos que eles realizam aqui no qual vocês poderão acompanhar o testemunhos destes sacerdotes. Hoje vamos conhecer a historia de Padre Romano de Angelis sacerdote italiano, pároco a 8 anos na Paróquia Santa Maria das Graças em Roma, primeiro Santuário dedicado a Mãe de Deus no ano de 1597. Mas como será que Don Romano vive o seu ministério sacerdotal? Vamos conhecer?
Ordenado em 1987 na Basílica de São João de Latrão em Roma Pe. Romano partilha com alegria que o ministério sacerdotal é uma porta de esperança para as almas e que é consciente de que deverá responder por elas diante de Deus.
Pe. Romano: Desde do seminário, eu sentia como um pároco é chamado a responder por cada uma das almas diante de Deus, por isto é uma grande responsabilidade, e se eu não tivesse a consciência e a certeza de que foi o Senhor quem me chamou e me dá a graça todos os dias para realizar o meu ministério correria o risco de não suportar o peso e com isto me distanciar das pessoas, então eu vivo com esta responsabilidade, buscando sempre ser um instrumento humilde, mas disponível nas mãos de Deus, na ação do Espírito Santo, para que o Senhor possa servir-se de mim para que os homens possam crer.
Sobre a vida de pároco ele destaca a linda experiência do contato com o povo de Deus.
Pe. Romano: A experiência mais linda é o contato com o povo de Deus. Seja nas atividades organizadas, atividades dos grupos das varias comunidades presentes, na catequese, e também o contato dia a dia com aqueles que freqüentam a Igreja, que vêem para confessar-se aqui na paróquia……..com certeza com as crianças se aprende rezar, com os adultos se aprende a reevangelizar , a ter paciência, a carregar a cruz, porque o ministério do pároco também é isto, é partilhar as alegrias e as dores, que sempre vão e vem, quando falamos das crianças falamos certamente do entusiasmo que elas tem, a beleza e maravilha de ver como são sensíveis a palavra de Deus, ao seu amor, de modo particular as crianças da 1ª comunhão e também os adultos que freqüentemente vêem para trazer tantos problemas e as nossas experiências de ser também um pobre Cirineu, isto é, ajudar estes irmãos a carregar a cruz, com a esperança no coração, no Cristo Ressuscitado, sabendo que a cruz não é uma condenação mas é para a nossa salvação.
Segundo ele a característica mais importante do sacerdote de hoje é a paternidade e o amor esponsal
Pe. Romano: porque não se pode ser padre se não existir um amor esponsal, então não podemos ser párocos burocráticos, não podemos ser párocos que se limitam a aplicar o direito canônico, as normas, não quero dizer que devemos transgredi-los, mas é necessário através de uma intensa vida de oração, viver a vida esponsal com Cristo e com a Igreja e abrir-se a paternidade significa usar a cordialidade, colocar o coração, o amor, porque existe a necessidade de não simplesmente consultar um manual depois preencher módulos e depois enviar para as casas das pessoas pelo correio. Eu converso com os pais das crianças da catequese, que as vezes vem pra dizer dos problemas das pessoas que são divorciadas, separadas etc, eu explico com clareza aquilo que a Igreja nos ensina, que é aquilo que Jesus nos disse no evangelho, mas mostrando primeiramente as motivações e depois pedindo a eles de não considerar simplesmente uma categoria, mas os convido se quiserem me procurar pessoalmente, porque cada situação é única, cada pessoa pode ter critérios diversos para o mesmo problema e também podem descrever soluções diversas.
A atenção aos jovens da parte dos sacerdotes é muito importante, os jovens de hoje precisam acima de tudo sentir-se acolhidos, amados, em um dialogo sereno, na disponibilidade de “perder tempo” com eles. Assim Don Romano nos fala da sua experiência com os jovens.
Pe. Romano: Para os jovens é preciso muito oração, nós sacerdotes devemos rezar muito pela conversão e santificação dos jovens. É necessário também de muito escuta, os jovens precisam sentir-se acolhidos, amados como são, ter um dialogo sereno que talvez requer tempo, o discurso é este, estar próximo nos demonstrando homens confiáveis, mas homens de Igreja, homens de Deus, não simplesmente um amigo como tantos, o sacerdote é um homem de Deus, um homem de Igreja. Apresentar este homem de Deus com as características de confiança, pessoas que eles podem acreditar e reconhecer por aquilo que somos, sacerdotes, e com o tempo que eles tem, através de uma amizade, de um dialogo, de uma escuta, de uma acolhida, podemos dizer entre parênteses, ter a disponibilidade de perder tempo e então se chega a um encontro com o Senhor e assim levamos o evangelho aos jovens.
FONTE: Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário