terça-feira, 30 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS





É IMPOSSÍVEL SER AMIGO DE JESUS, SENDO INIMIGO DA IGREJA!





                          O fundamento da fé católica está estreitamente ligado a Jesus.

           “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15, 14). Assim Jesus explicava aos discípulos e apóstolos em seus últimos encontros antes da sua paixão. Era um sermão amigável, de encontro fraternal e cheio de Amor. Jesus se despedia enchendo o coração de cada um dos seus seguidores, a fim de prepara-los para o grande momento do seu ministério terreno. Eles não compreendiam com clareza, mas Jesus sabia que após tudo consumado e sendo eles batizados com o Espírito Santo, todos esses ensinamentos se tornariam manifestos na Luz.
Cada um dos discípulos e apóstolos teve a sua oportunidade de fazer uma experiência com Jesus ressuscitado. O que não puderam entender com Jesus vivo falando com suas palavras, certamente o Espírito Santo revelou em sua intimidade. Portanto, Jesus realizou toda a sua missão com eficácia de Mestre e os apóstolos puderam continuar a sua missão, não como homens comuns, mas como verdadeiros amigos de Jesus, que agora deixou de ser um homem e se transformou em Igreja.
Em se tratando de fé, não existe outro meio de seguir as pegadas do Mestre sem estar nesta profunda comunhão com Jesus. Jesus se fez Igreja para continuar a sua missão. Esta transformação parece doer em nossa carne, assim como doeu no coração dos fariseus, doutores da lei e etc. Não está em nosso entendimento humano acreditar que Jesus se transformou em alimento para nós através da Eucaristia. Se eles não entenderam quando Jesus falava que precisariam comer da sua carne e beber do seu sangue, também nós não entenderemos sem estar estreitamente unidos a Ele.
Jesus é o amigo que deu a sua vida pelos amigos. Seguir Jesus não é diferente nos dias de hoje. Ser amigo de Jesus é dar a vida por Ele. É dar a vida pela Igreja, que hoje é a vida Dele. Cada um que se torna cristão católico através do batismo e confirmado com crisma, também se torna amigo íntimo de Jesus. Não estando em perfeita comunhão com a Santa Mãe Igreja e querer seguir Jesus, se torna impossível. Para ser amigo de Jesus e falar em seu nome é-nos necessário viver a plenitude de todos os Sacramentos.
Não se trata de uma simples imposição, mas de uma escolha. Optar por Jesus é escolher o caminho da Igreja. Jesus se revela a quem se torna corpo do seu corpo. Querer ser cristão apenas para viver os benefícios da salvação é desejar o que não existe. Jesus fundou a “sua” Igreja e não suas igrejas. E na sua Igreja deposita toda a sua esperança.
Estejamos certos da nossa escolha, pois somos caminhantes por vias desconhecidas e não existem homens capazes de nos ensinar as vias da Luz, sem serem os homens que se tornaram verdadeiros amigos de Jesus. Esses são os que deram a vida pela Mãe Igreja, hoje e ontem!

Pedimos a Todos os Santos e a Virgem Maria que intercedam por nós que ainda peregrinamos aqui na terra em busca da Pátria definitiva, onde esperamos reunir todos que se tornaram amigos de Jesus, com o Pai.

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista – Comunidade Católica Pedras Vivas

segunda-feira, 29 de abril de 2013

FORMAÇÕES


                         A ALEGRIA DO SENHOR



Não faz bem para as pessoas uma vida calcada no desânimo.

Não faz bem para as pessoas uma vida calcada em atitudes de tristeza, de desânimo e sem capacidade de reais iniciativas. Isso não é próprio dos que procuram se apoiar numa espiritualidade de adesão e de sintonia com o Senhor, com o Mestre da vida, Jesus Cristo. Aí está a fonte verdadeira da alegria.


Ser pobre e oprimido, mesmo com os sofrimentos que isso causa, não é motivo de tristeza. Por outro lado, a riqueza material e a liberdade nem sempre proporcionam a autêntica alegria. Poderão ocasionar uma falsa alegria! Elas não conseguem, às vezes, atingir a identidade da pessoa.


A alegria é um estado de espírito que vem do amor, da entrega total da vida ao outro no sentido de doação e de reconstrução da própria identidade. Isso é mais forte quando feito às pessoas mais simples e oprimidas. Tem relevância na sensibilidade para com os que sofrem com as catástrofes, os flagelados.


A sociedade é um todo, como um corpo, formada por membros diversos e com funções diferentes. Não importa ser livre ou escravo. Importa colocar as qualidades recebidas e dons naturais a serviço do bem comum de todos.


O mal é capaz de criar os pobres e de colocá-los em desespero, porque tira deles a esperança. É preciso abrir para eles novos horizontes e capacidade de reerguimento. Só a Palavra de Deus é capaz de dar luz e estabelecer a liberdade, condição fundamental para acontecer a verdadeira alegria.


A força do Espírito do Senhor questiona e salva a humanidade, começando pelos mais simples e excluídos. Proporciona aos membros da comunidade a capacidade de comunicação e de serviço de uns para com os outros, na solidariedade e na fraternidade, não deixando que a tristeza domine as pessoas.


A lei do amor liberta e supera as leis que oprimem os indivíduos no aspecto físico, econômico e político. Ela tem o projeto de vida, de liberdade e de salvação. É preciso despertar as consciências desfalecidas diante do que é negativo na cultura moderna.





Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

FONTE: Canção Nova

FORMAÇÕES - CANÇÃO NOVA

                           PÁSCOA, SEU REAL SENTIDO

                                      

                   Vivenciamos os mistérios da vida de Cristo             



Páscoa (do hebraico Pessach) significa passagem. É uma grande festa cristã para nós, é a maior e a mais importante festa. Reunimo-nos como povo de Deus para celebrarmos a Ressurreição de Jesus Cristo, Sua vitória sobre a morte e Sua passagem transformadora em nossa vida.


O Tempo Pascal compreende cinquenta dias a partir do domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes, vividos e celebrados com grande júbilo, como se fosse um só e único dia festivo, como um grande domingo. A Páscoa é o centro do Ano Litúrgico e de toda a vida da Igreja. Celebrá-la é celebrar a obra da redenção humana e da glorificação de Deus que Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a morte; e ressuscitando, renovou a nossa vida.


Foi com a intenção de celebrar a Páscoa de Cristo que, desde os primórdios do Cristianismo, os cristãos foram organizando esta bela festa. Mas a partir de muitas propagandas midiáticas e de muitos outros costumes da nossa sociedade, vemos, sem dúvidas, que essa bela intenção foi se perdendo. Para muitos a Páscoa virou sinônimo de um "feriadão" ao lado de muitos outros feriadões, com o único objetivo de quebrar a monotonia da vida; com intenções e modos que não expressam os reais valores e sentidos da grande festa que é a Páscoa.


Em muitas casas, a Páscoa é vivida de forma paganizada e estragada pelas bebidas e orgias desse mundo, sem um mínimo de senso religioso ou moral; ou como um mero folclore, um mero tempo para viajar, comer chocolates e descansar de suas fadigas. Assim, um tempo que nasceu para construir laços familiares e renovar a nossa sociedade com valores perenes, acaba não atingindo o seu objetivo.


As confraternizações, os alimentos específicos e muitos outros costumes são importantes e nos ajudam a celebrar a Páscoa, mas não podem nos desviar do seu principal e essencial sentido. Hoje, temos uma geração que não entende nada do verdadeiro sentido da Páscoa, mas devemos celebrá-la bem – nós que não nos fechamos às suas origens e sabemos que ela é mais do que um "feriadão"; é uma "grande semana" na qual vivenciamos os mistérios da vida de Cristo e os mistérios da nossa própria vida.


Todos nós cristãos devemos, hoje, nos comprometer em nos mantermos fiéis às nossas origens e celebrarmos o sentido original, belo e profundo da nossa maravilhosa festa, que é a celebração da Ressurreição do Senhor. Que nossas boas obras e nossas vozes, em cada canto das nossas cidades, possam levar a alegria do Ressuscitado; sobretudo aos pobres, doentes, distanciados e a todas as pessoas, pois são amadas pelo Pai.


Irradiemos ao nosso redor a esperança e a certeza da presença de Cristo Ressuscitado. Que se encha nosso olhar de luz, como os das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus ressuscitado (Mt 28). Que possamos também nós, numa só fé, exclamar como elas “o Senhor Ressuscitou, aleluia”.

Pe Geraldinho - Com. Canção Nova
blog.cancaonova.com/padregeraldinho
FONTE: Canção Nova

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                             
 


                               OS CRISTÃOS NO MUNDO



                                      "Eu sou a Luz do mundo" (Jo 8, 12) 



                                         Logo após aquele episódio com Maria Madalena onde os fariseus a jogaram na presença de Jesus a fim de colocá-lo em prova sobre o fato do adultério, houve logo após um questionamento da parte dos fariseus com relação a Jesus ter dado testemunho de si mesmo. Para eles o testemunho de Jesus não era verdadeiro. Isso pelo fato Dele ter dito: "Eu sou a Luz do mundo. Aquele que me segue não anda nas trevas, mas possui a luz da vida" (Jo 8, 12).
Em sua relação de Mestre com seus os discípulos e os apóstolos, Jesus ensinava com autoridade e mostrava com seus ensinamentos e, muito mais pela prática da sua vida. No entanto, algumas palavras confundiam a mente de todos por suas características espirituais e de difícil entendimento pelas práticas humanas, assim como essas do Evangelho de João.

No entanto, sabemos que após a Igreja de Jesus Cristo ser ratificada no acontecimento do Cenáculo, todos os presentes foram contemplados com o batismo e a efusão do Espírito Santo, daí, tudo foi claramente revelado e a Luz abriu a mente e o coração de cada um. Com isso, o novo povo de Deus começou a viver olhando as coisas e as pessoas diferentemente da forma que viam antes. Tudo ficou claro e as coisas escondidas não mais existiam. Nasciam naquele momento os cristãos: aqueles que se tornariam os cristos no mundo. 

Quem são hoje os cristãos no mundo? Podemos dizer que os cristãos não se diferenciam dos outros homens em qualquer parte do mundo, nem pela língua falada, nem pelos costumes e nem pelas instituições. Com certeza, não moram em cidades próprias fundadas por eles mesmos, nem utilizam linguagem diferente ou estranha, e muito menos levam uma vida diferente. Não foram pelas suas iniciativas que se tornaram cristãos e nem vieram de si mesmos a sua doutrina, bem como, não se apoiam em dogmas humanos como tantas outras instituições, religiões e culturas. 
Moram em qualquer cidade conforme a Providência Divina os enviam, sem perder os costumes do povo e do lugar.

Expõem suas vidas com naturalidade e se tornam referência de Amor para todos, sem nada buscarem para a sua própria comodidade. O incrível modo simples de viver consegue testemunhar a divina presença do Mestre, em seus olhares e nos seus singelos gestos de carinho. Estão na carne, mas não vivem segundo a carne. Moram no mundo, mas tem no céu a sua cidade. Obedecem rigorosamente as leis estabelecidas, mas com a própria vida são capazes de fazerem muito mais daquilo que está escrito nas leis. São capazes de amar a todos sem distinção e são odiados e perseguidos por estes mesmos que amam. São pobres, mas nada lhes faltam. Não possuem absolutamente nada, mas vivem na abundância. Não se apegam a nada, pois a nada consideram como propriedade sua. Fazem o bem, mas são maltratados como se fizessem o mal. 

Assim caminham os cristãos pelo mundo. Suas características são percebidas pelo olhar bondoso e carinhoso. Seus passos caminham sobre o chão duro do mundo, mas seus pés sentem a leveza da região celeste. Seus sofrimentos são mais os pesados, mas a dor se transforma em remédio que cura e fortalece o seu coração. Os cristãos estão no mundo, mas não pertencem ao mundo! 

Seguindo fielmente os ensinamentos do Mestre Jesus, os Cristãos se armam com todas as virtudes humanas, tornando-as capazes de acumular as virtudes Divinas. Lavam suas vestes das imundices do mundo e na claridade exigida se tornam Luz no caminho da vida. Vão iluminando por onde passam e as sementes de Amor caem pelo caminho esperando pelo Agricultor que vem cultivando conforme o terreno adubado e preparado. Santificam o que pegam e purificam o que olham. Não são reconhecidos no mundo quando vivem, mas ao morrerem jamais serão esquecidos! 

Graças e louvores sejam dadas ao Pai e Criador, pois foi Ele quem constituiu os cristãos no mundo. Foi Ele quem fez seu Filho nascer e viver como nós a fim de deixar a herança da vida nova. Foi Ele quem constituiu o povo para seguir pelo caminho que leva à Pátria definitiva. Portanto, o Cristão vive pela fé e nunca pela visão. Fechar os olhos para o mundo é a chave que abre a porta do céu. Caminhar pelo vale de lágrimas é banhar-se nas águas torrentes da vida eterna. Sofrer é viver. Viver é morrer. Morrer é nascer!

Vem, Espírito Santo! Vem, Espírito que dá a vida! Vem iluminar o seu povo sedento de Luz!

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Católica Pedras Vivas

domingo, 28 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

       


          UMA IGREJA AINDA MAIS FORTE


           Passados pouco mais de dois meses depois da posse do novo Papa, a Igreja continua a sua peregrinação terrestre sob a orientação e comunhão com o Espírito Santo; sob a condução permanente do Cristo Jesus, seu fundador; sob os olhares atentos do Pai, o Criador; sob a vigília amorosa da Virgem Maria Mãe da Igreja; sob a intercessão de todos os Anjos e Santos e na fé de todos os consagrados de Deus e de todos os cristãos católicos batizados. 

Em se tratando do Santo Padre, o Papa Francisco, estamos vivendo com ele uma nova espiritualidade e também um novo carisma, mas sem que isso se torne um espanto para nós fiéis, pois sabemos que a Santa Mãe Igreja é rica em dons e carismas. A Igreja nunca para somente num mesmo modo de ser Igreja no mundo, mas vive a sua missão naquilo que é necessário para cada geração, desde a sua fundação. 

Hoje, neste tempo, estamos vivendo um período de descristianização, ou seja, o mundo está se tornando paganizado. As pessoas estão deixando de lado a sua capacidade de viver espiritualmente, a fim de viverem sem compromisso com a eternidade. Estão colocando a sua esperança apenas neste mundo, onde conquistar os nossos desejos e responder aos nossos prazeres se tornaram uma busca frenética, sem limites.

O povo está sendo massacrado com tantos atrativos, que vistos com o coração impuro e sem vida espiritual, se tornam deliciosos ao paladar e cheios de prazer; logo se tornam objetos de desejo e ninguém mede esforços a fim possui-los. Com o mundo globalizado e numa rapidez de comunicação, todos nós estamos diante da mesma armadilha, não ficando ninguém de fora das tentações. 

Diante desta realidade, a Santa Mãe Igreja vai sendo também massacrada, pois seus membros são as mesmas pessoas que recebem no dia-a-dia tudo aquilo que o mundo vai criando para subornar a mente e o coração. Como sabemos o mal não vem fazendo propaganda de que é mal, mas vem sempre como o melhor dos atrativos. O inimigo de Deus sabe muito bem como pegar o homem e a mulher em sua fraqueza. Sabe muito bem onde agir para desestabilizar uma família. Sabe muito bem como tirar todos nós da comunhão com Deus. Sem a sincronia perfeita com Deus, ficamos todos nós à mercê do mal e do pecado.

Por isso, hoje temos não só um Papa para solidificar a nossa fé, mas um novo Pontífice com o título de Papa Emérito. Um homem de fé que nos deixou um legado de esperança, no entanto, estando ele ainda entre nós para conformar a nossa caminhada com a vida do Mestre Jesus. Como é bom ter um Papa na direção da Igreja e mais um Papa fortificando a Igreja através da sua fé e oração.


Obrigado, Senhor, por fazer esta geração conhecer mais intimamente suas palavras e sua ação. Diante de tantos motivos para cairmos na fé e na esperança, lá vem o Senhor a mostrar o zelo pelo seu povo. Obrigado, Senhor, pelo "Ano da fé". Obrigado, Senhor, por deixar entre nós o homem da fé.  Obrigado, Senhor, por não deixar cair a fé dos seus escolhidos.


Rogamos à Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento que revele a todos nós os meios para vermos o rosto de Cristo no rosto de todos os nossos irmãos, principalmente no rosto dos mais pobres e rejeitados neste mundo.


Deus seja louvado e adorado!


Carlos Alberto Batista - Comunidade Católica Pedras Vivas


            

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                                       


                     A RAZÃO DA NOSSA ESPERANÇA



                          "Eis que faço novas todas as coisas" (Ap 21, 5b)


                    
                         Como é bom meditar a Palavra de Deus, principalmente quando conseguimos entrar no âmbito da leitura com a mesma espiritualidade do autor sagrado. Como é ainda melhor quando esta Palavra anunciada pelo autor chega ao nosso íntimo e transforma todo  nosso ser. Sim, é tudo de bom, como diz a juventude nos dias de hoje! 
Quando a Palavra de Deus mexe em nosso interior, cria em nós um desejo de viver aquilo que Ele fala. Deus fica tão próximo de nós, que acabamos entrando na realidade da sua Palavra; isso nos leva a um gozo espiritual de rara alegria. 

Neste "Quinto domingo da Páscoa", a Liturgia nos traz Palavras de conteúdos extremamente ricos em seu contexto histórico. Lembramos que todas as palavras contidas nas Sagradas Escrituras são extremamente importantes, mas estamos vivendo o período pascal e as passagens bíblicas escolhidas para esse tempo da Igreja, enriquece ainda mais a mensagem divina. Por isso vivemos esses dias buscando no coração de Deus toda a mensagem que confirme a nossa fé, nos enriqueça na esperança e nos fortaleça em seu Amor.

Meditando em cada Palavra, somos envolvidos pela forma concreta e real em que os autores descreveram a experiência com O ressuscitado. São palavras de vida e esperança! 
Descrevendo o que narra João Evangelista no capítulo vinte e um, que diz: "Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes" (Ap 21, 4), parece arder o nosso coração como ardeu o coração dos discípulos de Emaús. São palavras que transformam a nossa vida e muda a nossa história. 
Palavras que renovam a nossa esperança e faz crescer em nós o desejo de viver esta realidade descrita. Este é o Reino de Deus anunciado e instaurado por Jesus. É a Jerusalém Celeste. É pra lá que vamos!

Hoje, somos atraídos para viver antecipadamente essa verdade que lemos e meditamos. A Santa Mãe Igreja oferece os elementos necessários que comprovam a veracidade da sua missão. Está nos Sacramentos tudo aquilo que nos faz entrar na profundidade deste mistério. Deus é ágil em sua capacidade de dar sentido em tudo que cria. Não seria justo que nós Cristãos não possuíssemos meios para entendermos e tornar reais as mensagens divinas. No entanto, em nosso batismo recebemos o Espírito Santo, o mesmo que revelou tudo a todos os autores sagrados. Por isso, basta-nos crer na realidade divina da Santa Mãe Igreja e fazer dela o nosso principal caminho. Fazer dela as vias deste encontro pessoal com Cristo Jesus, que se revela através da fidelidade aos Sacramentos. 

Somos todos chamados a viver as realidades Evangélicas. Só assim poderemos ver Jesus. Só assim poderemos antecipar a vida eterna prometida e realizada em Jesus. Só assim poderemos sentir a alegria daquilo que ainda não vivemos e não vemos. Pois, a fé descrita na Bíblia é viver e possuir aquilo que se espera. É ainda, perceber realidades que não se vê. (Cef Hb 11, 1)

Esta é a nossa sorte: Viver agora o que ainda não veio: A Jerusalém Celeste!

Pedimos a Nossa Senhora de Todos os Povos que nos ensinem a buscar na vida do seu filho Jesus, todas as garantias da vida eterna. 

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Católica Pedras Vivas

sábado, 27 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                       



                     
                       
EM MISSÃO TÃO DIFÍCIL, TEMOS DE SER SANTOS

                   



                   "Sobretudo, revesti-vos no Amor, que une a todos na perfeição."  
                                                                Cl 3, 14)
         


              Quando entramos nesta escola de Jesus, onde cada um daqueles que decide viver na radicalidade do Evangelho, também nós entraremos na lista dos que irão sofrer as dores do martírio, pois não só virão os sofrimentos interiores da renúncia, do despojamento como também os sofrimentos exteriores, tais como: perseguições, incompreensões, humilhações, fadigas, viagens, etc.

As histórias da vida dos santos são coroadas de amostras desta natureza, onde o sofrimento aparece como fundamento mais preciso para fortalecer a fé e perseverar no anúncio do Reino de Deus. Todos eles, homens e mulheres, que deixaram tudo em favor do Evangelho, dão testemunhos que por vezes não conseguiremos entender como foram capazes de suportar. No entanto, precisamos sempre lembrar que a escola desta vida do Evangelho tem como referência o próprio Senhor Jesus.

Nos dias de hoje, talvez o sofrimento não seja tão assustador, pois as perseguições dos cristãos não são como nos dias passados. Mesmo assim, sabemos que ainda existem países que perseguem cristãos, até tirando-lhes a vida, mas em proporções muito menores que antigamente. Mas, podemos concluir que os sofrimentos do momento presente têm a mesma proporção de dor como em todos os tempos, pois aqueles que se entregam ao projeto da salvação vivem as tentações de um mundo secularizado, onde os atrativos perseguem a todos com uma força brutal. 

As dificuldades encontradas pelos cristãos que antecederam esta geração podem ter um peso maior pelos critérios de perseguições: não só eram perseguidos por serem cristãos, como também, muito pior, por anunciarem e propagarem a fé em Cristo Jesus. Hoje, podemos dizer que Jesus ainda não foi anunciado a todos os povos, mas que já é conhecido por quase toda a humanidade, nem que seja somente por meios de comunicação social. Em face desta facilidade de comunicação, as missões estrangeiras diminuíram bastante, o que torna mais simples o anúncio de Jesus. 

Portanto, os missionários de Cristo dotados de uma profunda comunhão com a Santa Mãe Igreja, sendo sacerdotes, religiosos ou leigos, vivem numa dimensão de dificuldades tal e qual a todos os cristãos de todos os tempos. Hoje, somos perseguidos pelos atrativos do mundo, onde tudo se faz para tirar o foco da santidade de vida, esta, fundamental para viver os valores evangélicos. Sem uma profunda vida se santidade, os discípulos de Cristo não são capazes de se tornarem "Sal da terra e Luz do mundo".

De acordo com os ensinamentos da Santa Igreja, a vida de santidade não se encerra num processo de acabamento, mas numa luta diária e sem fim, até o último suspiro da vida. Viver em estado de santidade é não dar trégua às nossas inclinações para o pecado. A sagrada escritura nos ensina que "o nosso adversário, o diabo, anda ao nosso redor como um leão que ruge, procurando a quem devorar" (1 Pe 5, 8). Este é o nosso grande desafio: estar sempre prontos para dar razão da nossa esperança a todo aquele que a pedir: (1 Pe 3, 15) 

Encerramos esta reflexão na certeza de que ser santo é o fundamento da nossa fé. Que ser santo não faz de nós pessoas boazinhas e delicadas, mas totalmente preparados para o que de pior poderá vir. A razão da nossa esperança não vem dos ideais humanos, mas dos ideais evangélicos, pois aquilo que vier para nós neste mundo será vivido em honra e glória do Nosso Senhor Jesus, pois é Nele que se encerra a nossa fé, a nossa força e a nossa esperança. 

Que Nossa Senhora das Dores nos ensine todos os caminhos para vivermos os valores cristãos, assim, fazermos tudo que Seu Filho nos mandar.

Deus seja louvado e adorado!


Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas

sexta-feira, 26 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                 


                  COMO DISCERNIR A NOSSA VOCAÇÃO 

                      
                   "Farei que o homem seja mais raro do que o ouro puro" (Is 13,12)


                          

                                 Quando encontramos na Palavra de Deus alguma passagem que cria em nós uma agitação interior, podemos esperar que Ele terá coisas sublimes a nos revelar. Não que exista alguma passagem na Sagrada Escritura que deixe de trazer motivações dentro de nós, mas como sabemos, Deus responde às nossas orações através da Sua Palavra expressa na Bíblia. Por isso precisamos ficar atentos a tudo que vier da parte Dele. Seja pela boca do Sacerdote, ou de um missionário leigo; seja pela leitura meditada, ou até pela boca de quem menos esperamos. O que importa, é abrirmos largamente o coração quando se trata de ouvir ou ler a sua palavra, pois Deus deseja que aprendamos Dele a fim de fazer da sua Palavra o sentido da nossa vida. 

Nesta partilha vamos procurar os meios evangélicos para descobrirmos o caminho que poderão mostrar os sinais de Deus em nossa vida. Podemos dizer que Deus nos fala como aos amigos. Ele está no meio de nós e disso precisamos estar totalmente convictos. No entanto, existem vários fatores que contribuem para que a voz de Deus fique abafada dentro de nós, entre eles o barulho do mundo. Queremos dizer que o barulho do mundo não vem para abalar os nossos ouvidos, mas dominar os nossos desejos. O mundo com seu violento barulho abafa a voz de Deus que clama dentro de nós. Enquanto Ele dá a direção do Amor, o mundo envia um caminho de prazer. O mundo age contra Deus oferecendo tudo aquilo que nos afasta Dele. Porém, como não podemos discernir por nós mesmos o que vem para o bem e o que vem para o mal, vamos entrando na pedagogia do prazer e fazendo da nossa vida um caminho inverso que deveríamos fazer.

Temos pouquíssimas pessoas ao nosso redor, ou quase nenhuma, que possam nos ajudar a caminhar pelas vias do Amor. Em se tratando de encontrar o melhor para a nossa caminhada, podemos dizer que estamos órfãos, pois dificilmente encontramos quem esteja totalmente disponível para nos ajudar. Temos a Santa Mãe Igreja em perfeito sincronismo com a vontade de Deus. Ela existe para fazer de cada um de nós uma perfeita oferenda de Amor. Ela pode nos dar todos os meios de santificação, mas ainda não sabemos como tirar da Igreja tudo aquilo que precisamos para viver as vias do Amor. 

Em toda a sua história a Igreja vem lutando para vencer as perseguições do mundo que vive sem Deus. Mas esta luta não é contra a carne, contra o próprio homem, mas uma luta espiritual onde vencer é permanecer fiel na vontade de Deus. A Igreja vem dando o seu sangue através dos seus fieis que se tornam membros de Cristo. Este sangue que fortalece e torna a Igreja invencível. O mundo persegue a Igreja porque sabe que nela está o triunfo de Jesus. Como dissemos, o mundo luta contra a Igreja fazendo de tudo para seduzir seus filhos. O mundo oferece tudo o que seduz o homem em seu prazer. Nisso, o homem cai pela sua razão natural, de pecador, pois o desejo sem Deus atrai o homem para as coisas do mundo. Diante disso, abertos ao mundo o homem deixa de ouvir a voz de Deus dentro de si. 

Estas são as razões naturais que tiram o homem da sua capacidade de ouvir a voz de Deus. Inconsciente de qual caminho a seguir, ele fica também incapaz de saber o que fazer da sua própria vida. Mesmo realizando seus desejos, seus sonhos e seus projetos, o homem não sente total satisfação pessoal, pois sempre vai sentir dentro de si que falta alguma coisa em sua vida. Na mesma proporção que sente nas alegrias, também sente no vazio. Porque isso? Porque Deus não ofereceu ao homem nada que pudesse lhe trazer felicidade neste mundo. O que Deus oferece ao homem neste mundo é tudo que ele precisa para dar sentido na sua vida, a fim de caminhar para a sua pátria definitiva: o céu! Todos os dons ofertados ao homem são para o homem gastá-los para os outros, e não para si. É por isso que ninguém se sente realizado, saciado neste mundo. Sempre vai desejar mais e mais. 

Por isso, dentro daquilo que nos propomos a partilhar nestas linhas, o homem precisa entender e descobrir o seu verdadeiro caminho. Em sua vida, o homem é capaz de discernir o que verdadeiramente Deus desejou para ele. Basta abrir largamente, como abre para o mundo, o seu coração para Deus. Quando isto acontece, aquelas barreiras criadas entre o homem e Deus vão se desfazendo. O homem passa a conhecer a vontade de Deus, e percebe que esta vontade não é boa somente para Deus, mas principalmente para si mesmo. Deus organiza a nossa mente. Ele nos ordena. Ele dá o verdadeiro sentido e tudo fica muito claro. Descobrimos que não nascemos para nós mesmos, mas para os outros. Também passamos a descobrir que a felicidade verdadeira não se encontra aqui neste mundo, mas no futuro com Cristo Jesus. 

Portanto, ao passar a viver dentro desta pedagogia Divina, somos inspirados a fazer da nossa vida uma busca que só tem sentido se for para viver e anunciar a Boa Nova anunciada por Jesus. Nisso, os valores das coisas do mundo são relativizados e passam a ter os reais valores. Nesta caminhada, Deus usa de seus métodos para revelar tudo que precisamos, pois Ele conhece como ninguém cada um de nós. Assim, podemos perceber que Deus age da mesma forma que sempre agiu, porém, passamos a ouvir a sua voz que antes estava escondida. Abertos para o mundo, ouvimos o que traz prazer e satisfação pessoal. Abertos para Deus, ouvimos o que nos dá vida e sentido para a nossa caminhada. 

Assim poderemos discernir a nossa vocação. Sem forçar e sem sentirmos forçados. Deus sabe usar da nossa liberdade para buscarmos o melhor, pois este melhor nunca mais será para nós, mas para Deus. Sendo para Deus, será para nossos irmãos. 

Como Terezinha do Menino Jesus, poderemos dizer: A NOSSA VOCAÇÃO É O AMOR!

Deus seja louvado e adorado!


Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas

quarta-feira, 24 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

 


QUEM SE HUMILHA EXPERIMENTA O AMOR DE DEUS


        "Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!"
                                          (Lc 18, 13)


              Estamos partilhando uma das passagens do Evangélico, onde Jesus contou uma parábola para aqueles que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros. Nos relatos, um fariseu  e um publicano subiram ao Templo para rezar. Enquanto o fariseu rezava a Deus dizendo não ser como aquele publicano que vivia em pecado, mas sim, cumprindo fielmente as leis, o publicano batia no peito de forma arrependida e pedia perdão a Deus por ser um pecador. Diante disso, Jesus disse que o publicano voltaria para sua casa justificado com Deus, enquanto o fariseu não voltaria! (Cf Lc 18, 9-14)

Em se tratando de ensinamento de Jesus, precisamos ficar atentos e penetrar em seu coração, pois é natural agirmos como o fariseu, pois somos tentados a perceber, julgar e condenar os erros e os pecados dos outros, mas esconder os nossos. Entrando nas profundezas do oceano de Amor que Deus nos oferece, poderemos entender tudo que Jesus deseja falar pra nós. De início, lembremos que a humildade é uma das virtudes das bem-aventuranças proclamadas no alto da montanha por Jesus, tão logo anunciou a instauração do Reino dos céus aqui na terra. 

Na ocasião, Jesus proclamou em alta voz o que seria necessário para que todos pudessem entender a Boa Nova trazida por Ele. Em seus ensinamentos, Jesus falava de coisas que deixavam todos atordoados, pois eram palavras difíceis de serem entendidas pela lógica humana. De fato, mudar os conceitos culturais, religiosos e tradicionais de um povo utilizando uma pedagogia totalmente fora da realidade, certamente é o maior desafio de quem anuncia uma novidade. Pior ainda nesta missão de Jesus, pois aquele povo estava esperando alguém que pudesse transformar a situação dolorosa que viviam, mas não transformarem a si mesmos. 

Portanto, não se trata somente daquele povo esta dificuldade para entender a proposta de Jesus, mas a todos os povos de todos os tempos. Jesus citou o publicano como referência, mas sabemos que dificilmente nos reconhecemos como pecadores e arrependidos voltamos para o Pai. A nossa maior dificuldade está em ouvir a Palavra de Deus sem deixar que ela machuque e até corrói as nossas entranhas, pois sempre falam aquilo que não queremos ver e ouvir. 

A mensagem trazida por Jesus fere os nossos costumes e até a nossa educação, pois faltando vida evangélica a nossos pais biológicos, certamente não saberão como nos educar para acolher e viver a Palavra de Deus. "Nossos pais humanos nos corrigiam, como melhor lhes parecia, por um tempo passageiro; Deus, porém, nos corrige em vista do nosso bem, a fim de partilharmos a sua própria santidade. Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor." (Hb 12, 10-11)

Percebemos que a Palavra de Deus vem ao nosso encontro com toda a força a fim de nos agitar e balançar o nosso interior. Diante disso, podemos concluir que não é fácil anunciar a Boa Nova da salvação, pois não basta ajuntar uma multidão e falar em nome de Jesus proclamando a sua Palavra, se cada um dos que ouvem não se colocar diante de Deus como verdadeiro pecador. Sem se curvar diante do poder de Deus, reconhecendo-se como um nada sem Ele, nenhuma Palavra de Deus poderá surtir efeito, pois Deus não interfere em nossa liberdade. 

Como missionários, podemos notar no cotidiano da vida o quanto é difícil alguém tomar a decisão de seguir Jesus. Às vezes, muitos ouvem atentamente uma pregação, uma homilia, uma palestra, uma partilha, mas não têm coragem de reconhecerem que suas vidas estão sem sentido, e precisam decidir pelo Caminho de Jesus, a fim  de viverem aquilo que ouviram. Demonstram muito interesse, mas não acolhem com a firmeza necessária para mudar a própria vida. São como aquele terreno cheio de espinhos, cujas sementes caíram e não germinaram. 

Esta é a dificuldade de quem não se reconhece como pecador e coloca nele mesmo a sua confiança e a sua esperança. Espera de Deus todas os benefícios, achando que suas súplicas, suas orações e a sua justificação bastam para possuir os méritos de Deus. São pessoas que se contentam com o pouco que este mundo oferece, como se fossem tudo que precisam. Sem humildade, cultivamos dentro de nós todos os tipos de desejos pelas coisas do mundo. Nada neste mundo nos sacia, pois estaremos sempre ávidos pelos seus prazeres que a cada dia são renovados. Deus nos atrai com a sua proposta de Amor, mas o mundo nos seduz com seus prazeres.

Portanto, Deus não desiste de nenhum de nós e continua a sua obra confiando naqueles que disseram "sim" ao seu projeto de Amor. 

Que Nossa Senhora de Todos os Povos nos animem, nos capacitem, nos ensinem e interceda sempre ao nosso favor diante de Seu Filho Jesus, com toda a sua ternura de Mãe.

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas



terça-feira, 23 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                


                   SEXUALIDADE E A MORAL CRISTÃ


                   O homem nasceu para a mulher, assim como a mulher nasceu para o homem.




Eu não julgo e muito menos condeno "a pessoa" dos homossexuais, tanto masculino, quanto feminino, pois independentemente disso, todos eles são meus irmãos e filhos de Deus. Mas, em razão de ser fiel Cristão, sob a condição da sã Doutrina da Igreja constituída por Jesus Cristo, condeno a "prática" homossexual, pois esta prática fere mortalmente a lei natural e sobretudo a moral. O que é bom para entendermos melhor a lei natural e moral, é sabermos pela ordem natural, fomos criados homens e mulheres. 

Neste caso, Deus nos criou assim para sermos fecundos em nossa diferença sexual, e fazer desta diferença e da "vida conjugal", um multiplicar da sua criação, pois a prática sexual foi criada exatamente para isso, e também para dar o prazer ao homem juntamente com a sua mulher, assim como todos os outros animais da criação. 

Portanto, se o homem fosse capaz de fazer o papel da mulher e a mulher fazer o papel do homem, poderíamos dizer que seria aceitável e até natural fazer a opção sexual. Mas diante da realidade da sexualidade totalmente desfigurada, esta opção se torna apenas para atender o prazer da carne e não para outro fim da natureza humana.

No entanto, não é digno para nós mesmos, aceitarmos passivamente algo que não traz nenhum beneficio para viver, e ainda não acrescentar em nada algo que possa ajudar na perfeita educação de todos, principalmente para as crianças que estão chegando. Muitas vezes somos seduzidos a fazer e viver alguma coisa sem saber da sua origem e dos seus frutos futuros. Tornar essa prática como "moda", seria também aceitar não precisar de mais procriação neste mundo, mas somente viver para o prazer sexual. 

No mais, expresso aqui uma realidade de fé, sem desejar ferir quem quer que seja, bem como, mostrar um principio doutrinal, moral e natural; como também, não expressar apenas uma opinião formada dentro de mim.

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Católica Pedras Vivas

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

       

          A SANTIDADE É O MELHOR SERVIÇO À IGREJA


                        "Que a vossa amabilidade seja conhecida por todos os homens" 
                                                                   (Fl 4,4)


                    Ao fundar a Santa Mãe Igreja sob o Ministério dos Apóstolos, Jesus deixou claro que os mesmos iriam fazer as coisas que Ele fez, e até maiores, pois sabia que o tempo da Igreja seria longo neste mundo, e de acordo com cada geração, a mesma teria que agir de acordo com as necessidades da época, mas sempre de acordo com os princípios evangélicos estabelecidos pelo Amor misericordioso do Pai. 

Diante disso, sabemos que a Igreja passou por tantas e tantas situações em sua história, pelas quais podemos conhecer entrando nos escritos deixados a todos nós pelos santos padres, e de fácil acesso nos dias de hoje para todos aqueles que respondem ao chamado de viver como Cristão Católico. Esta história possui realmente várias situações, entre elas, as mesmas perseguições pelas quais acontecem nos tempos atuais. 

Porém, o que vamos partilhar trata-se de entendermos como foi que os primeiros cristãos católicos viviam a fé no início da Santa Igreja, até chegarmos nos dias de hoje. Para isso, precismos meditar nos relatos do Evangelista Lucas que podemos ler na Sagrada Escritura, precisamente no Livro dos Atos dos Apóstolos. Nele podemos perceber que os primeiros cristãos foram sendo conduzidos à Igreja através da renuncia total da vida passada, assim, de forma concreta, despojando-se de tudo que possuíam e unido-se à comunidade Apostólica. Vendiam suas propriedades, seus bens e ofertavam tudo para a recém fundada Igreja. Neste ato de fé e de coragem, faziam uma verdadeira experiência com o ressuscitado e se tornariam missionários consagrados na consumação do Reino de Deus instaurado por Jesus. 

Seguindo pelos séculos seguintes, podemos encontrar nos escritos dos chamados Santos Padres, aqueles homens que também ofereceram suas vidas e doaram o sangue para manter firme a fé e anunciar o Evangelho a todas as criaturas de todas as nações. Neles, a Igreja foi se constituindo e solidificando em terras estrangeiras, passando das fronteiras de Isreal. Nesta época de tantas guerras e disputas pelo poder, a Igreja sofreu com as perseguições e o mundo foi percebendo que os cristão estavam crescendo como nunca podiam imaginar. A cada dia, o anúncio da Boa Nova ganhava novos seguidores e a fé cristã sendo fortificada com o próprio sangue. 

Na era moderna, declarada após o ano de 1850, aproximadamente, o mundo foi ficando cada vez menor, pois a comunicação foi ganhando espaço e as vias de acesso aos países foram sendo desbravadas pelos modernos meios de transporte, tais como, navios, trens e automóveis. Com isso, a Igreja também se lançou no mundo para criar novas comunidades religiosas por todos os continentes, anunciando com vigor missionário a Boa Nova da salvação No entanto, ela continuava com o mesmo discurso de sempre: "Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida!" (Jo 14, 6).

Chegando na metade do século vinte, pelos anos 60, a Igreja passou pela mais forte e conhecida transformação da sua história, pois ela foi percebendo que precisaria ganhar mais força, a afim de enfrentar com fidelidade e coragem os novos e os mais modernos tempos de toda a história, pois todos os povos estariam unidos através de todos os meios de comunicação, numa velocidade jamais imaginada. Foi nesta época que aconteceu o Concílio Vaticano II, mudando completamente a estrutura organizacional e missionária da Santa Mãe Igreja. 

Aquela Igreja que vivia escondida aos olhos dos seus fieis, mas declarada somente ao seu corpo eclesial, foi obrigada a se abrir para todos aqueles que ouviriam a mensagem salvação. De uma Igreja escondida, tornou-se uma Igreja = "Povo de Deus em comunhão". Sim, o formato do Concílio tomou um sentido de levar todos os féis a serem Igreja. Não que isso fosse proibido nas gerações anteriores, mas se tornou realmente necessária nos tempos atuais. A Igreja é sábia, e sempre foi dirigida pela força da sua Sagrada Tradição, do seu Sagrado Magistério e da Sagrada Escritura. Portanto, podemos confiar plenamente no sinais de sua missão Apostólica.

Nos dias de hoje, podemos buscar nos ensinamentos dos últimos Papas, desde Paulo VI, passando por João Paulo II, Bento XVI, e claro, agora no inicio do pontificado do Papa Francisco, todos os subsídios para podermos entender o verdadeiro sentido de sermos cristãos, envolvidos na pedagogia de Jesus, ou seja, na necessidade de tornar-nos verdadeiros discípulos. Ao se declarar uma Igreja cuja missão é fazer Jesus acontecer neste mundo, se tornaria também, necessariamente, estar em comunhão com toda a comunidade cristã católica; também podemos dizer, não somente com palavras e promessas, mas numa realidade de vida e testemunho de todos os fieis. 

Somente nesta condição de comunhão total com a Igreja; vivendo sob a orientação pedagógica do Mestre, tão cuidadosamente guardada sob o depósito da fé na mesma Igreja, somos todos nós chamados a vivermos plenamente a santidade em comunhão com Espírito Santo nos doado no batismo, pois somente nesta condição de vida é que seremos totalmente capazes de anunciar a Boa Nova, dispostos e também disponíveis para fazer desta santidade um perfeito serviço à Santa Mãe Igreja. Pois, não existe melhor serviço do que o testemunho de vida. Podemos dizer que a palavra é importante, mas o testemunho arrasta!

O que vemos hoje, infelizmente, contradiz a esta inspiração de fazer uma nova Igreja acontecer, como divinamente foi inspirada no Concílio Vaticano II. O mundo cristão está descristianizando-se com tantas ofertas do mundo pagão. O povo de Deus está abrindo largamente o seu coração para as coisas tentadoras que levam somente ao prazer momentâneo. O povo de Deus não está se abrindo à Boa Nova com tanta força e vontade. A cada dia estão se contentando  a poucas participações nas celebrações, quando muito participam. Costumam assistir às missas, sem no entanto participar com o coração e a alma. 

Outro fato que vem acontecendo sistematicamente em nossa Igreja é o pouco caso na formação de seus fieis. Sem uma formação adequada, não podemos oferecer um serviço que leve alguém a conhecer a Pessoa de Jesus. Como Ele mesmo diz: "será como um cego guiando outro cego" (Cef Lc 6, 39ss). Ainda hoje podemos ver os participantes das Santas Missas serem chamados para exercerem funções de catequistas, cantores, leitores, ministros da Palavra, agentes de pastorais e etc, como se fosse assim, tão fácil exercer esses ministérios. Não podemos aceitar isso passivamente, pois a Igreja se enfraquece não dando testemunho de vida Evangélica. A Igreja não sobrevive apenas com serviços, mas com a vida de santidade dos seus fieis. Os santos são a força que move a Santa Mãe Igreja, em comunhão com a Santíssima Trindade,  e não existe serviço melhor para ela sobreviver neste mundo paganizado. 

Portanto, que tenhamos coragem de sermos profetas que anunciam e denunciam, assim como foram todos aqueles que não tiveram medo em suas missões. Tais como, Daniel, Jeremias, Isaías, Abraão, Moisés, Elias, Elizeu, Ezequiel, Malaquias, João Batista, Paulo, Pedro, João, São João Maria Vianney, Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Tereza de Ávila, Beato João Paulo II e tantos outros do nosso tempo. Servir à Santa Mãe Igreja é fazer Jesus acontecer neste mundo!

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Católica Pedras Vivas


                            

segunda-feira, 22 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                        

                        QUEREMOS VER JESUS


                     Caminho, verdade e vida!
                                  (Jo 14, 6)


              Poderíamos partilhar este texto meditando a passagem bíblica expressa no Evangelho de João,  onde Jesus estava respondendo as dúvidas dos discípulos, principalmente a Tomé e Filipe, que se mostraram totalmente fora de sintonia com o Mestre, pois não estavam entendendo a linguagem que Jesus estava falando. Porém, vamos entrar no contexto que não está no Evangelho de João, mas no de Mateus, onde poderemos atualizar ainda mais aquilo que Jesus queria dizer aos seus discípulos.

Antes, lembremos que no diálogo do Evangelho de João, Jesus estava tentando explicar aos discípulos a forma que com que Ele iria continuar a sua missão juntamente com eles mesmos, logo depois  de ter concretizado o plano de salvação, ou seja, morrer, ressuscitar e batizar com o Espírito Santo. Jesus explicava que voltaria depois de preparar um lugar para eles junto com o Pai, e para onde iriam, seguiriam por um caminho conhecido por eles, mas Tomé questionou e disse que não sabia que lugar era este. Em seguida, Felipe também fez a sua colocação e disse a Jesus: "Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta." (todo o diálogo em Jo 14, 1-11)

Entrando no texto da partilha que  está no Evangelho de Mateus, onde Jesus narra com detalhes a forma de como será feito o julgamento de todos os que seguiram pelo caminho em busca daquele lugar preparado por Ele e pelo Pai, assim podemos ver: Depois de separar os cabritos (injustos) das ovelhas (justos), dirá: "Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome, e me deste de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu, e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão; e fostes visitar-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos como forasteiro, e te recebemos em casa, sem roupa, e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?
Então o Rei lhes responderá: Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, foi a mim que o fizestes!" (Mt 25, 33-40)

Em seguida, na continuação do Evangelho, veremos que Jesus definiu como "injustos" (cabritos), aqueles que não fizeram a mesma coisa que os "justos" (ovelhas) fizeram, ou seja, cuidaram dos mais pequenos como sendo Ele mesmo, Jesus! Está aí o grande segredo para vermos Jesus neste mundo: cuidar de todos aqueles que sofrem, de uma forma geral, sem definir neles apenas o que merecem, mas cuidar deles como o próprio Jesus. Portanto, ver Jesus é seguir pelo Caminho, que é Ele mesmo; escutar e viver a sua Verdade, que é Ele mesmo e viver a Vida de santidade ensinada pela Palavra de Deus, que também é Ele mesmo!

Tomé disse que não sabia para onde Jesus iria, portanto não saberia o caminho, e Felipe disse que se contentava somente em conhecer o Pai; Jesus disse a Tomé: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim".  (Jo 14, 6-7) E disse a Felipe: "Quem me viu, tem visto o Pai." (Jo 14, 9) 
Hoje somos chamados a entrar em nosso interior e refletir sobre o que temos sido em nossa caminhada peregrina aqui neste mundo: estamos sendo "cabrito" ou "ovelha"? Estamos vivendo os valores de Jesus ou os valores do mundo? Temos procurado o rosto de Jesus no rosto das pessoas? Estamos cuidando de Jesus na pessoa de alguém? Se não estamos, precisamos urgentemente rever os nossos conceitos de cristãos, pois Jesus aparecerá em sua Glória quando menos esperarmos. 

Em várias linguagens e de várias maneiras, somos chamados a viver conforme Jesus ensina aos discípulos. Interpretar a Sagrada Escritura sem nos remeter para suas páginas, seria como entrar num rio de águas puras e cristalinas amarrados dentro de um saco plástico, sem nenhum contato com a pureza da água. Somos chamados a fazer do nosso caminho o mesmo caminho dos Apóstolos e discípulos. Apenas ouvir Jesus falar e ensinar é muito pouco para se chegar ao Pai. Precisamos viver e colocar em prática todos os seus ensinamentos. É nesta decisão que entra o desejo de Deus, pois sem a nossa firme decisão, Jesus não se mostrará na pessoa de quem quer que seja. Ficará escondido aos olhos que olham somente para si e para seus próprios ideais de vida. Jesus está bem perto de nós, mas viramos o rosto para não vê-Lo!

Pedimos ao Pai e Criador que nos conceda toda a graça, a fim de abrirmos os olhos do coração para podermos ver Jesus na pessoa de todos os nossos irmãos, e assim chegarmos como "ovelhas" ao Seu encontro quando chegar a hora. 

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas




            
                                 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

     


      

     JESUS NÃO ESTÁ NA EUFORIA, MAS NA DECISÃO!


                  

              Como bons cristãos, precisamos entender toda a pedagogia de Jesus. Nas páginas dos Evangelhos, essa pedagogia vai sendo mostrada com clareza e riqueza de detalhes. Jesus não esconde nada, e nada fica sem explicações, apesar de falar em parábolas quando é preciso. Em todas as situações que falou em parábolas, certamente foi para fazer seus interlocutores refletirem, ou mostrar que Ele realmente conhecia o homem por dentro, tanto que percebia até os pensamentos daqueles que O procuravam apenas para encontrar alguma coisa a fim de condená-Lo. 

Em princípio, vamos descobrindo que na pedagogia de Jesus existe um ponto chave para podermos entrar em sua intimidade, e que faz parte de um dos seus ensinamentos, que é "tomar uma decisão" ao descobrirmos o seu chamado. Precisamos entender que Jesus não veio apenas para se mostrar, para revelar o Pai e consumar o projeto da salvação, mas juntamente com esse plano, está incluído atendermos o chamado para nos tornar Cristos após a Sua Redenção. Foi para isso que Ele precisou encontrar aqueles que seriam os primeiros discípulos e apóstolos. Não se trata de um grupo fechado, mas a todos os que foram respondendo com fidelidade, apesar de não poderem entender direito o projeto de Jesus. 

Em toda sua caminhada e em todos os lugares por onde andava para pregar e ensinar, podemos perceber nas narrativas dos Evangelhos que uma multidão seguia Jesus. Em alguma citação, podemos calcular algo em torno de quinze mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Por algum motivo, todos queriam ver e ouvir Jesus, mesmo que fosse apenas para saciar a fome e a sede. Existe neste contexto, o que podemos definir como uma euforia do povo. Esta euforia se dá pelo fato de verem Jesus realizando milagres e falando de coisas que nunca haviam escutado. Mas, Jesus não olhava para a multidão!

Para entrarmos na pedagogia de Jesus, precisamos entender isso: como sabemos que Jesus não olha para a multidão? Por que Jesus olha separadamente para cada um de nós! Ele não vê uma multidão, mas um só, de cada vez. Jesus é capaz de conhecer os nossos pensamentos, e no meio de uma multidão pode estar apenas um que decidiu segui-Lo porque descobriu Nele a verdade, a vida, o caminho. Esta é a receita para entrarmos na intimidade do Mestre. Do nosso coração precisa sair uma reta intenção de aprender, seguir, escutar e fazer a vontade do Pai, assim como Jesus fez. 

Quem responde com "fidelidade" ao chamado de Jesus, expresso em todas as páginas Sagradas,  não se contenta apenas em louvar e agradecer a Deus pelo dom da vida. Não se contenta em  alegrar-se por ser um cristão. Não se contenta apenas em rezar todos os dias, ou participar da Santa Missa, apesar da sua sublime importância. Não se contenta apenas em ser um missionário. Não se contenta apenas em viver a sua vocação, seja ela qual for. Não se contenta em apenas saber que a sua esperança é o céu. Não se contenta de ser menos do que um discípulo de Jesus. Não se contenta com seu estado de pecado. Não se contenta enquanto não experimentar as dores  do Mestre. Isto é decisão!

O que vemos em nossa comunidade de fiéis, retrata aquele povo seguidor de Jesus nos Evangelhos. Estamos todos eufóricos com a nossa fé, com a nossa esperança. A nossa euforia é marcante quando participamos das festas religiosas, culturais e as tradicionais. Gostamos de ver a nossa capela bonita, ornamentada, limpa, cheirosa e fresquinha. Gostamos de ver tudo arrumado e perfeito. Fazemos de tudo para dar um sentido fiel nas celebrações. Fazemos curso disso, curso daquilo e buscamos aprender bem aquilo que precisamos para "servir" a Santa Igreja. No entanto, a nossa intenção não é dar sentido verdadeiro à nossa fé, mas apenas mostrar exteriormente a nossa religião. Mostramos apenas que estamos unidos à pessoa do Sacerdote da Paróquia, e que somos seu amigo, e etc. 

Porém, esta não é a vontade de Deus. Sua vontade é ver todos os seus filhos vivendo na verdade. E a verdade é vivermos como verdadeiros discípulos. Sem euforia, mas com entusiasmo. Entusiasmo que se renova a cada amanhecer. Aquele que decide para santificar-se, não se acomoda e resiste às tentações. Não leva para si mesmo nenhuma glória, mas faz da sua vida de santidade um perfeito serviço à Santa Mãe Igreja. Sendo pai, mãe, filho, trabalhador em qualquer profissão e categoria, este faz da sua vida um testemunho de Amor. Para tanto, precisamos entrar na pedagogia de Jesus, e não na pedagogia do mundo. Não podemos estar com um pé na Igreja e com o outro no mundo. Estamos no mundo, que vive de euforia, mas não somos do mundo. Somos de Deus!

Esta é a nossa vocação: Amor! E no Amor não tem espaço para as coisas passageiras, onde todas as coisas são eternas, pois o Amor é Deus! 

Peçamos ao Deus Amor que crie em nós um coração que seja puro para podermos viver no Espírito Santo, que é o Espírito decidido, só no Amor!

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas




quarta-feira, 17 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                    


                        MISSÃO DA IGREJA: SANTIFICAR



"Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso 
  comportamento, porque está escrito: 'Sede santos, porque eu sou santo.' (1 Pd 1, 15-16)"


                 Estamos diante do maior desafio da nossa vida: ser santo! "Primeiro", precisamos acreditar em Deus. "Segundo", precisamos acreditar que Jesus é o enviado de Deus. "Terceiro", que não somos capazes de viver e encontrar os meios para conhecer a Deus fora da Igreja fundada por Jesus Cristo . "Quarto", que não somos livres para fazer o que quisermos da nossa vida. "Quinto", acreditar que o pecado destruiu a nossa natureza humana criada por Deus. "Sexto", acreditar plenamente que toda a Bíblia é a Palavra de Deus, e que é o próprio Deus falando pra todos nós através de alguém. "Sétimo", reconhecer neste mundo alguém que seja santo!

Se refletirmos com mais rigor, poderemos encontrar mais tópicos para acrescentar nesta lista que somaram sete situações. Claro, existem mais fatores que contribuem para relaxarmos diante da nossa necessidade de viver no Caminho de Deus. Portanto, podemos tirar dessas situações aquilo que nos dará uma Luz para iluminar o nosso perfeito discernimento. Para começarmos, precisamos aprender como se faz para entrar no âmbito do discernimento, pois está nesse processo toda a ciência da fé. Ou seja, discernir a nossa vida e a nossa história. Queremos dizer que não é possível discernir a fé apenas olhando pelo lado da razão. Ou seja, a fé não faz parte da nossa humanidade, mas inserida em nosso psiquê. Baseado em nossa liberdade, podemos crer ou não! Tudo que se relaciona com a fé se torna uma verdade absoluta sem a necessidade de se ver. Quanto à razão, esta, necessariamente, precisa ser vista. 

Começa aqui a nossa batalha interior. Possuímos a inata capacidade para pensar e somos estimulados a pensar em cada segundo da nossa vida. Podemos dizer que não existimos se não pensamos. Portanto, pensar não é viver. Não são os nossos pensamentos o agente para nos guiar e a dar o verdadeiro sentido da vida. Os pensamentos nascem daquilo que já conhecemos, escutamos e vivemos. Portanto, escondidos dos nossos pensamentos estão tudo aquilo que ainda não conhecemos e nem ouvimos. Esta é a parte da nossa razão. 

Para entrarmos na linha do discernimento, precisamos introduzir em nossos pensamentos aquilo que irá confrontar com a nossa razão. Ou seja,  para discernirmos precisamos conhecer os dois lados da questão: fé e razão! Podemos dizer que não conseguiremos ter fé sem razão, e nem ter razão sem fé. Para melhorar, precisamos lembrar que a fé é acreditar naquilo que não se vê, e a razão é o que dá sentido em tudo aquilo que podemos ver ou sentir. 

Esse é o primeiro ponto da nossa reflexão: acreditar em Deus com a nossa razão. A princípio parece fácil acreditar em Deus. Mas não é! Acreditar em Deus na pedagogia do próprio Deus significa colocá-Lo acima de tudo e de todos. Não é apenas crer com a razão, mas principalmente com a vida. E para acreditar em Deus com a vida, necessariamente precisamos chegar em Jesus. Jesus precisa entrar em nossa história, pois é Ele quem vai revelar Deus a nós. Jesus veio a nós como Filho de Deus. Ele veio revelar o Pai a fim de podermos conhecer a quem só conhecíamos por ouvir falar. Ao revelar Deus para nós, Jesus também trouxe junto com Ele uma sublime missão: revelar a nossa perfeita humanidade. Na humanidade Dele podemos descobrir a nossa. Em sua perfeita humanidade também está a nossa perfeição. Não em Jesus Deus, mas em Jesus homem. Mesmo que um não se separe do outro, Jesus consegue nos ensinar em sua humanidade.

Nesta perspectiva envolvente acabamos sendo atraídos pela doçura de Jesus. Entrando realmente com todo o nosso ser, com toda a nossa força, com toda a nossa inteligência e com todo o nosso entendimento no caminho de Jesus, aos poucos vamos penetrando no mistério da criação. Jesus nos envolve com tudo que é novo, e nunca antes revelado dentro de nós. Tudo vai ficando mais claro e aquilo que parecia impossível se torna real. Neste caminho envolvente, passamos dirigir nossos passos nas pegadas de Jesus e este caminho vai nos levando para os porões da Santa Mãe Igreja. Não que seja a nossa vontade, mas é através de uma força que nos impele a entrar pelas portas abertas. Jesus vai revelando a sua Igreja e a Igreja vai revelando todos os mistérios antes escondidos. Podemos dizer que não se entra na Igreja pelas portas da Capela, mas pelas chagas de Jesus. Assim como a mãe Eva saiu da costela de Adão, a Mãe Igreja saiu da costela de Jesus. Adão dormia, Jesus estava morto numa cruz. 

É a fé que nos remete a isso. Assegurar a nossa fé sem acreditar que o depositário da fé está sob a jurisdição da Santa Mãe Igreja, é não estar no caminho de Jesus. A Igreja nasceu em Jesus e Jesus é a própria Igreja. Sem Igreja não temos Jesus. Para Jesus continuar a sua obra de salvação seria necessário a presença viva Dele mesmo entre nós. Para isso, fundou Ele mesmo como uma Igreja e na história foi incorporando os fiéis dentro de si. Portanto, aquele que está em Cristo é Igreja. Quem não é Igreja não está em Cristo! Sem Cristo estamos mortos nesta vida!

Completando a nossa partilha, chegamos na parte onde precisamos nos conscientizar sobre o verdadeiro sentido da "liberdade". Em todos os tempos o homem foi dando um sentido que beneficia a si próprio sobre o livre arbítrio. Em todos os tempos a liberdade do homem foi sendo manipulada por tradições e culturas. Na verdade, o homem não é livre conforme a vontade Deus. O homem não sabe o que fazer com a sua liberdade, muito menos após a caída pelo pecado. A liberdade foi colocada na criação do homem por Deus. Mas, não para fazer o que quiser com ela. A vontade de Deus é ver todos nós fazendo o bem com ela. Com isso, usando mal a nossa liberdade podemos dizer não a Deus. Fruto do pecado!

Em todas as páginas das Sagradas Escrituras narradas pelos antigos profetas, podemos ver o reflexo do pecado. É uma guerra, uma batalha entre os povos. São reinados e mais reinados buscando o poder sobre nações e povos. Entrar na Bíblia é encontrar a nossa história e o nosso Caminho. Por isso, deixar de fazer da nossa vida um caminho sem a Palavra de Deus, é deixar de conhecer a nossa própria história. A Palavra de Deus revela ao homem de todos os tempos o caminho a seguir. A fidelidade da Igreja na Palavra de Deus é o alicerce que suporta o seu caminho desde a sua fundação por Jesus Cristo. Nada é mais nocivo para o homem do que ficar sem conhecer a vontade do seu Criador.

Para terminar, a vontade de Deus é ver todos os seus filhos caminhando na verdade. Para isso, não se apegou ao seu filho Jesus. Idealizou o projeto da salvação e quando chegou o tempo, colocou em prática, como sabemos. Jesus cumpriu fielmente e nos deixou como herança o Espírito Santo prometido, o mesmo Espírito de Deus. Portanto, na história da salvação o Espirito Santo é Aquele que nos santifica e nos concede a graça de discernir o Caminho. Ser santo é viver em profunda comunhão com Deus em sua intimidade a cada instante da nossa vida, mesmo correndo o risco de pecado,  mas, diante desta comunhão, a luta contra ele é indício de santidade. Assim, em nosso último suspiro o próprio Jesus virá nos acolher para nos levar ao Pai, pois esta a sua promessa. "Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também os que morreram em Jesus" (1 Ts 4, 14). 

"Portanto, a vontade de Deus é que sejamos santos" (1 Ts 4, 3)

Rogamos pela misericórdia de Deus, em Jesus, na força do Espírito Santo e sob os olhares ternos da Virgem Maria. 

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas