segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
FORMAÇÃO
ADOÇÃO: AMOR QUE SUPERA LAÇOS FÍSICOS
Adotar uma criança é um ato de amor incondicional
O dicionário nos dá uma definição clara e quase que definitiva da palavra mãe: “Mulher ou qualquer fêmea que dá à luz um ou mais filhos”, segundo o dicionário Aurélio. Porém, esta regra nem sempre é assim. Muitos casais, por motivos diversos, não conseguem ter filhos e a mãe cumprir com esta etapa gestacional e do parto dos seus filhos. Optam, então, por um gesto de amor incondicional, que é a adoção, palavra que significa ação ou efeito de adotar; aceitação involuntária e legal de uma criança como filho. E, desta forma, muitas mães e pais, realizam seu sonho de maternidade e paternidade em todo o mundo.
Mais do que o desejo por ser pai e mãe e formar uma “família completa” o casal deve ter um bom preparo emocional para lidar com as questões advindas da adoção: como contar para o filho [que ele é adotado], como aceitar as diferenças físicas e emocionais da criança, ou ainda relacionar-se com a sociedade ou com as dificuldades que possam encontrar no caminho.
Como qualquer ato jurídico, e muito mais ainda, por se tratar de uma adoção, por acolher uma vida em sua família, o preparo emocional do casal é imprescindível; homem e mulher devem ter conversado bastante sobre a decisão, que não deve ser fruto apenas da vontade de uma das partes, para que não se torne um jogo de responsabilidades quando a criança vai crescendo e dá trabalho para os pais; ou seja, adotar é assumir de forma humana, emocional, familiar e conjunta, um novo participante ativo desta família. É característica da adoção ser um ato irrevogável; uma vez realizada, é definitiva. Nem mesmo o eventual falecimento dos adotantes restabelece o pátrio poder dos genitores naturais.
João Paulo II faz uma citação especial durante um encontro sobre famílias adotivas: “Adotar crianças, sentindo-as e tratando-as como verdadeiros filhos, significa reconhecer que as relações entre pais e filhos não se medem somente pelos parâmetros genéticos. O amor que gera é, antes de mais nada, um dom de si.
Há uma ‘geração’ que vem através do acolhimento, da atenção, da dedicação. A relação que daí brota é tão íntima e duradoura, que de maneira nenhuma é inferior à que se funda na pertença biológica”. E traz ainda outras contribuições: “(...) Os cônjuges que vivem a experiência da esterilidade física saberão inspirar-se nesta perspectiva, para todos rica de valor e de empenho. (...) Os pais cristãos terão assim oportunidade de alargar o seu amor para além dos vínculos da carne e do sangue, alimentando os laços que têm o seu fundamento no espírito e que se desenvolvem no serviço concreto aos filhos de outras famílias, muitas vezes necessitadas até das coisas mais elementares”.
É importante que os pais esclareçam para a criança, para que ela não sinta desprezo, menosprezo ou diferença, principalmente quando existem outros irmãos na família, deixando claro que as relações entre todos são iguais.
Adotar uma criança é um ato de amor incondicional, ou seja, um ato de aceitação do outro, independentemente de ter em sua origem o sangue e a natureza geracional dos pais que optaram por criar esta criança. O ventre amoroso mora, então, no coração desta mãe e deste pai, deste casal, que, juntos, assumem este filho do coração e são capazes de supri-lo, dentre tantas necessidades, de amor e carinho familiar, que serão capazes de lhes dar valores que por vezes nunca teriam oportunidade de vivenciar em uma instituição de menores.
“Adotar uma criança é uma grande obra de amor” (Madre Teresa de Calcutá)
Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine Ribeiro, colaboradora da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia Clínica e Pós-Graduada em Gestão de Pessoas
FONTE: Canção Nova
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