segunda-feira, 31 de outubro de 2011

EM DIA COM A CANÇÃO NOVA - PADRE JOSÉ AUGUSTO







                              ACREDITAR NA AUTORIDADE DO SACERDOTE






Eu quero pedir perdão a vocês pelos pecados de nós sacerdotes, pelas vezes que esperaram tanto de nós e não conseguimos corresponder. Nós sacerdotes deveríamos não falhar nunca, em nada assim também como vocês, mas como nós padres estamos em evidência, acabamos sendo muito cobrados.

Nós padres temos a autoridade de interpretarmos a Sagrada Escritura. O Papa junto com os bispos e sacerdotes quando interpretam a Sagrada Escritura é a Palavra de Deus que está sendo proclamada, mesmo que um leigo fale muito bonito é a Igreja em seu magistério que tem a autoridade de proclamar.

“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam.” (Mt 23,2b-3 )

Quando vezes eu falo para vocês perdoarem e eu mesmo não perdoei. Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço. Pois embora estejamos falando, nós padres também estamos lutando pela santidade. Nós não somos anjos, você não vai encontrar um sacerdote que você dê um beliscão e ele ficará sorrindo para você, somos homens de carne e osso. 


Jesus diz, “faça o que eles dizem, mas as ações más deles não imitem”, não fique com raiva dos sacerdotes pelos seus erros, se quiser chame-o para conversar, mas não abandone a Igreja por causa disso. Tem muitos que não vão a Eucaristia porque dizem: “mas aquele padre”. Jesus não escolheu São Rafael para consagrar, Ele escolheu homens.

Quando as pessoas se confessam com os padres, eles não contam os pecados para os outros e porque vocês se acham no direito de ficar espalhando o pecado dos padres? Também não temos o direito de pecar, mas é a Deus que prestaremos contas.

É um erro vocês abandonarem a Santa Igreja por causa dos pecados dos padres. Toda a autoridade foi dada a Jesus e no evangelho de Mateus Ele disse “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” Mesmo com os defeitos de Pedro, Jesus deu a ele toda a autoridade.

Vocês não podem confundir a autoridade sacerdotal com os defeitos dos padres. Muita gente abandonou a igreja depois de descobrir os defeitos dos padres, agora eu te falo, seu pai é cheio de defeitos, mude de pai então? As pessoas acham que por causa de um defeito pode mudar de igreja. Não! Jesus disse: “Essa é a minha Igreja”.

Jesus já nos alertou os defeitos que iríamos ter, mas mesmo com os defeitos dos fariseus e mestres da lei, Ele não tirou a autoridades deles “Façam o que eles dizem, mas não imitem suas ações.” O Papa Bento XVI já pediu e agora eu, mísero padre, peço perdão a vocês. Agora o que não pode é os leigos quererem tirar a autoridade do padre.

Deixem de colocar na internet os nossos defeitos, coloquem nossas qualidades, aquilo que nós, padres, fazemos de bom, pois é isso que as pessoas precisam ver.

Continuem acreditando que a Igreja é santa, mas não saiam da Igreja pelo defeitos de um padre. Não se troca um pai e uma mãe pelos seus defeitos. Se ninguém troca de pai e mãe pelos defeitos, também ninguém troque de Igreja.

Rezem pelos padres, essa é a melhor forma de amar um sacerdote. A missa da paróquia é essencial para você. Se a missa na TV e na paróquia forem no mesmo horário, vá para missa na sua paróquia, se puder grave e assista depois, mas a missa na qual você deve participar é a missa da sua paróquia.

Transcrição e adaptação: Regiane Calixto

--------------------------------------------------------------

Padre José Augusto 
Padre da Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

HOMENAGEM

                                       CRISTO REDENTOR - 80 ANOS DE BRASIL


http://multimedia.odiaonline.net/cristo/cristo-360/

MENSAGEM DO DIA

           




                                                 O AMOR CAUSA DOR


                                  O melhor remédio para a dor do Amor é o próprio Amor


Coisa excelente e muito santa é pensar e meditar sobre a paixão do Senhor; pois por este caminho chegamos à união com Deus. Nesta escola tão santa, aprende-se a verdadeira sabedoria; foi aí que todos os santos a estudaram. Quando, pois, a cruz de nosso bom Jesus lançar raízes mais profundas em nosso coração, então cataremos: "Sofrer e não morrer" ou: "Ou sofrer ou morrer", ou ainda melhor: "Nem sofrer nem morrer; apenas a perfeita conversão à vontade de Deus".


O Amor é força de união e faz seus os tormentos do Bem muito amado. Este fogo vai até à medula, muda o que ama no amado; de modo mais profundo o Amor se mistura à dor e a dor ao Amor; há então uma mistura de Amor e de dor tão estreita que não se pode separar o Amor da dor, nem a dor, do Amor. Por isto, quem ama se alegra com a sua dor, e exulta em seu Amor sofredor.


Sejamos, portanto, constantes na prática de todas as virtudes, imitando de modo particular, o suave Jesus padecente, porque é isto o cume do puro Amor. Procuremos proceder de modo que todos possam reconhecer que trazemos não só interior, mas ainda exteriormente a imagem de Cristo crucificado, modelo de toda a doçura e mansidão. Quem está interiormente unido ao filho do Deus vivo, revela no exterior sua imagem pelo contínuo exercício da virtude heróica, principalmente pela paciência cheia de força que nem em segredo nem em júbilo se queixa. Portanto, escondei-nos em Jesus crucificado, sem desejar coisa alguma.


Como verdadeiros amigos do Crucificado, celebremos sempre no templo interior a festa da cruz, suportando em silêncio sem nos apoiar em criatura alguma; uma festa deve ser celebrada na alegria, por isso os que amam o Crucificado irão à festa da cruz com o rosto jovial e sereno, suportando calado, de forma que permaneça oculta aos homens, só conhecida pelo sumo Bem. Numa festa há sempre banquete, as iguarias são a vontade Divina, a exemplo de nosso Amor crucificado.
                                         (das cartas de São Paulo da Cruz)


Deus seja louvado e adorado!


Carlos - Comunidade Católica Pedras Vivas

terça-feira, 18 de outubro de 2011

NOSSA MISSÃO É EVANGELIZAR







                                    SOMOS CHAMADOS A SERVIR AO REINO




                                                  Somos vocacionados do Pai


Em sua missão de vir ao mundo como um de nós, Jesus trouxe em sua bagagem um pedido do Pai: "Vai, e anuncia o Reino dos céus até os confins da terra". Nem precisamos citar essa passagem bíblica, pois é-nos conhecida por ser primeira missão de Jesus. Anunciar o Reino dos céus está inserido no projeto da salvação, pois foi para isso que a Palavra se tornou carne e habitou entre nós.


Diante desta realidade, refletir nos evangelhos torna-se necessário para compreendermos a missão salvífica de Jesus, onde Ele mesmo foi escolhendo em sua caminhada, aqueles que seriam os seus discípulos e apóstolos. É também necessário, voltarmos aos Evangelhos e perceber que Jesus tinha um critério pessoal para escolher aqueles que seriam os arautos da Palavra: eram sempre aqueles rejeitados pela sociedade e tidos como os piores homens da região: iletrados, incultos, maus pescadores, cobradores de impostos e até ladrões.


Seriam esses os melhores para Jesus? Porque Jesus não escolhia os doutores da lei; os sacerdotes e os mais ilustres homens da época? O Reino de Deus não tem lógica para nós! É impossível buscar em nossa razão a forma com que Deus vive o Seu Reino. 


Escolhidos os seus homens de confiança, Jesus foi mostrando e revelando a todos como seria o novo Reino. Os discípulos seguiam a Jesus, comiam com Ele; dormiam no mesmo lugar; caminhavam por toda a região da Galileia e Judeia, Samaria e Jerusalém. Mas os discípulos não conseguiam ver naquele homem mais do que um bom mestre. Como era difícil perceber a Divindade em Jesus!


Jesus foi conseguindo no dia a dia de caminhada com os discípulos, ensiná-los e capacitá-los para continuarem a missão, tão logo fosse consumado a sua paixão e morte na cruz. Jesus sabia que chegaria o momento em que os discípulos teriam que seguir com a missão de viverem, ensinarem e pregarem o Evangelho, assim como Ele próprio havia feito. Jesus foi preparando minunciosamente tudo que era necessário para que nada fosse perdido.


Tudo consumado, numa das Suas últimas aparições aos discípulos, Jesus ordenou que todos se reunissem no mesmo lugar de costume(Cenáculo), para que fosse enviado a eles o Bem maior prometido pelo Pai,  a todos aqueles que O seguissem até o fim. Todos sabemos que se trata do Espírito Santo. Naquele momento em que os discípulos recebiam o Batismo do Espírito Santo, nascia a Igreja Apostólica. E neste momento, todos estavam sendo santificados e preparados para continuarem a missão de Jesus.


Essa é a Igreja de hoje! Não existe outro sentido que não seja a nossa santificação e nos capacitar a servi-la através da nossa santidade de vida. Todos nós batizados pelo mesmo Espírito Santo, somos convidados a aprender com os discípulos, Apóstolos e os santos da Igreja, afim de colocar tudo a serviço do anuncio do Reino de Deus. Nossa missão de cristãos começa no batismo. Somos a igreja instituída pode Jesus e iniciada pelos Apóstolos no Cenáculo, juntamente com Maria que continua a nos guiar até os dias de hoje.


Portanto, não podemos ser apenas ouvintes da Palavra, mas torná-Las como carne da nossa carne e corpo do nosso corpo, pois somente assim nos tornamos aqueles escolhidos para anunciar o Reino de Amor. Seja como homens e mulheres em qualquer situação de vida. O que Deus vê é somente a intenção do nosso coração, e vendo a nossa inteira disponibilidade nos dá a sublime missão. 


Que sejamos corajosos em abrir largamente os nossos corações para Jesus, assim como a nossa mãe e mestra abriu. Assim, como cada discípulo e Apóstolo também aderiram ao projeto de salvação.


Deus seja louvado e adorado!!


Carlos - Comunidade Católica Pedras Vivas

















segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DIA A DIA

               



                      QUEM VERDADEIRAMENTE SOFRE COM A SEPARAÇÃO DOS PAIS?
                             
                                Somente quem passa pela experiência da separação tem a resposta


Temos vivido nas últimas décadas, um fenômeno que podemos chamar de caminho mais simples para resolver os problemas referentes ao relacionamento dos casais unidos pelo Sacramento do Matrimônio, e porque não dizer, até pelos casais unidos apenas de fato, sem nenhum vínculo civil ou religioso.

De acordo com as pesquisas realizadas pelos institutos especializados, o número de separações e divórcios tem aumentado sistematicamente a cada ano, tanto no Brasil, como no resto do mundo. Virou uma epidemia sem precedentes o divórcio entre os casais. A separação virou o meio mais fácil para resolver os problemas conjugais, pois o Sacramento está sendo banalizado pelos casais. 

Onde está o valor do Sacramento? Onde Deus entra na história dos casais casados sob o juramento e a promessa de fidelidade até que a morte os separe? Se tivermos a consciência cristã, sabemos que nos "sete" Sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana, Jesus é presença viva. Os sacramentos não são simples lembrança de Deus em nossa história, mas em cada um deles Deus se faz presente, vivo! Podemos dizer com fé e esperança que os Sacramentos foram instituídos pela Igreja para Jesus ter vida aqui entre nós.

Parece exagero colocar nos Sacramentos essa grandeza Divina, mas é verdade absoluta! Deus se faz presente nos Sacramentos da Igreja, e podemos afirmar que Ele está tão presente, que os casais poderiam colocar sobre o leito nupcial, ao invés dos dois travesseiros tradicionais, mais um para que Deus possa deitar e se deleitar com todos os momentos de Amor e prazer do casal.  

Portanto, desejamos aprofundar a reflexão sobre as sequelas deixadas pela separação e divórcio dos casais constituídos em família, no caso específico: pais e filhos. Diante de uma realidade tão real nos dias de hoje, filhos de pais separados são comuns em qualquer lugar que estivermos, e podemos perceber o quanto são diferentes dos filhos que ainda convivem com os pais no dia a dia.

Para Deus e para os filhos, uma família é constituída de pai e mãe, sempre juntos em casa. Quando se quebra esse vínculo, para Deus e para os filhos fica faltando alguma coisa muito importante. No caso dos filhos, não é normal aceitarem a separação dos pais, assim como para o casal isso é uma coisa normal e até natural. Os pais se conheceram pelo caminho da vida,  somente se unirão como uma só carne através da fé. Para os filhos, esses estão intimamente ligados aos pais desde a suas gestações. Tornam-se inseparáveis, pois os laços não são invisíveis, mas correm nas veias em forma sangue.

Encontramos em nossas missões, crianças e adolescentes que passam por essa experiência de separação dos pais, e podemos perceber o quanto são bombardeadas por todos os lados, tanto pelos pais, como pelas mães, pois eles passam a ser instrumentos de uso para a guerra do desamor, do ódio, do ressentimento e das mágoas. 

Concluímos que são os filhos os mais afetados pelo divórcio e separação dos pais. São eles que pagam pela impaciência e desamor. São eles usados como escudo e como espada. São eles que precisamos cuidar, pois o mundo precisa dos filhos que conseguem viver como família, mesmo não estando os pais unidos debaixo do mesmo teto. São eles que precisam experimentar o Amor, pois onde existe o Amor, Deus renova e ordena tudo que não compreendemos.

Suplicamos a Deus Pai das Misericórdias e da união, que nos ensine e nos capacite a cuidar dos seus filhos espalhados pelo mundo, onde a alegria da família foi apagada pela dor dos pais em desunião.

Deus seja louvado e adorado!!

Carlos - Comunidade Católica Pedras Vivas


                                           

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DIA A DIA

                           




                           PORQUE SEMPRE PROCURAMOS O CAMINHO MAIS FÁCIL?


                              Nossos sofrimentos do dia a dia nos levam a buscar o meios fáceis




Quando Jesus nos convida a deixar o nosso fardo e carregar o Dele, a primeira coisa que nos vem na mente é aquela velha máxima de ser uma cruz. E que cruz! A cruz supõe mais sofrimento e até a morte, pois não conseguimos imaginar outra coisa que não seja isso. Em nossa vida parece que a nossa cruz é pesada demais e não conseguimos carregá-la, por isso, imaginamos ser impossível carregar a cruz de Cristo.


Este convite que Jesus nos faz, tem nele algo escondido aos nossos olhos, pois como pode ser melhor a cruz da morte, melhor do que a cruz da nossa vida? Aí está parte do mistério da cruz, pois carregando o nosso fardo, somos induzidos a procurar os meios mais fáceis e mais rápidos para resolver os nossos problemas, e nisso está a nossa esperança. Não acreditamos em outra coisa que não resolva logo os nossos sofrimentos, nossas dores e nossos problemas. Queremos um milagre imediato!


No cotidiano da nossa vida acontece de tudo; cada dia é uma nova experiência de vida e sempre estaremos correndo o risco de passar por situações inéditas e também por situações rotineiras. Mas, o que pesa para nós são o peso que cada situação vem nos atingir. Em muitos casos, estaremos preparados para suportar e até resolver, mas na maioria das vezes, somos pegos de surpresa. 


No entanto, o convite que Jesus nos faz para deixar a nossa cruz e carregar a Dele, vem contradizer ao nosso desejo de viver esta vida sem carregar peso algum. Queremos sempre os meios mais fáceis para seguir o nosso caminho, resolver os nossos problemas e curar as nossas feridas. Então, que cruz é essa? A
fé enraizada em cada um de nós, depositada pelas mãos do Senhor Deus, nos dá uma capacidade de compreender o que deseja mostrar Jesus através deste convite, pois a Cruz não representa a morte, mas a vitória sobre a morte... representa a vida!


Bendita cruz, podemos assim dizer, pois aquilo que nossos olhos viram, ou seja, a morte na cruz, Deus transformou em vida. Esse é o mistério escondido na cruz: nela está a nossa vida! Nela não está o caminho mais fácil, mas o Caminho que nos levará à plenitude da vida! Temos medo do peso da cruz, porque não conseguimos imaginar que Jesus estará carregando conosco. Não se trata de imaginações, mas de uma realidade palpável, onde seguir Jesus em sua radicalidade evangélica, é carregar a cruz da vida, onde morrer para as coisas do mundo e das suas delícias, torna-nos capazes de compreender esse Caminho.


A cruz é vida, apesar de supor a morte! A cruz não é apenas dois pedaços de madeira, uma haste, mas um projeto de salvação, onde cada um de nós precisa buscar com nosso entendimento, nossa inteligência e com todas as nossas forças para compreender qual o desejo de Deus escondido na cruz. Portanto, não tenhamos medo do chamado de Jesus a seguir o Seu Caminho, a andar em Suas pegadas, pois mesmo se acharmos ser um caminho difícil, é o mais perfeito e mais seguro, pois nos levará onde está o verdadeiro sentido da nossa vida. Como diz São Paulo: "Vocês estão mortos e a sua vida está escondida com Cristo, em Deus." (Cl 3,3)


Queridos amigos e irmãos, esta é uma partilha onde tentamos mostrar que o caminho fácil nos leva a tentar resolver os nossos problemas, mas o Caminho que Jesus nos convida é para aprendermos a amar e a suportar todas as nossas dificuldades, pois elas serão tantas em nossa vida. Enquanto estivermos vivendo, jamais estaremos imunes de sofrimentos e dificuldades, mas a nossa esperança está na cruz de Cristo, onde carregar é fazer a vontade do Pai, assim como fez Jesus!


Um abraço cheio da ternura de Cristo!


Deus seja louvado e adorado!!!


Carlos - Comunidade Católica Pedras Vivas