terça-feira, 4 de junho de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS





            FAZER O BEM É UM DIREITO E NÃO UM DEVER

         
           “Conduzi-vos como pessoas livres, mas sem usar a liberdade como pretexto
             para o mal. Pelo contrário, sede servos de Deus”. (1 Pd 2, 16)

                     
                 Quando somos chamados a transformar a nossa vida e a nossa história de acordo com os princípios evangélicos, uma das características desta mudança se concentra na cura e na libertação do nosso coração, onde está toda a essência da nossa existência e onde guardamos tudo que passamos durante a nossa caminhada terrestre. Somos movidos pelas moções do nosso coração, que significa responder com pensamentos e atos aquilo que ouvimos e decidimos fazer.

A moção é uma resposta que temos daquilo que entra em nosso coração. Um exemplo que podemos dar é a reação que sentimos quando lemos ou escutamos alguma passagem da Sagrada Escritura. Ao ouvir ou ler esta Palavra, poderá causar uma consolação ou uma desolação dentro de nós, que se traduz como “moção”! Portanto, a nossa reação para dar sentido a esta Palavra será de acordo com a situação que se encontra o nosso coração: se ele está na Paz de Jesus, a resposta virá com alegria e consolo e a Palavra se tonará vida em nós; mas se não estiver na Paz de Jesus, virá uma desolação e causará tristeza, e a Palavra não dará vida.

Uma das razões para o nosso coração estar machucado são as várias angústias, revoltas, mágoas, decepções, sofrimentos, aflições, ódios, tristezas, rancores, ciúmes e derrotas que sofremos no dia a dia da nossa vida. Um coração que guarda tudo isso no curso da vida, não é capaz de fazer o bem e nem tão pouco desejar o bem para si mesmo. Um coração que vai acumulando as coisas que vão acontecendo pelo caminho da vida se torna o maior peso que uma pessoa pode carregar. Torna-se impossível alguém com este peso pensar e agir para o bem. Mesmo através de um grande esforço pessoal, um coração ferido e machucado não pode amar com se deve amar.

Como podemos notar, para fazer o bem que precisamos fazer é necessário estar com o coração totalmente livre para amar. Por isso, não temos outra forma para colocar em prática a Palavra de Deus que não seja acolhendo com o coração limpo e puro, a fim de fazer com que ela possa germinar e se tornar carne da nossa carne, pois este é o nosso direito adquirido pela bondade e misericórdia de Deus. A Palavra de Deus só tem sentido para nós quando colocada em prática. Para coloca-la em prática é preciso vivê-la. Para vivê-la precisamos estar com o coração puro como de uma criança!

Portanto, aquilo que precisamos fazer por Amor se torna um direito e não um dever. Recebemos de Deus todas as garantias da eternidade e não foram pelos nossos merecimentos, mas pelo seu grande Amor por cada um de nós. Por isso, o Amor não combina com obrigação e nem com um dever, mas despojado de qualquer meio que não seja totalmente pelas vias da nossa liberdade de amar. Possuímos dentro de nós a inata capacidade de amar, pois nascemos e nos movemos para amar. A nossa vida só tem sentido quando amamos. Sem Amor não temos como fazer o bem, nem para nós e nem para quem quer que seja!

É com este principio que precisamos entrar no coração de Jesus: curar as feridas do nosso coração! As feridas de Jesus são o remédio para a cura e libertação do nosso coração. Por isso, entrando pelas vias do Amor e da oração, rogamos ao Senhor da Vida que cure e liberte o nosso coração. Que seja Ele a dar sentido aos nossos pensamentos e em nossas ações. Conceda-nos, Senhor, sabedoria, Luz e força a fim de podermos lavar e transformar o nosso coração para sermos verdadeiros filhos de Deus, e assim passarmos a viver como discípulos, sem obrigação, mas pelo direito de viver no Amor. Amém!

Deus seja louvado e adorado!


Carlos Alberto Batista – Comunidade Pedras Vivas

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