domingo, 23 de junho de 2013

MISSÃO PEDRAS VIVAS

              

             
 “PEDRAS VIVAS” PARA A CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MELHOR

                                               
                                                  Missão e Oração

                   

                      A Comunidade Católica Pedras Vivas, nasceu de dois corações que se uniram ao Amor de Jesus e também à ternura da Virgem Maria, aquela que produziu nestes dois corações um desejo de fazer o próprio Jesus ser gerado e gestado em cada instante da caminhada. Ao ser inspirado para fundar a comunidade, ainda não tínhamos a menor ideia de que forma poderíamos servir à Santa Mãe Igreja, mas sabíamos que teria que ser pelas vias da santidade de vida. Em princípio, sentimos durante a nossa caminhada que nossos corações estavam ardendo de desejo para fazer uma experiência de vida consagrada com adolescentes e jovens que se abrissem aos desejos de Deus.

Sentimos também, que esta caminhada teria que ser de forma ordenada com as exigências evangélicas, onde o trabalho missionário seria a forma concreta de serviço; e também através de uma convivência fraterna entre todos os seus membros, fazendo desta convivência diária o meio mais eficaz para vivermos a experiência com Jesus vivo e ressuscitado na pessoa de cada um. Para isso, a fonte de inspiração não poderia ter vindo de outro lugar que não fosse do próprio Evangelho, onde o autor Sagrado nos trás a pergunta firme de Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? (Lc 9, 21b)

Através desta pergunta, adolescentes e jovens irão buscar no seu dia-a-dia os meios para conhecerem Jesus como Ele é, e não mais pelo que ouvem falar Dele! A resposta terá que ser sem subterfúgios, sem rodeios e sem enganação. Esta é a missão da Comunidade Católica Pedras Vivas: mostrar o rosto de Cristo através de uma convivência fraterna, muito mais pelo Amor, do que pelas vias do ensinamento teórico e por palavras. Experimentar o Amor de Jesus através dos gestos, olhares, sorrisos, sofrimentos, dores e alegrias serão também os meios para conhecer intimamente o Ressuscitado! A experiência de vida com este Amor será a mola propulsora que lançará toda a comunidade para o serviço e missão, onde o rosto de Jesus será mostrado para todos os que se achegarem aos consagrados.

Para isso será exigido de cada um, uma vida de austeridade, de oração, de coragem, de alegria, de esperança e de luta espiritual, onde a renúncia pelas ofertas do mundo sem Jesus, o pecado, terá que ser o fundamento de fé. Jovens e adolescentes que sentirem arder o coração quando ouvirem a Palavra de Jesus, necessariamente terão que caminhar pelas vias da santidade, pois a santidade é o maior testemunho que podemos oferecer como profissão de fé.

Diante desta realidade, a nossa oração cotidiana será sempre em tom de renúncia das delícias do mundo. Precisamos abrir mão de tudo aquilo não que não mostra o rosto de Jesus. Estaremos no mundo, mas não podemos pertencer ao mundo. Usaremos de tudo o que for necessário para o nosso trabalho, missão, oração e sobrevivência, mas consciente de que nem tudo edifica e nem tudo faz bem!

ORAÇÃO: Senhor Jesus, em uso de nossa inteira e completa liberdade, confiantes de que neste momento a sua presença se torna ainda mais forte em nós que decidimos fazer da nossa vida uma perfeita oferenda de Amor. Manifestamos através desta oração o nosso desejo de permanecer em Vosso Caminho, sob o compromisso de renunciar a tudo que não faz revelar o seu rosto, seja naquilo que alimentamos, vestimos, pensamos, falamos e agimos. Vem, Senhor Jesus, juntamente com a Virgem Maria, Mãe e Mestra, educadora e intercessora de todos os filhos de Deus, e também com os Anjos e Santos, e toda a Vossa Igreja que caminha para viver e anunciar a Boa Notícia. Vem em nosso auxílio, a fim de nos cumular dos bens celestiais e das consolações espirituais, fortalecendo-nos e nos capacitando para fazer da nossa caminhada uma experiência de Amor e de bondade, para podermos amá-Lo na pessoa de cada um que a nós for confiado. Vem, Senhor Jesus, vem com a força do Espírito Santo consolador e doador do Amor, iluminar e curar os nossos corações para podermos viver a nossa vocação de santidade, unidos com todos os Anjos e Santos e todos os seus filhos dispersos pelo mundo.  Amém!

Carlos Alberto Batista – Chamado pelo Pai Criador a fundar a Comunidade Católica Pedras Vivas.
                     

                     

segunda-feira, 10 de junho de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS




COMO ESTÃO SENDO EDUCADOS NOSSOS FILHOS?

“Escuta, meu filho, a disciplina do teu pai, não desprezes a instrução da tua mãe, pois será formoso diadema em sua cabeça, e colar em teu pescoço.” (Pr 1, 8-9)


                        Estamos entrando num assunto que sugere o máximo da nossa atenção a fim de podermos entender o que deseja o autor sagrado com estas palavras de vida eterna. Trata-se de um conselho diretamente dirigido aos filhos, e como sabemos, somos todos filhos em qualquer situação que estamos vivendo hoje. Mesmo sendo pai ou mãe, neste momento em que estamos partilhando precisamos entrar na pedagogia divina e todos nós nos tornarmos este filho do qual se refere o Livro dos Provérbios.

Quando se trata da Palavra de Deus, as mensagens nela contidas são dirigidas a quem está lendo, mas muitas vezes poderemos cair na tentação de acharmos que estamos lendo para os outros e não para nós. É comum lembrarmos alguém quando estamos lendo alguma passagem bíblica como se esta pessoa é que está precisando ouvi-la e vive-la, e não nós que estamos lendo. Por isso, é bom lembrarmos e trazer para a nossa compreensão de que somos este filho do qual fala Salomão.

Neste caso, a disciplina da qual se refere o texto cabe ao nosso Pai e Criador, pois a Sua disciplina é a mais perfeita e aquela que nos leva ao sentido verdadeiro do Seu Caminho. Quanto à mãe, esta sugere ser a Santa Mãe Igreja, pois nela está toda a instrução que precisamos para aprendes a moral cristã, e também reconquistar a nossa dignidade de filhos de Deus. Portanto, está nos Sacramentos da Santa Mãe Igreja o referido “formoso diadema” que envolve a nossa cabeça.

No entanto, não podemos descartar os ensinamentos dos nossos pais terrenos, pois a eles o Pai Criador confiou a nossa vida e a nossa educação. A eles foram confiados a nossa educação pessoal e também a nossa formação religiosa, pois cada filho precisa viver a dimensão da fé dos pais e entender deles a razão da esperança de serem cristãos. Neste caso, passam o filho e os pais a ser o “filho” pelo qual fala o texto sagrado. Para Deus, pais e filhos são vistos da mesma forma, ou seja, “filho”!

E como filhos de Deus, como está a nossa fidelidade na boa educação dos nossos filhos, que antes de tudo, são filhos de Deus? Estamos revelando a eles a razão da nossa esperança? Podemos dizer que estamos sendo justo e fiel naquilo que Deus nos confiou? Esta é a pergunta que necessariamente precisa arder no mais profundo do nosso ser! Nestes tempos difíceis é que a razão da nossa esperança precisa atingir o coração dos nossos filhos. É neste tempo que precisamos viver aquilo que confiamos e dar a eles um sentido contrário ao oferecido pelo mundo sem Deus. Não podemos achar que estamos sendo justo com Deus, e com nossos filhos, apenas ensinando e educando para viverem as necessidades deste mundo. Existe uma razão infinitamente maior do que qualquer outra coisa que é a vida eterna e este ensinamento não vem das nossas razões naturais, mas do Espírito de Deus!

“Nós tivemos nossos pais segundo a carne como educadores, e os respeitávamos. Não haveremos de ser muito mais submissos ao Pai dos Espíritos, a fim de vivermos? Pois eles nos educaram por pouco tempo, segundo o que lhes parecia bem. Deus, porém, nos educa para o aproveitamento, a fim de nos comunicar a sua santidade.” (Hb 12, 9-10) Esta Palavra vem para confirmar a nossa necessidade de ouvir o Pai Criador, pois educar os filhos se torna necessariamente conhecerem Deus, e Deus nos deu o Seu filho Jesus, e Jesus nos deu a sua Igreja.

Portanto, dizer que estamos educando nossos filhos para a vida, precisamos estar conscientes de estarmos caminhando com eles por este caminho de santidade, pois sem entrar por esta via, não estaremos sendo justo com Deus. Nossos filhos precisam desta referência para conhecer outro caminho que não seja apenas aquele que o mundo oferece, pois sem outra opção ficarão expostos aos caminhos tortuosos que se apresentarão como os melhores e os mais atrativos.

Pedimos ao Nosso Pai e Criador que nos envie ao Seu Filho Jesus e nos encha de esperança, fazendo nascer em nossos corações o desejo de aprender da Santa Mãe Igreja tudo aquilo que nos faça viver antecipadamente as delícias do céu. Que a nossa família se transforme em Igreja doméstica, cheia de vida e santidade! Amém!

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista – Comunidade Católica Pedras Vivas

sexta-feira, 7 de junho de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                                                                 


    A CURA DO CORAÇÃO LIBERTA A ALMA



 “O coração é o que há de mais enganador, e não há remédio. Quem pode    entendê-lo?”  
                                                          (Jr 17, 9)  
                                                          

                  
               Mesmo antes de nascermos, somos todos sonhados e desejados por Deus. O nosso Criador conhece cada um de nós antes mesmo dos nossos pais terem nascidos. É um mistério!  O nosso nascimento não acontece por acaso e nem pelo desejo dos nossos pais, mesmo que eles se preparem para aquele momento da relação sexual, onde esperam que seja concebido um filho tão desejado, não possuem elementos capazes de revelar se haverá a concepção; e se houver a concepção, se é menino ou menina.

Diante deste grande Amor de Deus por nós, cabem aos nossos pais entrarem na mesma pedagogia de Deus e passar a nos amar mesmo antes de existirmos, mas nem sempre isso acontece, pois a maioria de nós nasce sem o desejo amoroso dos nossos pais. Para muitos pais, fomos concebidos num momento inoportuno ou inesperado. Quando não somos abortados, somos rejeitados logo na confirmação da gravidez pela mãe. Já, neste momento, acontece uma dor no coraçãozinho daquele ser humano que foi sonhado e desejado por Deus. Essa dor vai ser uma presença constante na vida desta criança que vai crescendo, se tornando adulto, mas carregando a dor da rejeição por toda a sua vida. Precisamos crer nisso!

Muitas vezes, os pais não compreendem as atitudes de um filho rebelde e desobediente, que em sua criação foi educado com zelo, cuidado, amor, carinho e segurança. Mas não conseguem associar esta realidade com toda a sua vida, desde a sua concepção. Precisamos levar em conta toda a nossa história, pois as coisas que nossos pais nos oferecem como sendo o melhor que podem oferecer, e também as coisas que o mundo pode nos dar, não são suficientes para curar as chagas deixadas pela rejeição em nossa concepção. Esta ferida só é curada pela misericórdia de Deus!

Contudo, existem casos em que o coração é ferido no curso da vida, onde as mágoas, rancores, ódios, falta de perdão, ciúmes, invejas, angústias, desejo desenfreado, (tudo isso fruto do pecado) vão causando uma nódoa espessa no coração e vai minando a nossa capacidade de dar verdadeiro sentido em nossa vida, e mais ainda, não poder amar com Amor verdadeiro. Um coração ferido, machucado perde toda a capacidade de amar. Por isso o Rei Davi, eleito rei de Israel escolhido por Deus após ter cometido dois pecados mortais: adultério e assassinato; precisou curar as feridas do seu coração a fim voltar a ter uma comunhão perfeita com o seu Senhor. Até nos deixou um lindo salmo (50) que é uma perfeita oração e súplica, onde no versículo doze diz assim: “Senhor, criai em mim um coração que seja puro, renova em mim um espírito resoluto”!

Diante de tantos sofrimentos, dores, tribulações, aflições e angústias que vamos acumulando em nossa vida, torna-se necessário voltar a ter um coração puro para dar sentido em nossa vida. É desejo de Deus que tenhamos um coração puro, pois sem ele nós não conseguiremos perceber a presença de Jesus no meio de nós. Sem a pureza no coração vamos continuando a ser aquela pessoa velha que não sabe nada da vida. Achamos que sabemos das coisas, mas não sabemos de nada, pois nada neste mundo é capaz de completar em nossa alma aquilo que nos faz ser feliz. Somos enganados o tempo todo!

Por isso, vamos entrar no contexto desta oração, onde clamamos pela viva e real presença do Espírito Santo que nos dará a liberdade de filhos de Deus. Supliquemos: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo neste momento em que unimos os nossos corações e nos deixamos levar pela sua Misericórdia decidimos deixar que o seu poder, cure todas as feridas do nosso coração, desde a nossa concepção até os dias de hoje.

 - Rogamos Senhor, pelo poder do Sangue de Jesus, que nos liberte da tirania do pecado; que arranque de dentro de nós tudo que está guardado e não nos pertencem. Cura Senhor, e liberta o nosso coração de todos os sentimentos de ódio, rancor, ciúme, inveja, separação, luxúria, paixão desenfreada e fornicação. Perdoa Senhor, por todas as vezes que abandonamos o seu Amor e atendemos aos espíritos malignos que nos afastam de ti. Perdoa Senhor, pelas vezes que desobedecemos a sua vontade e fizemos tudo que entristece o seu bom coração. Cura Senhor, pelas mágoas em nossos corações deixadas por pessoas queridas e que nunca imaginamos serem capazes de nos magoar. Perdoa Senhor, pelas vezes que magoei alguém no curso da minha vida. Senhor, como o Rei Davi, suplicamos que crie em nós um coração novo, puro, cheio do seu Amor e rico em sua misericórdia, para que possamos amar de verdade. Ordenar e ter controle absoluto sobre nossos desejos. Vem Senhor, com a tua força e poder dar um novo sentido para os nossos passos. Abre a nossa mente e dirija nossos olhares para a cruz de Jesus, onde está encerrada a nossa fé. Vem, Senhor Jesus, Vem com seu Amor! Amém!

Coração curado é um coração livre!








Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista – Comunidade Católica Pedras Vivas

quarta-feira, 5 de junho de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                                  


       
         A MORTE NÃO É O FIM

   
    “A morte foi tragada pela vitória; onde está, ó morte a tua vitória?”
                                   (1 Cor 15, 55)

          
           Estamos diante de uma realidade que mais interfere em nossa caminhada de esperança: a morte! Em todos os tempos a morte tem sido a realidade que mais incomoda o ser humano. A morte é entendida por poucos, mas incomoda a todos. Todos nós nascemos da mesma forma, mesmo aqueles que são gerados pelos métodos modernos da medicina, fora do útero da mulher, e sabemos detalhadamente a ciência da concepção em todos os detalhes, mas não conseguimos entender porque todos nós morreremos.

Existem várias religiões no mundo que tentam dar sentido à morte, oferecendo meios espirituais para seus fieis viverem a sua realidade, mas no fim, essa realidade não dá ao seguidor uma resposta concreta, pois não aparece quem dá testemunho da sua verdade. Aqueles que dizem serem portadores da verdade não aparecem para dar continuidade à sua doutrina depois da sua própria morte. Portanto, em muitos casos o seu princípio doutrinário continua a ser seguido por adeptos da sua religião, vivendo a sua caminhada terrestre nesta mesma esperança.

Uma realidade tão relevante na vida do homem torna-se o principal mistério da sua existência, e se esconde de forma enigmática a todos que deveriam conhecer como fundamento da sua história. Portanto, onde está a verdade sobre a morte? Onde poderemos encontrar os meios para dar verdadeiro sentido naquilo que mais nos incomoda? Esta resposta não está numa religião, ou seita, ou em qualquer outro lugar que não seja: JESUS CRISTO!

Pode incomodar, pode desanimar, pode causar dúvidas e desconfiança, mas é Nele que está toda a verdade da morte e também da vida! Em Jesus se encontra todo o mistério do homem. Encerra-se Nele toda a busca frenética do homem em sua luta para conhecer a si mesmo. Todo o mistério da humanidade e da criação está neste homem Jesus! Em Jesus vamos aprender que a vida se traduz em “nascer, viver, morrer e ressuscitar”! Neste grande mistério não cabe desconfiança e nem tentar compreender com as nossas faculdades humanas. “Jesus veio mostrar ao homem como se deve viver para morrer e, morrendo, ressuscitar para a nunca mais morrer!”

Está nesta afirmação todo o sentido da morte! O caminhar nesta vida terrestre requer de cada um de nós uma compreensão exata deste mistério de Jesus. Não está na pedagogia Dele um limite de compreensão e nem em alguma outra religião foi revelado o mistério da morte, mas unicamente, Nele! Neste caso, para entender a morte é necessário entender a vida, e Jesus é “O caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6).

Assim como o corpo é totalmente ligado ao Espírito, também a vida é ligada à morte. Como não existem meios para entender a vida sem que seja revelada pelo Espírito Santo, não tem como entender a morte sem que esta tenha sido revelada pela verdade da vida. Todo este mistério está dentro de cada um de nós! Os cristãos deste mundo estão capacitados a dar sentido verdadeiro em sua vida, pois Aquele que pode revelar todos os mistérios escondidos ao mundo está literalmente unido ao nosso corpo.

Sem entender nada da vida, o homem com seus problemas pode até desejar a sua própria morte como se ela o livrasse de tudo. Ele não tem nenhuma esperança de vida eterna e julga ser apenas para este mundo a sua vida. Quem coloca a sua esperança apenas nesta vida, certamente fará dos seus esforços tudo para fazer deste mundo a sua pátria definitiva. Assim, o homem viverá a sua vida somente para tirar dela as alegrias e depois morrer. Triste fim de quem viveu e não compreendeu a sua própria existência!

Não! Nós não nascemos para viver sem sentido. Deus nos deu uma dignidade perfeita e também inseriu em cada um de nós um desejo de ser feliz. Porém, não uma felicidade para esta vida terrena, mas uma felicidade eterna, onde viver neste mundo buscando a felicidade eterna é o segredo para desejar que a morte venha ratificar a nossa conquista celestial. A morte não é o fim, mas a partida para a vida eterna!

Por isso precisamos entrar na escola de Jesus e nos tornarmos seus discípulos, a fim de levar ao mundo a sua Boa Notícia. Precisamos revelar a todas as pessoas que a morte não é fim de tudo, mas existe para nós uma pátria definitiva conquistada pela morte e ressurreição do Cristo Jesus.
Irmãos, não queremos deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não fiqueis tristes como os outros, que não têm esperança. Com efeito, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos igualmente que Deus, por meio de Jesus, com Ele conduzirá os que adormeceram.” (1 Ts 4, 13-14) É neste texto de Paulo escrito na carta endereçada à comunidade dos Tessalonicenses, que podemos dar início a uma nova caminhada de fé.

Pedimos pela intercessão da Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, para que ela esteja sempre atenta a fim de nos educar, instruir e nos aconselhar indicando sempre o caminho a seguir, e responder com alegria ao chamado de Deus Pai.

Deus seja louvado e adorado!
Carlos Alberto Batista – Comunidade Católica Pedras Vivas


terça-feira, 4 de junho de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS





            FAZER O BEM É UM DIREITO E NÃO UM DEVER

         
           “Conduzi-vos como pessoas livres, mas sem usar a liberdade como pretexto
             para o mal. Pelo contrário, sede servos de Deus”. (1 Pd 2, 16)

                     
                 Quando somos chamados a transformar a nossa vida e a nossa história de acordo com os princípios evangélicos, uma das características desta mudança se concentra na cura e na libertação do nosso coração, onde está toda a essência da nossa existência e onde guardamos tudo que passamos durante a nossa caminhada terrestre. Somos movidos pelas moções do nosso coração, que significa responder com pensamentos e atos aquilo que ouvimos e decidimos fazer.

A moção é uma resposta que temos daquilo que entra em nosso coração. Um exemplo que podemos dar é a reação que sentimos quando lemos ou escutamos alguma passagem da Sagrada Escritura. Ao ouvir ou ler esta Palavra, poderá causar uma consolação ou uma desolação dentro de nós, que se traduz como “moção”! Portanto, a nossa reação para dar sentido a esta Palavra será de acordo com a situação que se encontra o nosso coração: se ele está na Paz de Jesus, a resposta virá com alegria e consolo e a Palavra se tonará vida em nós; mas se não estiver na Paz de Jesus, virá uma desolação e causará tristeza, e a Palavra não dará vida.

Uma das razões para o nosso coração estar machucado são as várias angústias, revoltas, mágoas, decepções, sofrimentos, aflições, ódios, tristezas, rancores, ciúmes e derrotas que sofremos no dia a dia da nossa vida. Um coração que guarda tudo isso no curso da vida, não é capaz de fazer o bem e nem tão pouco desejar o bem para si mesmo. Um coração que vai acumulando as coisas que vão acontecendo pelo caminho da vida se torna o maior peso que uma pessoa pode carregar. Torna-se impossível alguém com este peso pensar e agir para o bem. Mesmo através de um grande esforço pessoal, um coração ferido e machucado não pode amar com se deve amar.

Como podemos notar, para fazer o bem que precisamos fazer é necessário estar com o coração totalmente livre para amar. Por isso, não temos outra forma para colocar em prática a Palavra de Deus que não seja acolhendo com o coração limpo e puro, a fim de fazer com que ela possa germinar e se tornar carne da nossa carne, pois este é o nosso direito adquirido pela bondade e misericórdia de Deus. A Palavra de Deus só tem sentido para nós quando colocada em prática. Para coloca-la em prática é preciso vivê-la. Para vivê-la precisamos estar com o coração puro como de uma criança!

Portanto, aquilo que precisamos fazer por Amor se torna um direito e não um dever. Recebemos de Deus todas as garantias da eternidade e não foram pelos nossos merecimentos, mas pelo seu grande Amor por cada um de nós. Por isso, o Amor não combina com obrigação e nem com um dever, mas despojado de qualquer meio que não seja totalmente pelas vias da nossa liberdade de amar. Possuímos dentro de nós a inata capacidade de amar, pois nascemos e nos movemos para amar. A nossa vida só tem sentido quando amamos. Sem Amor não temos como fazer o bem, nem para nós e nem para quem quer que seja!

É com este principio que precisamos entrar no coração de Jesus: curar as feridas do nosso coração! As feridas de Jesus são o remédio para a cura e libertação do nosso coração. Por isso, entrando pelas vias do Amor e da oração, rogamos ao Senhor da Vida que cure e liberte o nosso coração. Que seja Ele a dar sentido aos nossos pensamentos e em nossas ações. Conceda-nos, Senhor, sabedoria, Luz e força a fim de podermos lavar e transformar o nosso coração para sermos verdadeiros filhos de Deus, e assim passarmos a viver como discípulos, sem obrigação, mas pelo direito de viver no Amor. Amém!

Deus seja louvado e adorado!


Carlos Alberto Batista – Comunidade Pedras Vivas

segunda-feira, 3 de junho de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS


       


        A LIBERDADE DOS FILHOS DE DEUS
          
                          Somos livres para a vida e não escravos para a morte!  
        
             “Como filhos obedientes, não moldeis a vossa vida de acordo com as paixões de antigamente, do tempo de vossa ignorância.” (1 Pd 1, 14) Esse termo usado pelo autor sagrado na primeira carta de Pedro, exorta ao ouvinte da Palavra a rever o seu conceito de “viver dignamente a sua vida”, de acordo com o princípio eterno de Amor. Ele convida ao ouvinte a viver segundo os preceitos cristãos e não mais de acordo com a caducidade da sua vida passada, como pagão.
Uma das maiores dificuldades da nossa vida é viver plenamente a nossa vocação de liberdade. Ao nos criar, Deus nos deu como direito irrevogável a condição de sermos totalmente livres. Está inscrito em cada um de nós essa forma de vida, onde nem mesmo o nosso Criador pode interferir, tanto que Ele permitiu que Adão e Eva cometessem o primeiro pecado, aquele que foi capital para a nossa queda. Ao escolher dar ouvidos às manobras da serpente, Eva abriu-se ao desejo de se igualar ao Criador, sem saber que esta escolha dava fim ao perfeito relacionamento com Deus. A partir deste momento perdemos totalmente a capacidade para discernir a verdade da mentira, e viver plenamente a nossa natureza humana.

Portanto, para podermos entender e acreditar que não somos mais capazes de viver plenamente a nossa natureza, precisamos rasgar o nosso coração e permitir com toda a nossa liberdade que Deus mostre tudo aquilo que a cortina do pecado original esconde de nós. Não basta simplesmente saber que somos pessoas humanas diferentes de todas as outras criaturas, mas viver a dignidade de filhos de Deus, pois somos a única criatura que conhece a sua natureza e também o seu Criador. Não nascemos como as outras criaturas, que apesar de possuírem inteligência vivem a sua natureza através de seus instintos. Agem instintivamente de forma repetitiva sem mudar a sua razão natural, pois não são capazes de acrescentar nada à sua condição original.

Diante da nossa queda, perdemos a nossa razão natural e passamos a viver completamente fora da nossa natureza original, coisa que não acontece com nenhuma outra criatura deste mundo. Cada qual vive a sua plenitude natural sem que nada possa atingir a sua natureza. Cada animal vive perfeitamente a sua natureza em harmonia com o Criador. Vivem da forma como Deus quis e criou. Nós, ao contrário, não somos mais como Deus projetou, nas cada qual se vira como pode e deseja. Com isso, “o mundo” se concedeu no direito de fazer o homem obedecer aos seus princípios e caprichos, tirando dele a noção exata do que significa liberdade.

Os princípios do mundo são de fazer o homem se projetar para atingir seus desejos e realizar seus sonhos, sem dar razão à sua dignidade de filhos de Deus, pois o mundo não se submete à vontade de Deus, mas aos prazeres gerados pela mente humana ferida pelo pecado. O homem não sabe bem o que deseja e nem sabe distinguir se são desejos são bons e da parte de Deus. Muitas vezes criam desejos que não vão dar vida, mas levam para a morte, mesmo sem saber que esse será o fim. O homem perdeu totalmente a noção de fazer o bem, para si e para os outros. Nem mesmo com toda a sua boa intenção, com todos os seus esforços, com toda a sua inteligência, com todo o seu entendimento será capaz de fazer o bem que precisa fazer!

Não é exagero esta afirmativa, pois não somos realmente capazes de fazer o bem que precisamos fazer através de nós mesmos. Existe em nós o desejo de fazer o bem, mas não somos capazes de fazê-lo. Na verdade, não somos totalmente livres para fazer o bem! “O que houve é que o pecado, aproveitando a ocasião oferecida pelo preceito, me seduziu e acabou me matando. (...) De fato, não entendo o que faço, pois não faço o bem que quero, mas o que detesto. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a lei é boa. No caso, não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim.” (Rm 7, 8. 15-17) A lei, no caso, se tornou o fundamento da moralidade humana imposta pela perda da razão natural.

Como vemos, o pecado tirou de nós o desejo de fazer das nossas ações aquilo que faz bem para os outros, para as outras criaturas e também para toda a natureza. O pecado gerou em nós uma nódoa no coração, onde tudo que fazemos, por melhor que sejam as nossas intenções, busque no fim o nosso próprio benefício. Que sejam nós mesmos os beneficiários das boas ações. No entanto, como não sabemos o que seja bom, aquilo que achamos fazer bem para os outros, será um mal para nós. Que luta!

Portanto, entra nesta parte aquilo que o autor da carta de Pedro deseja falar aos nossos corações, pois o que ele deseja é que vivamos como homens novos e não mais como velhos, antes de Jesus. Antes de Jesus, vivíamos conforme os nossos instintos feridos pelo pecado, mas agora somos portadores do Espírito Santo recebido no batismo, onde Ele, como o novo direcionador da nossa vida nos capacita a sermos homens e mulheres novos, muito melhores do que eram Adão e Eva. Obedecendo ao Espírito Santo e não mais ao nosso instinto, o mundo, as pessoas e todas as outras criaturas tomam outro sentido, o verdadeiro sentido. As nossas faculdades são novamente ordenadas e passamos a entender verdadeiramente a nossa liberdade.

A vida nova no Espírito nos faz homens novos e de novas atitudes. O mundo com a sua maldade e seus atrativos não mais terá soberania sobre nós, fazendo da sua falsa liberdade uma prisão escondida. As artimanhas do mundo sem Deus não aprisionará a quem está sob o regime do Amor e sob a Luz de Jesus. Para isso, não basta ser batizado, é necessário viver em comunhão com o Espírito Santo nos doado. Esta é a condição para dar vida nova ao homem velho!

Que sejamos dóceis a todas as manifestações do Espírito Santo, pois elas nos remetem a caminhar 
nas pegadas de Jesus. Pedimos a intercessão da Virgem Maria, aquela que aceitou com humildade, obediência e fidelidade à manifestação do Espírito Santo desde a sua concepção. Que sejam dirigidas a Deus Pai, a Deus Filho e a Deus Espírito Santo todos os nossos esforços, a fim de encontrar Neles o sentido da nossa vida e da nossa liberdade. Amém!

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista – Comunidade Católica Pedras Vivas