terça-feira, 26 de abril de 2011
FORMAÇÃO
PODEMOS MUDAR A NOSSA HISTÓRIA
Não é preciso temer o sofrimento, mas saber como reagir
Sim, este título não é apenas sugestão, mas uma concreta e alegre afirmação: É possível, é sempre possível mudar nossa história!
Percebo que o conformismo e a acomodação são dois grandes parasitas que perpassam o DNA de muita gente em nosso tempo. Tempo por vezes tão confuso, que em várias situações acaba inserindo nas pessoas uma intensa letargia e um profundo sentimento de incapacidade. Sim, incapacidade diante dos problemas, das fraquezas, diante de fatos dolorosos que desejam – levianamente – definir o curso de nossa história.
É necessário que se creia que não se é aquilo que se sente, e que mesmo quando a tristeza e a incapacidade quiserem nos aprisionar, podemos e devemos resistir acreditando na força que existe dentro de cada um de nós, no poder de superação que muitos já definiram como: “Força dinâmica que anima a vida”.
Ao contrário do que muitos pensadores contemporâneos afirmaram, o homem não é um nada atirado no vazio da existência, sem um “porquê” de existir e sem “uma finalidade na existência”. O homem é um ser prenhe de significado, um ser que porta uma enorme capacidade de se superar e se autotranscender em cada instante da vida.
As contrariedades que enfrentamos não têm o poder de definir aquilo que seremos, nem mesmo nossos erros e fragilidades o têm. Tudo isso pode se tornar matéria-prima para realizarmos uma bela e contínua "re-significação" em nossa história, superando dores e conquistando vitórias.
Basta, atentamente, perceber o movimento presente na existência para compreender que as dificuldades nem sempre são inimigas, mas, na maioria das vezes, elas vêm à luz com o intuito de fazer a vida ser mais e não menos. O sofrimento traz consigo uma força de novidade que infunde no coração capacidades que antes nem eram imaginadas por aquele que o vivencia.
Não é preciso temer o sofrimento, mas é preciso saber como reagir, como responder a ele. Ele pode e deve sempre formar e ensinar, e não se tornar uma muleta, na qual nos escondemos a vida toda. Ele tem o dom de nos fazer compreender a vida de uma forma como nunca a entenderíamos antes. Ele nos purifica e tira de nós o melhor. Por isso, diante de qualquer dor e derrota, o importante é sempre nutrir a certeza: “É possível mudar minha história!”, é possível crescer com as dores e sempre aprender com elas.
Por maior que sejam as muralhas que se levantaram contra nós, essa esperança deve sempre povoar nosso coração: “Sou um vencedor, possuo em mim essa Força dinâmica de superação, que anima minha vida; posso vencer, pois essa Força de Deus habita em mim”.
E mesmo quando somos nós os culpados, mesmo quando padecemos por conta de nossos próprios erros e fraquezas, é necessário entender que, em Deus, misericórdia não é passatempo, mas verdade eterna e derramada como perene possibilidade de recomeço e novidade, em qualquer fase ou circunstância da vida.
Quando se entende que a vida não pode ser subtraída a momentos isolados de limitação e que ela nasceu para sempre ser mais, para sempre crescer, a esperança pode fixar morada – mesmo em meio ao cansaço dos dias – naquele que caminha, alimentando-o com sua primavera e dando sabor e alegria a cada fragmento de tempo e presença que empregamos nesta terra.
Enfim, podemos mudar nossa história! Aliados à Graça, sempre poderemos!
Diácono Adriano Zandoná
verso.zandona@gmail.com
Adriano Zandoná Adriano Zandoná é diácono e missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em Filosofia e Teologia, está atualmente se preparando para a Ordenação Sacerdotal. Apresenta os programas “Em sintonia com meu Deus” – diariamente, pela TV Canção Nova – e “Viver Bem” – aos finais de semana, pela Rádio Canção Nova AM 1120
twitter: @DiaconoAdrianoZ
FONTE: Canção Nova
segunda-feira, 25 de abril de 2011
OS ENCONTROS DE UMA NOITE
Dificilmente o príncipe encantado cairá do céu
A partir da revolução sexual dos anos 60 muitas coisas interferiram no comportamento dos jovens. Quem já tem mais de 40, certamente se lembra das muitas etapas vividas nos anos que viriam a seguir… Apesar de todo o liberalismo alcançado, o desejo das pessoas de encontrar alguém para viver um sadio relacionamento ainda continua vivo. De maneira especial as mulheres que se preocupam com o avanço do tempo e ainda não conseguiram encontrar seu par. Outras, por terem vivido um relacionamento frustrado, procuram estabelecer um romance duradouro com alguém que realmente as faça felizes. Algumas dessas já namoraram, já viveram vários relacionamentos de curtíssima duração, outras até tinham um “ficante fixo”, mas entre tantas experiências, ninguém parecia ser adequado para o projeto de um relacionamento sólido.
É bem sabido pela maioria das pessoas que, a cada final de semana, quase sempre, a proposta para a diversão não está somente em conviver com outras pessoas, mas sim de não passar a noite sozinhos. De maneira equivocada, algumas pessoas acreditam que em meio às breves experiências de namoro poderão encontrar seu par ideal. Em outras palavras, elas procuram encontrar alguém especial vivendo inúmeros namoricos. Como se desses encontros fosse possível detectar a(o) namorada(o) perfeita(o) para então viverem o sonhado relacionamento. Outros acreditam que por não terem ainda encontrado a mulher ou o homem da sua vida justificam a atitude de viver um encontro com a duração de uma noite.
Dessa forma, as abordagens quase sempre seguem os mesmos rituais, tanto para homens quanto para as mulheres. Sem rodeios procuram conduzir o encontro para uma intimidade, na qual o casal tem como motivação o vínculo passageiro. E quando acontece do rapaz se deparar com uma moça que resiste a tal proposta ou não responde com o mesmo interesse, sem pestanejar, desvia seus objetivos em direção a uma outra pretendente.
Nessas investidas masculinas estará como alvo as jovens que se vestem de maneira mais provocante ou aquelas que expressam em gestos uma predisposição para um relacionamento-relâmpago.
Como que se vivessem num círculo vicioso, a mesma atitude vai se repetir por muitos finais de semanas e festas oportunas. E os comentários entre os amigos(as), já não tão discretos, seria a respeito de quem foi ou como foi a noite com essa ou aquela pessoa.
Sabemos que, para encontrar alguém, precisamos também "nos desinstalar", pois dificilmente o príncipe encantado vai cair do céu e bater à porta da jovem. E a frustração de muitos relacionamentos está no fato de as pessoas perceberem que, apesar de terem vivido muitos momentos, nenhum desses eventos foram duradouros o bastante como gostariam que acontecesse.
Contudo, a maneira de conquistar alguém com intenções de viver um relacionamento mais sério, certamente, não será por meio das mesmas abordagens vividas nos finais semana anteriores. Tampouco será a extroversão abusada ou a concordância para um programinha que vai garantir a conquista de alguém.
Dessa forma, a pessoa que deseja algo diferente para si começará a entender os motivos de seus relacionamentos frustrados quando, sem hesitação, responder de maneira diferente às investidas costumeiras dos pretendentes de plantão. E uma primeira mudança a ser tomada estaria na própria maneira de ver a pessoa do sexo oposto. Agora não como alguém que serviria apenas de muletas para suprir suas carências, mas de forma a encontrar uma pessoa como quem poderá viver a realização de um chamado para uma vida a dois e de maneira sóbria.
Um abraço e até o próximo encontro.
Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes
FONTE: Canção Nova
PALAVRA DA VIDA
JESUS ESTÁ VIVO? ENTÃO, ONDE ELE ESTÁ?
Quem não encontra Jesus em sua caminhada, não conhece a Deus!
É uma realidade em nossa vida o desejo de conhecer o nosso criador... Ver o nosso Deus. Temos sede e fome de Deus. Nosso coração não se aquieta enquanto não experimentar o Amor do Criador. Isso é uma realidade em cada um de nós.
De várias maneiras, procuramos esta intimidade com Deus, pois, conhecê-Lo é mais do que desejamos, pois foi Ele mesmo quem inseriu em cada um de nós este desejo de experimentá-Lo. Queremos vê-Lo como vemos naturalmente as pessoas. Queremos pegá-Lo, abraçá-Lo; desejamos tornar real tudo aquilo que ouvimos Dele.
Nos dias de hoje, temos várias opções para conhecer o Deus que a maioria de nós temos certeza de que existe. Claro, existem ainda entre nós muitos povos, nações, culturas e costumes que negam a existência de Deus único e verdadeiro. Aproveitando desta diversidade pelo mundo, pessoas vão tentando descobrir meios de inserir um deus a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer o verdadeiro Deus.
Esse deus vem através de cultos, seitas, igrejas fundadas por homens sem vínculos divinos, que sabendo do anseio do homem para conhecer Deus, aproveitam da sua fragilidade humana para convencê-lo a seguir este deus inventado. Muitas vezes parece ser verdade, pois as promessas são copiadas da Bíblia, dos livros sagrados que revelam aquilo que os homens desejam. Jesus diz: "Cuidado, muitos virão em Meu nome".
O sofrimento do dia a dia nos faz acreditar que existe mesmo uma receita mágica que nos coloca frente a frente com este deus que faz a nossa vontade. Que nos promete prosperidade, paz e alegria se a gente cumprir os preceitos religiosos, pagar o dízim e fazer as ofertas necessárias para o bem comum. Que ganharemos o céu como recompensa se formos aos cultos e cantar os seus louvores. Em algumas religiões, até pregam um deus que dá outras oportunidades de buscar a perfeição de vida, caso nesta vida presente não tenha conseguido ser perfeito.
Ora, porque Deus criaria uma humanidade cheia de controvésias, onde a vida, o bem mais precioso da sua criação, não fosse conhecida por cada um através da sua própria vida? A pergunta de fundo: "Onde está Jesus que afirma estar vivo?" Onde está Aquele que pode revelar a todos nós o Deus Criador? Ele diz: "Estou aqui!" Mas, onde?
É urgente descobrirmos esta resposta. É forçoso acreditar que existe uma verdade escondida aos nossos olhos. Não pode uma instituição existir a 2011 anos, dizer que é portadora da verdade e que pode mostrar o rosto deste Jesus que revela o Amor do Pai, se realmente não tivesse os meios para isso. Portanto, acreditar que Jesus está no meio de nós e em nós, é começar, a partir de agora, buscar o rosto de Cristo na Igreja criada por Ele mesmo. Este rosto de Cristo não está estampado em algum lugar, mas em cada um dos cristãos que vive essa realidade de Cristo presente e atuante no mundo.
Jesus está vivo sim! Cada cristão pode revelar isso com a sua vida e a sua história. Jesus deixou de ser apenas um filho, para se tornar um Deus presente em cada um que se torna Cristo. Não seremos como Deus, mas podemos mostrar esse Deus que se acha escondido para a maioria das pessoas neste mundo secularizado.
Revelar Jesus é saciar a nossa fome de Deus!"
Carlos - CCPV
FORMAÇÃO
PODEMOS MUDAR A NOSSA HISTÓRIA
Não é preciso temer o sofrimento, mas é preciso saber como reagir
Sim, este título não é apenas sugestão, mas uma concreta e alegre afirmação: É possível, é sempre possível mudar nossa história!
Percebo que o conformismo e a acomodação são dois grandes parasitas que perpassam o DNA de muita gente em nosso tempo. Tempo por vezes tão confuso, que em várias situações acaba inserindo nas pessoas uma intensa letargia e um profundo sentimento de incapacidade. Sim, incapacidade diante dos problemas, das fraquezas, diante de fatos dolorosos que desejam – levianamente – definir o curso de nossa história.
É necessário que se creia que não se é aquilo que se sente, e que mesmo quando a tristeza e a incapacidade quiserem nos aprisionar, podemos e devemos resistir acreditando na força que existe dentro de cada um de nós, no poder de superação que muitos já definiram como: “Força dinâmica que anima a vida”.
Diácono Adriano Zandoná
verso.zandona@gmail.com
Adriano Zandoná Adriano Zandoná é diácono e missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em Filosofia e Teologia, está atualmente se preparando para a Ordenação Sacerdotal. Apresenta os programas “Em sintonia com meu Deus” – diariamente, pela TV Canção Nova – e “Viver Bem” – aos finais de semana, pela Rádio Canção Nova AM 1120
twitter: @DiaconoAdrianoZ
http://blog.cancaonova.com/adrianozandona
FONTE: Canção Nova
Não é preciso temer o sofrimento, mas é preciso saber como reagir
Sim, este título não é apenas sugestão, mas uma concreta e alegre afirmação: É possível, é sempre possível mudar nossa história!
Percebo que o conformismo e a acomodação são dois grandes parasitas que perpassam o DNA de muita gente em nosso tempo. Tempo por vezes tão confuso, que em várias situações acaba inserindo nas pessoas uma intensa letargia e um profundo sentimento de incapacidade. Sim, incapacidade diante dos problemas, das fraquezas, diante de fatos dolorosos que desejam – levianamente – definir o curso de nossa história.
É necessário que se creia que não se é aquilo que se sente, e que mesmo quando a tristeza e a incapacidade quiserem nos aprisionar, podemos e devemos resistir acreditando na força que existe dentro de cada um de nós, no poder de superação que muitos já definiram como: “Força dinâmica que anima a vida”.
Diácono Adriano Zandoná
verso.zandona@gmail.com
Adriano Zandoná Adriano Zandoná é diácono e missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em Filosofia e Teologia, está atualmente se preparando para a Ordenação Sacerdotal. Apresenta os programas “Em sintonia com meu Deus” – diariamente, pela TV Canção Nova – e “Viver Bem” – aos finais de semana, pela Rádio Canção Nova AM 1120
twitter: @DiaconoAdrianoZ
http://blog.cancaonova.com/adrianozandona
FONTE: Canção Nova
domingo, 24 de abril de 2011
PÁSCOA
RESSUSCITOU DE VERDADE!
Celebrar a Páscoa é chegar ao encontro com Cristo vivo
Uma antiga e sempre atual saudação para o Tempo Pascal resume em poucas palavras a fé dos cristãos: “Cristo ressuscitou”! A resposta confirma a convicção: “Ressuscitou de verdade”! Pode ser retomada na Liturgia e repetida nos cumprimentos entre as pessoas e, mais ainda, pode ser roteiro de vida! É o nosso modo de desejar uma Santa Páscoa a todos, augurando vida nova e testemunho vivo do Ressuscitado, com todas as consequências para a vida pessoal e para a sociedade.
Celebrar a Páscoa é penetrar no mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nestes dias de Semana Santa salta à vista Seu modo tão divino e humano de viver a entrega definitiva. “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1). É a entrega livre daquele de quem ninguém tira a vida, mas se faz dom de salvação.
Jesus Cristo, que é verdadeiro Deus, oferece o testemunho de inigualável maturidade, na qual se encontra a referência para todos os seres humanos. “Os guardas voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam: Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7, 45-46). Encontrá-Lo é descobrir o caminho da realização pessoal. Mas seria pouco considerá-Lo apenas exemplo a ser seguido. “De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). O homem verdadeiro é Senhor e Salvador. N'Ele estão nossas esperanças e a certeza da ressurreição. Mais do que Mestre ou sábio de renome, n'Ele está a salvação.
Seus apóstolos e discípulos, antes temerosos diante das perseguições, tendo recebido o Espírito Santo, sopro divino do Ressuscitado sobre a comunidade dos fiéis, tornaram-se ardorosos anunciadores de Sua ressurreição e de Seu nome. Basta hoje o anúncio de Cristo: “Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes. “Quando ouviram isso, ficaram com o coração compungido e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: Irmãos, que devemos fazer? Pedro respondeu: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2, 36-39).
Cristo morreu, Cristo ressuscitou, Cristo há de voltar! O que parece simplório é suficiente, pois daí nascem todas as consequências: vida nova, alegria perene, capacidade para se levantar das próprias crises e pecados, amor ao próximo, vida de comunidade, testemunho corajoso da verdade, vida nova na família cristã, compromisso social, serviço da caridade! Tudo isso? Sim, na Páscoa de Jesus Cristo está o centro da fé cristã e a fonte de vitalidade, da qual gerações e gerações de cristãos beberam como de uma fonte verdadeiramente inesgotável.
Celebrar a Páscoa é ir além da recordação dos fatos históricos, para chegar ao encontro com Cristo vivo. Nós cristãos O reconhecemos hoje presente, fazendo arder os corações, vamos ao Seu encontro nos irmãos, especialmente na partilha com os mais pobres, acolhemos Sua palavra viva, lida da Sagrada Escritura e proclamada na liturgia, sabemos que Ele permanece conosco se nos amamos uns aos outros e está vivo na Igreja, quando se expressam os sucessores dos Apóstolos e O buscamos na maior exuberância de Sua presença, que é a Eucaristia. Este é nosso documento de identidade!
Com o necessário respeito à liberdade de todas as pessoas, queremos hoje dizer a todos os homens e mulheres, em todas as condições em que se encontram, que as portas estão abertas, mais ainda: escancaradas. Se quiserem, aqui está o convite para a maior de todas as comemorações: “Celebremos a festa, não com o velho fermento nem com o fermento da maldade ou da iniquidade, mas com os pães ázimos da sinceridade e da verdade!” (I Cor 5, 8). É Páscoa do Senhor! Feliz, verdadeira e santa Páscoa da Ressurreição!
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.
FONTE: Canção Nova
sábado, 23 de abril de 2011
ACAMPAMENTO DA SEMANA SANTA NA CANÇÃO NOVA
CRISTÃO, TENHA UM CORAÇÃO IGUAL AO DE CRISTO
Estamos iniciando o Tríduo Pascal. E quero começar meditando nos grandes acontecimentos desta Quinta-feira Santa.
São João Evangelista narrou, em cinco capítulos (dos caps. 13 a 17), tudo aquilo que Jesus disse aos seus discípulos na Quinta-feira Santa, durante aquela ceia memorável.
Pelo menos três grandes coisas, Jesus fez durante a Última Ceia. Primeiro, Ele nos deixou o seu grande mandamento: o mandamento do amor. Depois, Ele nos deixou a Sagrada Eucaristia e, por fim, instituiu o Sagrado Magistério.
“Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. (Jo 13,34-35)
O cristão é aquele que ama. O amor é a identidade da nossa fé. Tertuliano, um grande escritor, afirmava que os pagãos ao verem os cristãos, convertiam-se diante do testemunho deles e diziam: “Vede como eles [os cristãos] se amam!”.
O maior império que a humanidade conheceu, o Império Romano, converteu-se ao Cristianismo graças ao testemunho de amor dos primeiros cristãos, que não tinham medo diante do martírio.
Meus irmãos, a coisa mais importante deste mundo é o amor. O mundo pode ser salvo pela vitória do amor. Mas o que é o amor? Hoje em dia temos visto uma verdadeira “caricatura” do amor. Os noivos estão levando para dentro do casamento um amor falso e, por isso, os casamentos já não duram tanto! É preciso aprender com Jesus o verdadeiro sentido do amor.
Jesus é o verdadeiro modelo do amor. Não é a novela, não são os filmes, que servem de modelos de amor para nós. Amar é dar a vida pelo outro. E isto não é um “ato romântico”. Não é um simples “I love you”. Não! Amor é decisão! E o mundo está tão mal porque vive um amor falso. O que é falso não dura, meus irmãos.
“Gostar” é diferente de amar. Uma pessoa que gosta de cigarro, o que faz? Ela põe fogo nele! Assim é o gostar: gostamos não do outro, mas de nós mesmos! Isto é egoísmo. E não será assim que também temos nos relacionado com as outras pessoas? Sendo egoístas? Querendo apenas “extrair” delas o nosso próprio prazer?
Cuidado, meu irmão, com este amor “romântico”. Com este amor sexualizado ensinado pelas novelas. Levamos este amor para dentro do casamento e acabamos usando o outro como se fosse um “copo descartável”. Mas a pessoa humana não é descartável. Ela é criatura de Deus! Filho, filha amada pelo Pai!
"A Eucaristia é remédio e sustento para nossas vidas", ensina Professor Felipe
Foto: Maria Andreia / CN
Você está disposto a dar a sua vida pelo seu marido, pela sua esposa, pelos seus filhos? Se você responder que “sim”, você será feliz, pois traz dentro de si o amor de Deus. Não se esqueça: Deus é amor!
A segunda lição desta noite santa da Última Ceia é a da Sagrada Eucaristia. Na noite em que Jesus foi traído, Ele pagou o mal com o bem. Jesus quis dar sua vida a nós também através da Santa Eucaristia.
Ele se encontra presente em todos os Sacrários da Igreja. Talvez, para você falar com o prefeito da sua cidade, você tenha que marcar hora. Mas com Jesus é diferente: Ele sempre está à nossa disposição no Sacrário, esperando por nós. É muito fácil encontrar-se com o Senhor! Basta entrar numa Igreja e colocar-se diante d'Ele na Eucaristia. É muito fácil receber o Senhor. Basta participar da Santa Missa.
A Eucaristia é remédio e sustento para nossas vidas. Portanto, não podemos receber o Senhor de qualquer maneira. Quando comungamos, não recebemos simplesmente um “pedacinho de pão”. Mas recebemos o Corpo de Cristo. Ninguém é digno de receber o Senhor. Mas é preciso ter as disposições necessárias para recebê-lo.
Deus habita em todo lugar. Exceto onde habita o pecado. Ele é o 'Todo Santo'. E, por isso, precisamos renunciar ao pecado para que o nosso coração seja um lugar acolhedor para Nosso Senhor.
Jesus também, nesta noite santa, instituiu o Sacerdócio. Ele enviou os seus discípulos para agir em Seu Nome. O sacerdote é um enviado de Cristo. Não podemos morrer em nossos pecados. O Senhor nos oferece o Sacramento da Penitência através dos sacerdotes. E ninguém poderá afirmar que “morreu no próprio pecado” porque não teve a chance de se arrepender. O Senhor dirá a nós que, durante toda nossa vida, Ele nos apresentou inúmeros sacerdotes, nos deu muitas chances para o arrependimento. Mas, infelizmente, nós desprezamos o dom de Deus. O perdão que Ele nos oferece através do Sacramento da Confissão, foi sendo ignorado todas as vezes em que não procuramos um sacerdote. Isto é muito sério, meus irmãos! Não podemos “brincar” com as coisas sagradas!
Jesus sabia de tudo o que Ele iria padecer. Ele sabia de Sua flagelação, de Sua coroação de espinhos. Ele sabia que iria ficar pregado numa Cruz durante três horas. Jesus estremeceu. Sentiu medo. Mas fez a vontade do Pai. Ele não fugiu da Cruz. É preciso pedir a Deus, a exemplo de Jesus, a coragem para fazer a vontade do Pai, pois ela é a melhor coisa que pode acontecer para nós. Não fuja da vontade de Deus! Mesmo que esta cruz esteja pesada, aceite carregá-la por amor.
Eu te pergunto: se a vida de seu filho não tem preço, quanto que vale então a vida do Filho de Deus? Meus irmãos, nós não temos comungado direito. E eu provo isto. Quando recebemos uma visita em nossa casa, a gente acolhe bem, faz cafezinho, dá aquele biscoitinho para a visita, faz ela sentar-se no sofá, conversamos com ela, damos atenção e assim por diante.
Mas, e com Jesus? Ele visita a casa do nosso coração e, assim que comungamos, deixamos Jesus “falando sozinho”. Saímos correndo da Igreja. Ou então nem fazemos com calma a Ação de Graças. Logo depois da Sagrada Comunhão vem um cântico barulhento, ou aquele monte de avisos, ou então a gente mal acaba de sair após a Santa Missa e já fica falando mal da vida alheia. E tudo isto com Jesus dentro do próprio coração!
Precisamos aprender a acolher a Sagrada Eucaristia dentro de nós com alegria e dedicação, meus irmãos.
Gente, nós precisamos agradecer muito a Jesus pelos nossos sacerdotes. Sem eles, não teríamos a Santa Eucaristia e a Sagrada Confissão. Antigamente, tínhamos o hábito de beijar a mão do sacerdote. Hoje em dia, para aqueles padres que deixam, eu ainda beijo a mão.
Pregação com Professor Felipe durante o Acampamento de Semana Santa
Foto: Maria Andreia / CN
Certa vez, quando era criança, cheguei em casa irritado com um padre que havia me corrigido na escola e, quando fui reclamar com minha mãe, ela me disse: “Pode parar! Você precisa respeitar a batina dele”. Antigamente, nós aprendíamos a respeitar o sacerdote. Pois o sacerdote é um “outro Cristo”. Existe a Unção de Deus sobre o sacerdote. Não podemos nos esquecer disso.
Precisamos rezar pelos nossos sacerdotes para que o celibato não seja um peso para eles. O sacerdote precisa viver 24 horas por dia para Deus!
Meus amados sacerdotes, eu os amo e admiro. E peço que vocês estejam atentos para não cair em pecado! Tenho certeza de que aquelas pessoas - que são a favor do fim do celibato para os padres – é porque não entenderam o real significado do sacerdócio.
Pregação com Professor Felipe durante o Acampamento de Semana Santa
Foto: Maria Andreia / CN
Transcrição e adaptação: Alexandre de Oliveira
FONTE: Canção Nova
FORMAÇÕES
SÁBADO SANTO
A descida do Senhor à mansão dos mortos
Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: "E com teu espírito". E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará".
Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti por aqueles que nascerem de ti, agora digo, que com todo o meu poder, ordeno aos que estava na prisão: 'Sai!'; e aos que jaziam na trevas. 'Vinde para a luz!'; E aos entorpecidos: 'Levantai-vos!'
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu Filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci a terra e foi até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixastes o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus, e num jardim crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.
Vê minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à arvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendes suas mãos para a árvore do paraíso.
Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.
Levante-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso, mas no trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constitui anjos que, como servos, te guardassem, ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.
Está preparado o trono dos querubins prontos e a postos os mensageiros, construídos o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos, adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o Reino dos Céus preparado para ti desde toda a eternidade".
De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo (Retirado da Liturgia da Horas)
FONTE: Canção Nova
sexta-feira, 22 de abril de 2011
FORMAÇÕES
O BARULHO DAS PALAVRAS
Escutar significa receber alguém dentro de nós
Dizem que quando Deus quer falar, não precisa do barulho das palavras, fala nos acontecimentos, no silêncio da natureza, fala como quer e do jeito que quer. Mas será que quando o Todo-poderoso quer falar estamos dispostos a ouvi-Lo? Eis a questão. Parece que, nos dias atuais, nossos ouvidos estão sempre ocupados. Escolhemos o que queremos ouvir, colocamos o fone e esquecemos o mundo à nossa volta. Como o Senhor costuma falar de um jeito sempre novo, fica difícil conseguirmos identificar Sua voz. Talvez nem paremos para pensar sobre isso, mas o fato é que a vida segue um ritmo tão acelerado que já não temos tempo para ouvir: nem uns aos outros nem a Deus.
Escutar é uma bela arte, saber falar também... Acredito que, se estamos buscando um crescimento espiritual, precisamos dar passos neste sentido, porque só conseguimos ouvir a voz de Deus se nossos ouvidos estiverem treinados em ouvir as pessoas. Você sabe o que se passa com a pessoa que está ao seu lado, seja no trabalho, em casa ou na escola? Costuma perguntar como foi o dia daqueles que convivem com você? É fácil perceber que há pouco interesse em ouvir o outro, talvez porque para fazê-lo é preciso esvaziar-se de si mesmo, e este é um desafio que, apesar de construtivo, nem sempre é apreciado.
Hoje dizer “faça silêncio”, talvez não seja a solução se quisermos crescer como pessoa, pois existem vários tipos de silêncio e nem todos são produtivos. Há silêncios, por exemplo, que são tidos como sábios. Outros, como necessários e outros ainda como indiferença. Portanto, antes de “resolver silênciar, precisamos ter a motivação certa. Já que, muitas vezes, a maior caridade não é simplesmente calar, mas sim ouvir e acolher a quem precisa falar.
É assustador, mas real, há muitas pessoas morrendo porque não conseguem ninguém que as escute. Ocupados com aquilo que escolhemos ouvir, vamos nos deixando embalar pela música que nos toca e não pelas situações que nos cercam.
Outro dia fiquei admirada com o que presenciei. Estava em um consultório médico e chegaram dois jovens, um rapaz e uma moça, não sei se eram irmãos ou amigos, não creio que seriam um casal, apesar de terem chegado juntos. Já sentados, trocaram algumas palavras e, em alguns minutos, cada um colocou o fone nos ouvidos e o silêncio reinou. Passei um bom tempo ainda no lugar e não os ouvi trocar uma palavra sequer. Coisa estranha, não é? Por que será que o som que sai do fone é mais interessante do que a vida de quem está ao nosso lado? Por que será que os meios que vêm para comunicar acabam nos roubando a comunicação? Penso que é hora de darmos mais atenção à forma como temos lidado com essa realidade e valorizarmos mais o diálogo.
Tanto as palavras como o silêncio têm sua força, negativa ou positiva; é grande sabedoria saber usá-los, mas é preciso usá-los. As palavras fazem parte da nossa essência, comunicar é preciso! Com palavras nos aproximamos ou nos afastamos do outro, apaziguamos ou ferimos. Damos ou tiramos a vida. Marcamos nossas escolhas com palavras e falar com a vida, com paixão, com os olhos, com os gestos, com a alma e com amor é transmitir esperança a quem nos ouve. Porém, na hora de escutar as pessoas, o barulho das palavras não ajuda nada. E aí entra o importante papel do silêncio.
Escutar significa receber alguém dentro de nós, em nosso coração e isso quase sempre se dá no silêncio. Por isso, é preciso ouvir a pessoa ! Não o que dizem da pessoa ou o que imaginamos a seu respeito, mas escutar a própria pessoa. Dar tempo para a pessoa falar. Parar o que estamos fazendo e olhar para a pessoa com a atenção que ela merece. É mais do que simplesmente ouvir palavras, é acolher a pessoa do jeito que ela está, com suas dores ou alegrias. É exigente, mas benéfico, pois quando escuto o outro, aprendo com ele, cresço com suas experiências e evito muitos erros.
Já observou que nossos problemas, muitas vezes, tomam proporções maiores do que as reais, justamente porque não escutamos as pessoas? Fiquemos atentos e procuremos dar mais atenção àqueles que nos cercam. Silenciar, sim, o silêncio tem um valor incalculável, mas que nosso silêncio não seja de indiferença e sim de acolhimento.
Penso que saber ouvir e saber falar é antes uma questão de respeito e amor à própria vida. Praticar essa arte é um dom.
Se enquanto você estiver lendo este texto, perceber que o barulho das palavras o tem impedido de ser melhor, tenha a coragem de recomeçar, silenciando. Por outro lado, se perceber que seu silêncio não tem produzido vida, saia dele o quanto antes e vá ao encontro do outro, levando uma palavra de esperança. Em todo caso, viva bem o hoje; apaixone-se pela vida. Partilhe suas lutas e conquistas. Faça pausas para escutar os outros e, pela força da comunicação, dê mais qualidade aos seus dias e seja feliz.
Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com
FONTE: Canção Nova
Dijanira Silva Apresentadora da Rádio CN FM 103.7 em Fátima Portugal
O DIA DA COMUNIDADE
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO NA HISTÓRIA E NA VIDA DO CRISTÃO
Ainda carrego comigo as lembranças de como vivíamos em nossa família o período da semana santa, mais precisamente a sexta-feira da Paixão. Lembro-me de quando não se podia fazer nada neste dia; nem varrer a casa. Não se ouvia rádio ligado; nem televisão (também não tínhamos nenhum dos dois); não podíamos conversar com um tom alto de voz, e gritar seria o máximo de desrespeito, para não dizer, pecado! O comércio não abria suas portas, nem farmácia se atrevia abrir. As ruas eram quase que desertas. O retiro em casa era a realidade em cada família. O sentido maior para a nossa família, em termos de celebração, era a procissão e a encenação da Paixão de Cristo.
Meus pais, apesar deste zelo, não tinham uma caminhada religiosa, pois as suas dificuldades inerentes à fé cristã católica eram também vividas com as mesmas dificuldades de quem não teve uma experiência com Jesus vivo no meio de nós; e o fato de irmos participar das cerimônias da Paixão de Cristo seria apenas uma tradição, um costume, pois não era comum irmos à Igreja em outra ocasião que não fosse a Semana Santa, ou algum casamento.
Portanto, a Semana Santa para mim era tudo que a Igreja oferecia para conhecermos o tal Jesus; mas o via somente em encenação, sofrendo e morrendo teatralmente. Fui crescendo com a certeza de que existia um Deus, mas não tinha idéia de quem era o Jesus que foi morto na cruz; sabia também, que Ele era o filho deste Deus.
Hoje, posso compreender as dificuldades da criança vivendo a sua condição de Cristão Católico, crescendo como ser humano e fazendo a sua caminhada cristã sem uma boa referência de família. Podemos perceber em nossos dias, ainda mais com a secularização em evidência, que Jesus ainda é um Ser desconhecido em sua verdade, no Plano da Salvação.
Cianças vão ficando adultas sem ter uma profunda intimidade com Jesus. Vão ficando adultas, mas continuando com uma fé de criança, achando que Jesus é somente aquele homem que morreu pregado na cruz. Foi assim o meu conhecimento de Jesus até pouco mais de 12 anos atrás.
A Igreja anuncia e revela Jesus Cristo vivo para todos nós. No entanto, as famílias não vivem essa realidade para dar às crianças a oportunidade de conhecerem Jesus, Aquele que fala docemente: "Deixai as crianças virem a Mim e não as impeçais, pois a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus" (Lc 18, 16)
Deus seja louvado e adorado em todos os momentos da nossa vida!
Carlos - Pedras Vivas
FORMAÇÃO
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR
Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito
Igreja, com a meditação da Paixão de seu Senhor e Esposo e com a Adoração da Cruz, comemora a sua origem, nascida do lado de Cristo crucificado, e intercede pelo mundo. Na celebração da tarde de Sexta-feira Santa, recebemos em comunhão o Corpo do Senhor. “Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”.
Is 52,13-53,12
Sl 30 (31),2.6.12-13.15-16.17.25 (R/. Lc
23,46)
Hb 4,14-16; 5,7-9
Jo 18,1-19,42
Roteiro diário
Oração: Reze esta oração, composta pelo Papa Paulo VI. Pouco a pouco, você saberá repeti-la com calma e ser acompanhado por ela muitas vezes durante o ano.
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai. Amém.
Leitura orante da Palavra de Deus: Leia o texto indicado para cada dia, escolhendo o Evangelho do dia ou uma das leituras indicadas pela Igreja.
Gestos penitenciais: Três práticas acompanham nossa Quaresma: a oração, a penitência ou jejum e a caridade. Acolha nossas propostas e exercite a criatividade, descobrindo e atualizando estas práticas em sua vida diária.
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.
FONTE: Canção Nova
FORMAÇÃO
PORQUE JESUS MORREU NA CRUZ?
O drama de um Deus crucificado por amor ao homem
Jamais o mundo viu ou verá um acontecimento como este: o Filho de Deus humanado é crucificado e agoniza durante três horas numa cruz. Três longas horas de dores indizíveis, sofrimentos inenarráveis na pior forma de suplício que o Império Romano impunha a seus opositores, bandidos, malfeitores... Foi o drama de um Deus crucificado por amor ao homem, criatura moldada à Sua "imagem e semelhança" (cf. Gen. 1,26).
Um mistério insondável de amor e de dor que projeta luz sobre o quanto cada um de nós é importante para Deus. Cristo não mediu esforços para resgatar cada um de nós para Deus... foi até as últimas consequências. São João expressou isso como ninguém: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 15,1).
A dívida dos pecados dos homens, sendo, de certo modo infinita, exigia um sofrimento redentor também infinito para reparar a ofensa contra a majestade infinita de Deus. Então, o sofrimento de Deus feito homem, infinito, triunfou do pecado. O resgate de cada um de nós foi pago. Pelo sofrimento de Jesus, Homem e Deus, a humanidade honrou a Deus incomparavelmente mais do que O ofendera e poderá ainda ofender. O homem, resgatado agora pelo Filho do Homem, pode voltar para os braços de Deus. A justiça foi satisfeita.
Podemos perguntar: mas por que foi necessário que um Deus morresse na Cruz para nos salvar? São Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja, nas suas homilias de Natal, lança luzes sobre o mistério da nossa Redenção:
“Mas, o fato, caríssimos, de Cristo ter escolhido nascer de uma Virgem não parece ditado por uma razão muito profunda? Isto é, que o diabo ignorasse que a salvação tinha nascido para o gênero humano, e, escapando-lhe que a concepção era devida ao Espírito, acreditasse que não tinha nascido diferente dos outros aquele que ele não via diferente dos outros.
Com efeito, aquele no qual ele constatou uma natureza idêntica à de todos tinha, pensava ele, uma origem semelhante à de todos; ele não compreendeu que estava livre dos laços do pecado aquele que ele não viu isento das fraquezas da mortalidade. Porque Deus, que, em sua justiça e em sua misericórdia, dispunha de muitos meios para elevar o gênero humano, preferiu escolher para isso a via que lhe permitisse destruir a obra do diabo, apelando não a uma intervenção de poder, mas a uma razão de equidade.
Porque, não sem fundamento, o antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava direitos de tirano sobre todos os homens e, não sem razão, oprimia sob seu domínio aqueles que ele tinha prendido ao serviço de sua vontade, depois que eles, por si mesmos, tinham desobedecido ao mandamento de Deus. Por isso não era de acordo com as regras da justiça que ele cessasse de ter o gênero humano como escravo, como o tinha desde a origem, a não ser que fosse vencido por meio do que ele mesmo tinha reduzido à escravidão.
Para esse fim, Cristo foi concebido de uma Virgem, sem intervenção de homem... Ele [o demônio] não pensou que o nascimento de uma criança gerada para a salvação do gênero humano não lhe estava sujeito como o estava o de todos os recém-nascidos. Com efeito, ele o viu vagindo e chorando, viu-o envolto em panos, submetido à circuncisão e resgatado pela oferenda do sacrifício legal. Mais tarde, reconheceu os progressos normais da infância, e até na idade adulta nenhuma dúvida lhe aflorou sobre o desenvolvimento conforme a natureza.
Durante este tempo ele lhe infligiu ultrajes, multiplicou injúrias, usou de maledicências, calúnias, blasfêmias, insultos, enfim, derramou sobre ele toda a violência do seu furor e o pôs à prova de todos os modos possíveis; sabendo com qual veneno tinha infectado a natureza humana, ele jamais pôde crer que fosse isento da falta inicial aquele que, por tantos indícios, ele reconhecia por um mortal.
Ladrão atrevido e credor avaro, ele se obstinou em levantar-se contra aquele que não lhe devia nada, mas exigindo para todos a execução de um julgamento geral pronunciado contra uma origem manchada pela falta, ultrapassou os termos da sentença sobre a qual se apoiava, porque reclamou o castigo da injustiça contra aquele no qual não encontrou falta. Tornando-se, por isso, caducos os termos malignamente inspirados na convenção mortal, e, por causa de uma petição injusta, que ultrapassava os limites, a dívida toda foi reduzida a nada. O forte é atado com os seus próprios laços, e todo o estratagema do inimigo cai sobre a sua cabeça. Uma vez amarrado o príncipe deste mundo, o objeto de suas capturas lhe foi arrancado. Nossa natureza, lavada de suas antigas manchas, recupera sua dignidade, a morte é destruída pela morte, o nascimento é renovado pelo nascimento, porque, ao mesmo tempo, o resgate suprime nossa escravidão, a regeneração muda nossa origem e a fé justifica o pecador” (Sermão XXII , segundo Sermão do Natal).
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
FONTE: Canção Nova
quinta-feira, 21 de abril de 2011
ATUALIDADES
VIVER A PAZ NO MUNDO DA VIOLÊCIA
Sai Deus, entra o homem
"E Deus viu que tudo era bom." (Gn 1, 10)
Assim começa a história da criação: Deus fez a terra, o céu, o mar, as águas, os animais, a Luz e todo o firmamento, e viu que tudo era bom. Depois que percebeu a beleza da sua criação, formou o homem do barro, soprou em suas narinas e o amou, pois tudo o que havia criado pensou exatamente no homem, o ser mais belo de toda a Sua criação.
Fez o homem à Sua imagem e semelhança para não haver diferença em Sí mesmo e aquela criatura que Ele teria como a Sua própria vida. Sim, Deus não pensou em nada sem nós! Só nós podemos ver e sentir o nosso criador, ao acontrário de todas as outras criaturas. Isso é muito bom!
No entanto, perdemos esta intimidade com o nosso criador, que resultou na perda da nossa consciência natural. Continuamos sendo amados da mesma forma, mas não fazemos nenhuma ligação com Ele e com a nossa humanidade ferida pelo pecado.
Perdemos a nossa identidade de filhos de Deus. Somos guiados pelos nossos instintos e agimos conforme a nossa índole pessoal. Que pena!
Hoje o mundo não conhece Deus através da nossa vida, do nosso rosto, das nossas ações. Vivemos para nós e para todos somente aquilo que somos. Não somos capazes de mostrar o rosto de Deus, apesar de sermos a Sua imagem e semelhança. O mundo convive com o que há pior naquilo que foi transformado o homem: na morte.
O pecado transformou a natureza do homem em civilização do desamor. Somos capazes de matar e destruir tudo e a todos com uma facilidade natural, como se fizesse parte da nossa natureza humana. Não! Deus não criou o homem para viver de forma tão desordenada.
Se a natureza vive com tanta exuberância a sua forma natural, cabe ao homem combinar a sua natureza com esta naturalidade. Precisamos voltar à nossa condição de homem novo, tal e qual fomos sonhados e desejados por Deus; afinal, demos certo! Somos seres perfeitos como Deus assim nos tornou. Não podemos nos conformar com este homem sem noção das coisas que nos tornamos.
Nos tornamos presa fácil para o nosso inimigo, que faz de nós o que quer. Perdemos a consciência do natural e banalizamos as coisas mais belas da nossa vida: bem como a família, os amigos, a comunidade, a pureza do nosso coração e acima de tudo isso, o Amor.
Como exigir a paz num mundo onde o Amor, que é o próprio Deus, foi banalizado. Deus deixou de existir para o mundo, pois o homem substituiu Deus por sí mesmo. O homem não é capaz de ouvir mais a voz de Deus, este que não deixa de falar com Seu povo.
Estamos vivendo mais um tempo da Paixão do Senhor, onde a Igreja atualiza os acontecimentos históricos da salvação. É um tempo favorável para nós cristãos refletirmos naquilo que este tempo propõe. Refletir com que Amor Deus nos ama, a ponto de não poupar a vida do Seu próprio filho, que se tornou um de nós para fazer morrer Nele toda a miséria do seu povo.
Procuremos viver esses dias com um novo olhar, abrindo o nosso coração para Deus como nunca abrimos antes. Olhando para o rosto chagado de Cristo, buscando naquele sofrimento, a Luz da esperança que se renova em sua promessa de ressurreição. Olhando para a fidelidade de Maria que abriu mão do seu direito de mãe, e tudo fez para cumprir a vontade do Pai; e em nenhum momento se apegou ao filho apenas como sendo seu, mas sofrendo com Ele confiando em Suas Palavras.
Deus viu que tudo era muito bom! Portanto, olhemos com os olhos de Deus para tudo ao nosso redor, pois Deus não criou tudo isso apenas para Ele ver que tudo é muito bom!
Abraços com a ternura de Cristo!
Carlos - Comunidade Pedras Vivas
domingo, 17 de abril de 2011
LITURGIA DO DIA
H O M I L I A
HOSANA AO FILHO DE DAVI
Postado por: homilia
abril 17th, 2011
Desde o princípio da Quaresma vimos a preparar-nos com obras de penitência e de caridade. Neste dia, a Igreja recorda a entrada de Cristo, o Senhor, em Jerusalém, para consumar o Seu mistério pascal. Por isso, em todas as Missas se comemora esta entrada do Senhor na cidade santa: ou com a procissão, ou com a entrada solene antes da Missa principal, ou com a entrada simples antes das outras Missas.
Foi para realizar este mistério da Sua morte e ressurreição que Jesus Cristo entrou na
cidade de Jerusalém. Por isso, recordando com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa, acompanharemos o Senhor, de modo que, participando agora na Sua cruz, mereçamos um dia ter parte na Sua ressurreição.
A leitura atenta da Paixão suscita uma inevitável pergunta: quem foram os responsáveis pela morte de Jesus? Os judeus ou os romanos? Na morte de Jesus misturaram-se motivos políticos e religiosos, embora a responsabilidade mais direita caia, de acordo com a narração evangélica, sobre as autoridades judaicas daquele tempo, e não sobre todo o povo da época.
Porém, a leitura crente do Evangelho, descobre outros responsáveis pela morte de Cristo: somos todos nós. Ele mesmo foi abatido pelas nossas iniquidades (Is 53,3). Cada um de nós pode ouvir, dirigidas a si, as palavras que o profeta Natã dirigiu a Davi quando este lhe perguntou quem foi o malvado que matou a única ovelha do pobrezinho. Ele responde: “Esse homem és tu!” (2 Reis 12,7). Sim, foste tu, fui eu e fomos todos, cada um dos homens. Não estão sós Judas que O atraiçoou, Pedro que O negou, Pilatos que lava as mãos, a multidão que repete: “Crucifica-o!”, os soldados que repartem em si as vestes do condenado, os ladrões criminosos… Estamos todos nós!
Mas não podemos ficar aqui. Sabemos não só que Jesus morreu verdadeiramente e foi sepultado. Sabemos também que ressuscitou ao terceiro dia e subiu para a direita do Pai. Morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa Salvação.
Desde hoje temos de olhar já para o Domingo de Páscoa. Mas para que este olhar não seja um sentimento vazio, precisamos tomá-lo verdadeiramente a sério, ou seja, morrer pelo arrependimento e a confissão dos nossos pecados – sobretudo dos pecados mortais, – e assim ressuscitar para a vida da Graça.
“Bendito o que vem em nome do Senhor!” A liturgia do Domingo de Ramos é como que um pórtico de ingresso solene na Semana Santa, associando dois momentos entre si contrastantes: o acolhimento de Jesus em Jerusalém e o drama da Paixão; o «Hosana!» de festa e o grito repetido várias vezes: «Crucifica-O!»; a entrada triunfal e a derrota aparente da morte na Cruz. Assim, antecipa o «momento» em que o Messias deverá sofrer muito, será morto e ressuscitará no terceiro dia (cf. Mt 16, 21), e prepara-nos para viver em plenitude o mistério pascal.
Portanto, «Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti» (Zc 9,9). A cidade em que vive a memória de Davi rejubila ao receber Jesus; a cidade dos profetas, muitos dos quais nela sofreram o martírio por causa da Verdade; a cidade da paz, que ao longo dos séculos conheceu a violência, a guerra e a deportação.
De certa forma, Jerusalém pode ser considerada a cidade-símbolo da humanidade. E hoje estamos em festa, porque Jesus, o Rei da Paz, entra em Jerusalém.
“Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus!”, ouvimos de novo a clara profissão de fé, pronunciada pelo centurião, que «O viu expirar daquela maneira» . Daquilo que viu, surge o testemunho surpreendente do soldado romano, o primeiro que proclamou que aquele homem crucificado «era o Filho de Deus».
Senhor Jesus, também nós vimos como sofrestes e como morrestes por nós. Fiel até ao extremo, tu nos libertaste da morte com a tua morte. Senhor Jesus, como o oficial romano, confesso a tua condição de Filho de Deus crucificado. Que eu compreenda o verdadeiro sentido de tua Paixão e possa professar: VERDADEIRAMENTE ESTE HOMEM ERA FILHO DE DEUS! Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel. Hosana nas alturas.
Padre Bantu Mendonça
FONTE: Canção Nova
HOSANA AO FILHO DE DAVI
Postado por: homilia
abril 17th, 2011
Desde o princípio da Quaresma vimos a preparar-nos com obras de penitência e de caridade. Neste dia, a Igreja recorda a entrada de Cristo, o Senhor, em Jerusalém, para consumar o Seu mistério pascal. Por isso, em todas as Missas se comemora esta entrada do Senhor na cidade santa: ou com a procissão, ou com a entrada solene antes da Missa principal, ou com a entrada simples antes das outras Missas.
Foi para realizar este mistério da Sua morte e ressurreição que Jesus Cristo entrou na
cidade de Jerusalém. Por isso, recordando com fé e devoção esta entrada triunfal na cidade santa, acompanharemos o Senhor, de modo que, participando agora na Sua cruz, mereçamos um dia ter parte na Sua ressurreição.
A leitura atenta da Paixão suscita uma inevitável pergunta: quem foram os responsáveis pela morte de Jesus? Os judeus ou os romanos? Na morte de Jesus misturaram-se motivos políticos e religiosos, embora a responsabilidade mais direita caia, de acordo com a narração evangélica, sobre as autoridades judaicas daquele tempo, e não sobre todo o povo da época.
Porém, a leitura crente do Evangelho, descobre outros responsáveis pela morte de Cristo: somos todos nós. Ele mesmo foi abatido pelas nossas iniquidades (Is 53,3). Cada um de nós pode ouvir, dirigidas a si, as palavras que o profeta Natã dirigiu a Davi quando este lhe perguntou quem foi o malvado que matou a única ovelha do pobrezinho. Ele responde: “Esse homem és tu!” (2 Reis 12,7). Sim, foste tu, fui eu e fomos todos, cada um dos homens. Não estão sós Judas que O atraiçoou, Pedro que O negou, Pilatos que lava as mãos, a multidão que repete: “Crucifica-o!”, os soldados que repartem em si as vestes do condenado, os ladrões criminosos… Estamos todos nós!
Mas não podemos ficar aqui. Sabemos não só que Jesus morreu verdadeiramente e foi sepultado. Sabemos também que ressuscitou ao terceiro dia e subiu para a direita do Pai. Morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa Salvação.
Desde hoje temos de olhar já para o Domingo de Páscoa. Mas para que este olhar não seja um sentimento vazio, precisamos tomá-lo verdadeiramente a sério, ou seja, morrer pelo arrependimento e a confissão dos nossos pecados – sobretudo dos pecados mortais, – e assim ressuscitar para a vida da Graça.
“Bendito o que vem em nome do Senhor!” A liturgia do Domingo de Ramos é como que um pórtico de ingresso solene na Semana Santa, associando dois momentos entre si contrastantes: o acolhimento de Jesus em Jerusalém e o drama da Paixão; o «Hosana!» de festa e o grito repetido várias vezes: «Crucifica-O!»; a entrada triunfal e a derrota aparente da morte na Cruz. Assim, antecipa o «momento» em que o Messias deverá sofrer muito, será morto e ressuscitará no terceiro dia (cf. Mt 16, 21), e prepara-nos para viver em plenitude o mistério pascal.
Portanto, «Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti» (Zc 9,9). A cidade em que vive a memória de Davi rejubila ao receber Jesus; a cidade dos profetas, muitos dos quais nela sofreram o martírio por causa da Verdade; a cidade da paz, que ao longo dos séculos conheceu a violência, a guerra e a deportação.
De certa forma, Jerusalém pode ser considerada a cidade-símbolo da humanidade. E hoje estamos em festa, porque Jesus, o Rei da Paz, entra em Jerusalém.
“Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus!”, ouvimos de novo a clara profissão de fé, pronunciada pelo centurião, que «O viu expirar daquela maneira» . Daquilo que viu, surge o testemunho surpreendente do soldado romano, o primeiro que proclamou que aquele homem crucificado «era o Filho de Deus».
Senhor Jesus, também nós vimos como sofrestes e como morrestes por nós. Fiel até ao extremo, tu nos libertaste da morte com a tua morte. Senhor Jesus, como o oficial romano, confesso a tua condição de Filho de Deus crucificado. Que eu compreenda o verdadeiro sentido de tua Paixão e possa professar: VERDADEIRAMENTE ESTE HOMEM ERA FILHO DE DEUS! Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel. Hosana nas alturas.
Padre Bantu Mendonça
FONTE: Canção Nova
sábado, 16 de abril de 2011
HOME/BENTO XVI
PAPA ESPERA QUE A JMJ 2011 PRODUZA "ABUNDANTES FRUTOS ESPIRITUAIS"
Leonardo Meira
Da Redação, com informações do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé (tradução de CN Notícias)
O Papa espera que a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) produza abundantes frutos espirituais para a juventude e para toda a Espanha. O evento acontece entre os dias 16 e 21 de agosto na capital Madri.
Ao final do discurso dirigido à nova embaixadora da Espanha junto à Santa Sé, María Jesús Figa López-Palop, na manhã deste sábado, 16, Bento XVI falou que está unido aos esforços e orações dos organizadores da JMJ 2011.
Confira
"Antes de concluir, desejo fazer uma referência à minha nova visita à Espanha para participar em Madri, no próximo mês de agosto, na celebração da XXVI Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Uno-me com alegria aos esforços e orações de seus organizadores, que estão preparando esmeradamente tão importante acontecimento, com o desejo de que dê abundantes frutos espirituais para a juventude e para a Espanha. Ressalto também a disponibilidade, cooperação e ajuda generosa que tanto o Governo da Nação quanto as autoridades autonômicas e locais estão dispensando para o melhor êxito de una iniciativa que atrairá a atenção de todo o mundo e mostrará uma vez mais a grandeza de coração e de espírito dos espanhóis".
FONTE: Canção Nova
HOME/BENTO XVI
BENTO XVI: O PAPA QUE A MÍDIA SÉCULAR NÃO MOSTRA
Nicole Melhado
Da Redação
Quando lentamente foi se encaminhando a votação para escolha de um novo Papa, o então Cardeal Joseph Ratzinger pensou que a "guilhotina teria caído sobre sua cabeça" e começou até a ter "vertigens". "Estava convencido de que tinha desempenhado a obra de toda uma vida e de poder transcorrer meus últimos dias em tranquilidade", confessou Bento XVI no conclave que o elegeu.
O então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, com profunda convicção, disse a Deus: "Não me faças isso! Dispões de pessoas mais jovens e melhores, que podem enfrentar esta grande tarefa com outro impulso e vigor", conta ele.
Mesmo sendo um teólogo altamente respeitado com diversas publicações e prefeito de um dicastério da Cúria Romana - a Congregação para a Doutrina da Fé -, Joseph Ratzinger acreditava ser um instrumento insuficiente.
"Fiquei então muito comovido com uma breve carta que me escreveu um irmão do colégio cardinalício. Recordou-me que, por ocasião da Missa por João Paulo II, eu tinha centrado a homilia, partindo do Evangelho, na palavra que o Senhor disse a Pedro, junto do lago de Genesaré: 'Segue-me!'. Expliquei que Karol Wojtyla recebeu sempre de novo este chamado do Senhor e, como sempre de novo, tivera de renunciar a muito e dizer simplesmente: 'Sim, sigo-te, mesmo se me conduzes onde não quero'", conta o agora Papa Bento XVI.
O religioso escreveu a ele: "Se agora o Senhor dissesse a ti 'Segue-me', então recorda-te do que pregaste. Não te recuses! Seja obediente como descreveste o grande Papa, que voltou à casa do Pai".
"Isso admirou-me profundamente. As vias do Senhor não são confortáveis, mas nós não somos criados para o conforto, mas para as coisas grandes, para o bem. Assim, no final, não pude fazer mais do que dizer sim".
O Papa que a mídia secular descreve
Neste sábado, 16, Bento XVI completa 84 anos de vida e, mesmo depois de quase seis anos de pontificado, ele ainda é descrito pela mídia secular como um homem frio, distante e conservador. Tais descrições levaram até mesmo alguns católicos a criar um certo distanciamento em relação às suas palavras e fazer pré-julgamentos a partir de informações de mídias seculares.
"No seu livro de entrevista O Sal da Terra, o Papa Bento XVI fala dessa problemática. E ele demonstra ter consciência de que foi vítima de uma propaganda desleal. Na verdade, a mídia progressista se uniu a vários teólogos liberais, dentro da própria Igreja, com o interesse de separar a figura do Cardeal Joseph Ratzinger da figura carismática de João Paulo II. Como se o Papa fosse refém de um cruel inquisidor. Nós sabemos, porém, que esses dois homens estavam intimamente ligados e trabalhavam em profunda sintonia um com o outro. Não é possível compreender o pontificado de João Paulo II deixando de lado a figura de Joseph Ratzinger", enfatiza o Vigário Judicial da Arquidiocese de Cuiabá (MT), padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.
O sacerdote conheceu Bento XVI quando morou em Roma, de 1988 a 1992. Nesta época, o Papa era ainda o Cardeal Joseph Ratzinger. Ele lembra que como prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, sempre que Joseph Ratzinger precisava dirigir uma palavra mais fime a algum teólogo fazia sempre por amor à verdade e amor pelo povo de Deus.
"Joseph Ratzinger continua sendo o homem de Deus que sempre foi. Não houve mudança em sua personalidade. Trata-se apenas do fato que a mídia sonegou e escondeu de nós, durante muito tempo, o homem extraordinário e cativante que ele sempre foi", afirma padre Paulo Ricardo.
Bento XVI: Pastor da Igreja
O Papa Bento XVI é hoje a figura real do pastor que a Igreja Católica precisa num tempo de profundas transformações sociais, econômicas e políticas, num tempo de consolidações de diálogos inter-religiosos e construções de novos diálogos culturais, explica padre Paulo Ricardo.
"O povo não pode ser deixado como ovelha sem pastor. O povo de Deus espera uma palavra que venha de seus pastores e que indique o caminho a ser seguido. Pois a própria Escritura nos adverte: 'surgirão falsos profetas'", destaca o presbítero.
Padre Paulo Ricardo ressalta que as pessoas devem receber a mensagem do Papa com o coração aberto.
"Na introdução do seu livro Jesus de Nazaré, o Papa diz que não é possível as pessoas dialogarem e se compreenderem mutuamente sem um mínimo de benevolência. Ou seja, para que nós possamos ouvir o Papa e aquilo que ele quer nos dizer, precisamos querer bem a ele e saber que ele não é um inimigo", destaca.
O sacerdote lembra que a guerra. antes de ser um conflito de armas, é uma realidade espiritual; isto é, quando as pessoas não querem se ouvir mutuamente, estão em guerra.
"O Papa vem trazer uma mensagem de paz, mas para que nós acolhamos essa mensagem de paz é necessário que haja esta benevolência e a disposição de saber que é um homem de bem que vem nos dirigir uma palavra, e não simplesmente uma palavra dele, mas uma Palavra que vem de Deus", enfatiza.
FONTE: Canção Nova
LITURGIA DIÁRIA
Evangelho (João 11,45-56)
Sábado, 16 de Abril de 2011
5ª Semana da Quaresma
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”.
49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.
54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
FONTE: Canção Nova
H O M I L I A
CUIDADO COM OS PRÓPRIOS PENSAMENTOS
A mensagem central de hoje e de todo o Evangelho de São João é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.
Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, onde questionavam a pessoa de Cristo. Até que finalmente, os pontífices e os fariseus convocaram o conselho. E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
Decidiram matar Jesus. Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem. Curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã, e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o que mais indignou os pontífices ou sumo sacerdotes, foi Ele dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia
mas, na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então, aquele conselho foi um pré-julgamento de Jesus, onde o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquele cara forte que “arrasa” quando chega na área.
Jesus era consciente de que um efeito – ainda que não desejado – do seu trabalho, fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam “os donos da verdade”.
Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da Nova e Eterna Aliança. A Quaresma é ocasião oportuna para reforçarmos nossa decisão pela Luz, que é Cristo, e ajudarmos os que estão nas trevas a optar pela luz e abandonar a morte.
Que esta quaresma, tempo favorável da graça de Deus, nos dê as forças necessárias para renovar nossos corações, e assim possamos viver a Páscoa do Senhor, que deseja devolver-nos a alegria de viver.
Precisamos ter mais atenção para não fazer como aqueles fariseus. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E lembrar, acima de tudo, o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”
Padre Bantu Mendonça
FONTE: Canção Nova
Sábado, 16 de Abril de 2011
5ª Semana da Quaresma
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”.
49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.
54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
FONTE: Canção Nova
H O M I L I A
CUIDADO COM OS PRÓPRIOS PENSAMENTOS
A mensagem central de hoje e de todo o Evangelho de São João é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.
Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, onde questionavam a pessoa de Cristo. Até que finalmente, os pontífices e os fariseus convocaram o conselho. E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
Decidiram matar Jesus. Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem. Curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã, e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o que mais indignou os pontífices ou sumo sacerdotes, foi Ele dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia
mas, na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então, aquele conselho foi um pré-julgamento de Jesus, onde o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquele cara forte que “arrasa” quando chega na área.
Jesus era consciente de que um efeito – ainda que não desejado – do seu trabalho, fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso, inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam “os donos da verdade”.
Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da Nova e Eterna Aliança. A Quaresma é ocasião oportuna para reforçarmos nossa decisão pela Luz, que é Cristo, e ajudarmos os que estão nas trevas a optar pela luz e abandonar a morte.
Que esta quaresma, tempo favorável da graça de Deus, nos dê as forças necessárias para renovar nossos corações, e assim possamos viver a Páscoa do Senhor, que deseja devolver-nos a alegria de viver.
Precisamos ter mais atenção para não fazer como aqueles fariseus. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E lembrar, acima de tudo, o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”
Padre Bantu Mendonça
FONTE: Canção Nova
sexta-feira, 15 de abril de 2011
SORRINDO PRA VIDA
PROSPERIDADE É CAMINHAR À LUZ DA PROVIDÊNCIA
Mensagem de Alexandre de Oliveira no programa "Sorrindo pra Vida", da TV Canção Nova, nesta sexta-feira, dia 15 de abril de 2011.
A Palavra meditada hoje está em Gênesis 22, 1-19.
Nós estamos vivendo o Retiro Popular da Quaresma, que nos convida a uma peregrinação, a caminhar a passos firmes em direção à Páscoa do Senhor. Esta passagem de hoje nos mostra esse caminho de fé, no qual Abraão e seu filho, Isaac, passaram e foram provados.
Ao olhar para essa Palavra meditada, somos convidados a prestar grande tributo, a enxergar Deus que providencia tudo e tem cuidado de nós. Quando eu vejo essa passagem, fico me imaginando levando meu filho Jonas para ser sacrificado. Muitos podem questionar: Como Deus cuida numa situação assim?
Abraão é pai e ia sacrificar o filho, fruto de um milagre de Deus, pois ele era velho e Isabel era estéril quando o conceberam. Depois da dificuldade e da graça, ele teria que perdê-lo [Isaac]. É como se você ganhasse um presente lindo, que você ama, mas depois de um tempo precisasse se desfazer dele. Como ficaria o seu coração? E se fosse você no lugar de Abraão?
Não foi fácil para ele [ser chamado a sacrificar o filho], é claro. Mas Abraão foi firme na fé, mesmo com dor no coração. Imagine, também, como ele ficou se sentindo, quando o filho perguntou onde estava o cordeiro para a oferta. Ele era a oferta e nem sabia.
Nós na Canção Nova vivemos com a verdade de que ninguém é bom sozinho. Deus envia o Seu Espírito Santo para nos confortar e, muitas vezes, manda uma pessoa para nos dar uma palavra de carinho.
A Canção Nova faz a experiência da prosperidade todos os dias, assim como Abraão fez. O Senhor, em Sua infinita bondade, segurou a mão dele [Abraão] e não o deixou sacrificar o filho. O Senhor, na verdade, apenas queria testar a fé dele.
No entanto, quando Deus Pai precisou sacrificar Seu Filho para nos salvar, ninguém segurou a mão d'Ele. Na Semana Santa, Deus O sacrificou por nós. Deus Pai deu o próprio Filho por amor a mim e a você. Isso também é providência, é cuidado do Senhor. É um exemplo para pararmos de reclamar de tudo e aproveitar cada cuidado que nos chega do céu.
Pode ser que você viva com várias necessidades, sinta falta de alguém que o Pai já chamou, mas Deus está sempre conosco. O Senhor já deu o Cordeiro por você. Se você tem hoje que sacrificar o que lhe é precioso, lembre-se de que o Senhor está do seu lado.
Viva bem a Semana Santa, exercite-se em segurar na mão de Deus e você experimentará a providência divina. Peça comigo: Dá-nos a graça, Senhor, de entender que prosperidade é caminhar à luz da providência, e não ter uma vida cheia de dinheiro e bens materiais. Amém!
Alexandre de Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova
FONTE: Canção Nova
FORMAÇÕES
LUTAR COM AS PRÓPRIAS ARMAS
Quando estiver desanimado, nunca desista!
Quando o jovem Davi se dispunha a brigar com o gigante Golias, o rei Saul emprestou sua armadura de aço, seu escudo e sua espada, porém o pastot de Belém não podia nem caminhar com tanto peso (conf. 1Sm 17, 38-39). Ele teve que renunciar às armas reais e brigar com sua funda e cinco pedras de arroio. David não derrotou Golias com as armas do rei Saul, mas com as suas próprias.
Deus também ordena ao juiz Gedeão, que se sente incapaz de enfrentar uma batalha contra os madianitas: vai e, com essa força que tens, livra Israel das mãos dos madianitas (conf. Jz 6,14).
Vamos enfrentar a batalha com toda nossa força, mas só com a força que temos. Ali está o segredo de nossa vitória.
Moisés, por sua parte, estava acostumado a apascentar o rebanho de seu sogro Jetro e vivia na rotina e na melancolia. Até que um dia se atreveu a dar um passo ao fascinante mundo do desconhecido e foi “para além do deserto”, para encontrar um novo sentido à sua existencia (Ex 3,1).
Era uma vez um grande músico chamado Nicolo Paganini, nascido em Gênova, Itália, em fins do seculo XVIII, que foi considerado o melhor violinista de todos os tempos.
Certa noite, o palco da Scala de Milán estava repleto de admiradores, sedentos para escutá-lo. Paganini colocou seu violino no ombro e o que se escutou foi indescritivel: tons graves que se misturavam com fins agudos. Fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar ao contato de seus dedos encantados. De repente, um ruído estranho surpreendeu a todos. Uma das cordas do violino de Paganini havia se rompido. Paganini continuou tocando e arrancando sons deliciosos de um violino com problemas.
Pouico depois, a segunda corda do violino de Paganini se rompeu. Como se nada tivesse acontecido, Paganini esqueceu as dificuldades e continuou criando sons do impossivel.
Pela sobrecarga do esforço, uma terceira corda do violino de Paganini se rompeu. E ele continuou produzindo melodiosas notas.
No concerto da vida, se rompem as cordas de nosso violino quando se deteriora a saúde, quando perdemos de repente pessoas queridas, quando um amigo nos traí e outras mil formas imprevistas. De qualquer maneira, o musico deve continuar tocando, inspirado na criatividade e na perseverança.
Mesmo que as cordas se rompam, seguiremos sem nos deter e florescerão qualidades ocultas que nem nós sabíamos que existiam em nosso interior. Então, os outros se emocionam e se motivam, porque percebem que, se alguém pode tocar seu instrumento musical em meio às dificuldades, eles também acreditam que podem fazê-lo.
Quando estiver desanimado, nunca desista, pois ainda existe a corda da constância para tentar uma vez mais, dando um passo “mais além” com um enfoque novo. Enquanto tiver a corda da perseverança ou da criatividade, pode continuar a caminhar, encontrando soluções inesperadas. Desperta o Paganini que há dentro de você e avança para vencer.
Vitória é a arte de continuar onde os outros se dão por vencidos. Quando tudo parece desmoronar, se brinde com uma oportuinidade e avance sem parar. Toca a mágica corda da motivação e tire sons virgens que ninguém conhece.
Toca teu violino com as cordas que tens.
do livro: Como evangelizar com parábolas
Prado Flores
FONTE: Canção Nova
FORMAÇÕES
LUTAR COM AS PRÓPRIAS ARMAS
Quando estiver desanimado, nunca desista!
Quando o jovem Davi se dispunha a brigar com o gigante Golias, o rei Saul emprestou sua armadura de aço, seu escudo e sua espada, porém o pastot de Belém não podia nem caminhar com tanto peso (conf. 1Sm 17, 38-39). Ele teve que renunciar às armas reais e brigar com sua funda e cinco pedras de arroio. David não derrotou Golias com as armas do rei Saul, mas com as suas próprias.
Deus também ordena ao juiz Gedeão, que se sente incapaz de enfrentar uma batalha contra os madianitas: vai e, com essa força que tens, livra Israel das mãos dos madianitas (conf. Jz 6,14).
Vamos enfrentar a batalha com toda nossa força, mas só com a força que temos. Ali está o segredo de nossa vitória.
Moisés, por sua parte, estava acostumado a apascentar o rebanho de seu sogro Jetro e vivia na rotina e na melancolia. Até que um dia se atreveu a dar um passo ao fascinante mundo do desconhecido e foi “para além do deserto”, para encontrar um novo sentido à sua existencia (Ex 3,1).
Era uma vez um grande músico chamado Nicolo Paganini, nascido em Gênova, Itália, em fins do seculo XVIII, que foi considerado o melhor violinista de todos os tempos.
Certa noite, o palco da Scala de Milán estava repleto de admiradores, sedentos para escutá-lo. Paganini colocou seu violino no ombro e o que se escutou foi indescritivel: tons graves que se misturavam com fins agudos. Fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar ao contato de seus dedos encantados. De repente, um ruído estranho surpreendeu a todos. Uma das cordas do violino de Paganini havia se rompido. Paganini continuou tocando e arrancando sons deliciosos de um violino com problemas.
Pouico depois, a segunda corda do violino de Paganini se rompeu. Como se nada tivesse acontecido, Paganini esqueceu as dificuldades e continuou criando sons do impossivel.
Pela sobrecarga do esforço, uma terceira corda do violino de Paganini se rompeu. E ele continuou produzindo melodiosas notas.
No concerto da vida, se rompem as cordas de nosso violino quando se deteriora a saúde, quando perdemos de repente pessoas queridas, quando um amigo nos traí e outras mil formas imprevistas. De qualquer maneira, o musico deve continuar tocando, inspirado na criatividade e na perseverança.
Mesmo que as cordas se rompam, seguiremos sem nos deter e florescerão qualidades ocultas que nem nós sabíamos que existiam em nosso interior. Então, os outros se emocionam e se motivam, porque percebem que, se alguém pode tocar seu instrumento musical em meio às dificuldades, eles também acreditam que podem fazê-lo.
Quando estiver desanimado, nunca desista, pois ainda existe a corda da constância para tentar uma vez mais, dando um passo “mais além” com um enfoque novo. Enquanto tiver a corda da perseverança ou da criatividade, pode continuar a caminhar, encontrando soluções inesperadas. Desperta o Paganini que há dentro de você e avança para vencer.
Vitória é a arte de continuar onde os outros se dão por vencidos. Quando tudo parece desmoronar, se brinde com uma oportuinidade e avance sem parar. Toca a mágica corda da motivação e tire sons virgens que ninguém conhece.
Toca teu violino com as cordas que tens.
do livro: Como evangelizar com parábolas
Prado Flores
FONTE: Canção Nova
Quando estiver desanimado, nunca desista!
Quando o jovem Davi se dispunha a brigar com o gigante Golias, o rei Saul emprestou sua armadura de aço, seu escudo e sua espada, porém o pastot de Belém não podia nem caminhar com tanto peso (conf. 1Sm 17, 38-39). Ele teve que renunciar às armas reais e brigar com sua funda e cinco pedras de arroio. David não derrotou Golias com as armas do rei Saul, mas com as suas próprias.
Deus também ordena ao juiz Gedeão, que se sente incapaz de enfrentar uma batalha contra os madianitas: vai e, com essa força que tens, livra Israel das mãos dos madianitas (conf. Jz 6,14).
Vamos enfrentar a batalha com toda nossa força, mas só com a força que temos. Ali está o segredo de nossa vitória.
Moisés, por sua parte, estava acostumado a apascentar o rebanho de seu sogro Jetro e vivia na rotina e na melancolia. Até que um dia se atreveu a dar um passo ao fascinante mundo do desconhecido e foi “para além do deserto”, para encontrar um novo sentido à sua existencia (Ex 3,1).
Era uma vez um grande músico chamado Nicolo Paganini, nascido em Gênova, Itália, em fins do seculo XVIII, que foi considerado o melhor violinista de todos os tempos.
Certa noite, o palco da Scala de Milán estava repleto de admiradores, sedentos para escutá-lo. Paganini colocou seu violino no ombro e o que se escutou foi indescritivel: tons graves que se misturavam com fins agudos. Fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar ao contato de seus dedos encantados. De repente, um ruído estranho surpreendeu a todos. Uma das cordas do violino de Paganini havia se rompido. Paganini continuou tocando e arrancando sons deliciosos de um violino com problemas.
Pouico depois, a segunda corda do violino de Paganini se rompeu. Como se nada tivesse acontecido, Paganini esqueceu as dificuldades e continuou criando sons do impossivel.
Pela sobrecarga do esforço, uma terceira corda do violino de Paganini se rompeu. E ele continuou produzindo melodiosas notas.
No concerto da vida, se rompem as cordas de nosso violino quando se deteriora a saúde, quando perdemos de repente pessoas queridas, quando um amigo nos traí e outras mil formas imprevistas. De qualquer maneira, o musico deve continuar tocando, inspirado na criatividade e na perseverança.
Mesmo que as cordas se rompam, seguiremos sem nos deter e florescerão qualidades ocultas que nem nós sabíamos que existiam em nosso interior. Então, os outros se emocionam e se motivam, porque percebem que, se alguém pode tocar seu instrumento musical em meio às dificuldades, eles também acreditam que podem fazê-lo.
Quando estiver desanimado, nunca desista, pois ainda existe a corda da constância para tentar uma vez mais, dando um passo “mais além” com um enfoque novo. Enquanto tiver a corda da perseverança ou da criatividade, pode continuar a caminhar, encontrando soluções inesperadas. Desperta o Paganini que há dentro de você e avança para vencer.
Vitória é a arte de continuar onde os outros se dão por vencidos. Quando tudo parece desmoronar, se brinde com uma oportuinidade e avance sem parar. Toca a mágica corda da motivação e tire sons virgens que ninguém conhece.
Toca teu violino com as cordas que tens.
do livro: Como evangelizar com parábolas
Prado Flores
FONTE: Canção Nova
LITURGIA DO DIA
Evangelho (João 10,31-42)
Sexta-Feira, 15 de Abril de 2011
5ª Semana da Quaresma
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?”
33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”.
39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
FONTE: Canção Nova
PARTILHA DA PALAVRA
Irmãos e irmãs, neste dia em que podemos partilhar a Palavra de Deus, abramos os nossos corações para podermos refletir, nas palavras do próprio Jesus que tenta com a sua delicadeza que Lhe é peculiar, convencer os judeus a acreditarem que Ele realmente era o Messias esperado, o Cristo, o Deus conosco, o Filho de Deus.
Transportando este diálogo do Evangelho para os dias de hoje, somos todos chamados a viver esta real presença de Jesus em nossas vidas, fato que os judeus ainda nesses dias não conseguiram. Portanto,comecemos meditando em nossos corações, buscando nessas perguntas, uma resposta: onde está Jesus? Estamos vivendo, como Cristãos, esta relação familiar com o Deus conosco? Se Ele disse "estarei convosco até o fins dos tempos", onde Ele está? Respostas estas, que terão que ser a razão da nossa esperança!
Jesus está no meio de nós e, como sempre, disposto a mudar o rumo da nossa história. Transformar aquilo que somos e vivemos. Fazer morrer em nós o homem velho e fazer nascer o homem novo, neste mesmo corpo que somos. É o mistério da Sua encarnação e do projeto de Deus. Jesus está aqui entre nós! É o verdadeiro sentido da existência da Igreja. Se Cristo é a cabeça da Igreja, a Igreja é Jesus e nós somos o seu corpo, pois recebemos o mesmo Espírito Santo que Jesus recebeu em seu batismo. Este é o mais perfeito sinal de que Deus está no meio de nós.
É Ele mesmo que nos move e nos dá a vida. Ao contrário dos judeus que somente acreditam no Deus que ainda não se manifestou ao mundo, mas acreditando somente no Deus das leis, das tradições e da cultura; somos atraídos pelo Deus Pai que nos fez conhecer Seu Amor na humanidade de Jesus.
Esse é o caminho: Jesus humano em nossa humanidade. É assim que vamos percebendo a Sua divina presença aqui entre nós. É em nós mesmos que vamos percebendo Deus. Deus abre os olhos do nosso interior e uma Luz vai nos revelando quem somos e como somos conhecidos por Ele. Os judeus não conseguem ver isso; não podem se convencer, pois acham que irão blasfermar, como Jesus, ao se sentirem como filhos de Deus. O Deus verdadeiro está presente em nossa humanidade e não mais somente escondido em algum lugar. Deus é Espírito, mas um Espírito de vida e vive em nós que recebemos o batismo.
O Espíto é que dá a vida. O Espírito Santo é Aquele que nos devolve a natureza perdida pelo pecado. Ele nos revela quem somos e assim, sentir e viver o Deus que procuramos; o Deus que o pecado esconde de nós.
Portanto, somos aqueles que podem mostrar ao mundo o Jesus que todos esperam, que todos procuram. Estamos preparados para manifestar ao mundo esta Boa Nova. A nova vida vivida por nós será o sinal de que JESUS ESTÁ AQUI!
Deus seja louvado!
Carlos A. Batista - Missionário/fundador da Comunidade Pedras Vivas
Sexta-Feira, 15 de Abril de 2011
5ª Semana da Quaresma
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?”
33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”.
39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
FONTE: Canção Nova
PARTILHA DA PALAVRA
Irmãos e irmãs, neste dia em que podemos partilhar a Palavra de Deus, abramos os nossos corações para podermos refletir, nas palavras do próprio Jesus que tenta com a sua delicadeza que Lhe é peculiar, convencer os judeus a acreditarem que Ele realmente era o Messias esperado, o Cristo, o Deus conosco, o Filho de Deus.
Transportando este diálogo do Evangelho para os dias de hoje, somos todos chamados a viver esta real presença de Jesus em nossas vidas, fato que os judeus ainda nesses dias não conseguiram. Portanto,comecemos meditando em nossos corações, buscando nessas perguntas, uma resposta: onde está Jesus? Estamos vivendo, como Cristãos, esta relação familiar com o Deus conosco? Se Ele disse "estarei convosco até o fins dos tempos", onde Ele está? Respostas estas, que terão que ser a razão da nossa esperança!
Jesus está no meio de nós e, como sempre, disposto a mudar o rumo da nossa história. Transformar aquilo que somos e vivemos. Fazer morrer em nós o homem velho e fazer nascer o homem novo, neste mesmo corpo que somos. É o mistério da Sua encarnação e do projeto de Deus. Jesus está aqui entre nós! É o verdadeiro sentido da existência da Igreja. Se Cristo é a cabeça da Igreja, a Igreja é Jesus e nós somos o seu corpo, pois recebemos o mesmo Espírito Santo que Jesus recebeu em seu batismo. Este é o mais perfeito sinal de que Deus está no meio de nós.
É Ele mesmo que nos move e nos dá a vida. Ao contrário dos judeus que somente acreditam no Deus que ainda não se manifestou ao mundo, mas acreditando somente no Deus das leis, das tradições e da cultura; somos atraídos pelo Deus Pai que nos fez conhecer Seu Amor na humanidade de Jesus.
Esse é o caminho: Jesus humano em nossa humanidade. É assim que vamos percebendo a Sua divina presença aqui entre nós. É em nós mesmos que vamos percebendo Deus. Deus abre os olhos do nosso interior e uma Luz vai nos revelando quem somos e como somos conhecidos por Ele. Os judeus não conseguem ver isso; não podem se convencer, pois acham que irão blasfermar, como Jesus, ao se sentirem como filhos de Deus. O Deus verdadeiro está presente em nossa humanidade e não mais somente escondido em algum lugar. Deus é Espírito, mas um Espírito de vida e vive em nós que recebemos o batismo.
O Espíto é que dá a vida. O Espírito Santo é Aquele que nos devolve a natureza perdida pelo pecado. Ele nos revela quem somos e assim, sentir e viver o Deus que procuramos; o Deus que o pecado esconde de nós.
Portanto, somos aqueles que podem mostrar ao mundo o Jesus que todos esperam, que todos procuram. Estamos preparados para manifestar ao mundo esta Boa Nova. A nova vida vivida por nós será o sinal de que JESUS ESTÁ AQUI!
Deus seja louvado!
Carlos A. Batista - Missionário/fundador da Comunidade Pedras Vivas
quinta-feira, 14 de abril de 2011
SORRINDO PRA VIDA
A NOSSA VIDA NÃO PODE SER APENAS UM SUCEDER DE FATOS
Mensagem de Alexandre de Oliveira no programa "Sorrindo pra Vida", da TV Canção Nova, nesta quinta-feira, dia 14 de abril de 2011.
FONTE:Canção Nova
Mensagem de Alexandre de Oliveira no programa "Sorrindo pra Vida", da TV Canção Nova, nesta quinta-feira, dia 14 de abril de 2011.
FONTE:Canção Nova
LITURGIA DO DIA
Evangelho (João 10,31-42)
Sexta-Feira, 15 de Abril de 2011
5ª Semana da Quaresma
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?”
33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”.
39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
H O M I L I A
Você tem a Palavra de Deus como ensinamente para o seu dia a dia?
Diante da incredulidade do mundo e dos desatinos que nele acontecem dia após dia, Jesus revela a Sua verdadeira identidade: “Eu vos digo que isto é verdade: antes de Abraão nascer, EU SOU“.
Ontem, como hoje, a maior parte dos homens não tem experiência com o amor de Deus, não observando os Mandamentos da Lei Divina e, como se não bastasse, ignorando a pessoa de Cristo, procuram obter sinais e interrogam-se sobre quem é o Senhor. Convém dizer, porém, que somente quem conhece e guarda a Sua Palavra pode dizer que O conhece e experimenta o Seu amor. Jesus mesmo foi quem afirmou isso aos judeus: “Vós não conheceis Aquele que vós dizeis ser o vosso Deus, mas Eu O conheço e guardo a Sua Palavra“.
Não podemos dizer que conhecemos a Deus se não conhecemos a Sua Palavra. A Palavra de Deus é quem nos direciona para a vida eterna em Cristo Jesus, a qual começa no ‘agora’ da nossa vida. Quem não compreende a Palavra, quem não tem abertura para o Espírito Santo, morre na ignorância do pecado e, lamentavelmente, nunca poderá conhecer a Deus.
A origem e o destino de Jesus foram motivos de controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: “Antes que Abraão existisse, Eu sou”.
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à Sua origem, era suficiente considerar Sua idade bastante jovem – “Ainda não tens cinquenta anos” – para se dar conta de que Sua afirmação era “contraditória” diante do raciocínio deles.
Este modo de pensar estava em total descompasso com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao referir-se à Sua origem, não estava pensando no Seu nascimento carnal, historicamente determinável, e sim na Sua vida prévia, no seio do Pai. Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência eterna.
Neste texto, temos a conclusão do tenso e longo diálogo de Cristo com os judeus em Jerusalém, por ocasião da festa das Tendas. Jesus mostra-se acolhedor e reafirma o dom da vida eterna, já: “Se alguém cumprir a minha palavra, nunca verá a morte”. Contudo, os judeus permanecem firmes em sua rejeição ao Senhor, procurando apedrejá-Lo.
Jesus, que cumpre a Palavra do Pai, já vive a eternidade. Pois, “antes que Abraão existisse, Eu sou“, disse Ele àquele povo e continua dizendo o mesmo hoje. Quando estas palavras encontrarem espaço em nosso coração, então significa que vivemos em comunhão eterna com Jesus e com o Pai ao cumprirmos Sua Palavra, no despojamento e na partilha, na mansidão, na acolhida ao irmão, na prática da misericórdia e da justiça que liberta e promove a vida.
Voltando à questão da Palavra, diremos que o estudo da Sagrada Escritura é o melhor caminho para conhecermos quem é Jesus. Pois Ele é o Verbo, é a Palavra feita carne. Ouvi-Lo é ouvir a Palavra de Deus. Assim, – sem medo de errar – quero que saiba que a Bíblia é a própria Palavra do Pai dirigida a nós, a fim de que possamos conhecê-Lo e conhecer a nós mesmos e, simultaneamente, termos acesso ao Seu grande amor e misericórdia. É feliz quem adora a Deus mergulhando nos Seus ensinamentos.
Você tem a Palavra de Deus como ensinamento para o seu dia a dia?
Padre Bantu Mendonça
FONTE: Canção Nova
Sexta-Feira, 15 de Abril de 2011
5ª Semana da Quaresma
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?”
33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?
35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”.
39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
H O M I L I A
Você tem a Palavra de Deus como ensinamente para o seu dia a dia?
Diante da incredulidade do mundo e dos desatinos que nele acontecem dia após dia, Jesus revela a Sua verdadeira identidade: “Eu vos digo que isto é verdade: antes de Abraão nascer, EU SOU“.
Ontem, como hoje, a maior parte dos homens não tem experiência com o amor de Deus, não observando os Mandamentos da Lei Divina e, como se não bastasse, ignorando a pessoa de Cristo, procuram obter sinais e interrogam-se sobre quem é o Senhor. Convém dizer, porém, que somente quem conhece e guarda a Sua Palavra pode dizer que O conhece e experimenta o Seu amor. Jesus mesmo foi quem afirmou isso aos judeus: “Vós não conheceis Aquele que vós dizeis ser o vosso Deus, mas Eu O conheço e guardo a Sua Palavra“.
Não podemos dizer que conhecemos a Deus se não conhecemos a Sua Palavra. A Palavra de Deus é quem nos direciona para a vida eterna em Cristo Jesus, a qual começa no ‘agora’ da nossa vida. Quem não compreende a Palavra, quem não tem abertura para o Espírito Santo, morre na ignorância do pecado e, lamentavelmente, nunca poderá conhecer a Deus.
A origem e o destino de Jesus foram motivos de controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: “Antes que Abraão existisse, Eu sou”.
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à Sua origem, era suficiente considerar Sua idade bastante jovem – “Ainda não tens cinquenta anos” – para se dar conta de que Sua afirmação era “contraditória” diante do raciocínio deles.
Este modo de pensar estava em total descompasso com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao referir-se à Sua origem, não estava pensando no Seu nascimento carnal, historicamente determinável, e sim na Sua vida prévia, no seio do Pai. Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência eterna.
Neste texto, temos a conclusão do tenso e longo diálogo de Cristo com os judeus em Jerusalém, por ocasião da festa das Tendas. Jesus mostra-se acolhedor e reafirma o dom da vida eterna, já: “Se alguém cumprir a minha palavra, nunca verá a morte”. Contudo, os judeus permanecem firmes em sua rejeição ao Senhor, procurando apedrejá-Lo.
Jesus, que cumpre a Palavra do Pai, já vive a eternidade. Pois, “antes que Abraão existisse, Eu sou“, disse Ele àquele povo e continua dizendo o mesmo hoje. Quando estas palavras encontrarem espaço em nosso coração, então significa que vivemos em comunhão eterna com Jesus e com o Pai ao cumprirmos Sua Palavra, no despojamento e na partilha, na mansidão, na acolhida ao irmão, na prática da misericórdia e da justiça que liberta e promove a vida.
Voltando à questão da Palavra, diremos que o estudo da Sagrada Escritura é o melhor caminho para conhecermos quem é Jesus. Pois Ele é o Verbo, é a Palavra feita carne. Ouvi-Lo é ouvir a Palavra de Deus. Assim, – sem medo de errar – quero que saiba que a Bíblia é a própria Palavra do Pai dirigida a nós, a fim de que possamos conhecê-Lo e conhecer a nós mesmos e, simultaneamente, termos acesso ao Seu grande amor e misericórdia. É feliz quem adora a Deus mergulhando nos Seus ensinamentos.
Você tem a Palavra de Deus como ensinamento para o seu dia a dia?
Padre Bantu Mendonça
FONTE: Canção Nova
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