COMO ESTÃO SENDO EDUCADOS NOSSOS FILHOS?
“Escuta, meu filho, a
disciplina do teu pai, não desprezes a instrução da tua mãe, pois será formoso
diadema em sua cabeça, e colar em teu pescoço.” (Pr 1, 8-9)
Estamos entrando num assunto que sugere o
máximo da nossa atenção a fim de podermos entender o que deseja o autor sagrado
com estas palavras de vida eterna. Trata-se de um conselho diretamente dirigido
aos filhos, e como sabemos, somos todos filhos em qualquer situação que estamos
vivendo hoje. Mesmo sendo pai ou mãe, neste momento em que estamos partilhando
precisamos entrar na pedagogia divina e todos nós nos tornarmos este filho do
qual se refere o Livro dos Provérbios.
Quando se trata da Palavra
de Deus, as mensagens nela contidas são dirigidas a quem está lendo, mas muitas
vezes poderemos cair na tentação de acharmos que estamos lendo para os outros e
não para nós. É comum lembrarmos alguém quando estamos lendo alguma passagem bíblica
como se esta pessoa é que está precisando ouvi-la e vive-la, e não nós que
estamos lendo. Por isso, é bom lembrarmos e trazer para a nossa compreensão de
que somos este filho do qual fala Salomão.
Neste caso, a disciplina da
qual se refere o texto cabe ao nosso Pai e Criador, pois a Sua disciplina é a
mais perfeita e aquela que nos leva ao sentido verdadeiro do Seu Caminho.
Quanto à mãe, esta sugere ser a Santa Mãe Igreja, pois nela está toda a
instrução que precisamos para aprendes a moral cristã, e também reconquistar a
nossa dignidade de filhos de Deus. Portanto, está nos Sacramentos da Santa Mãe
Igreja o referido “formoso diadema” que envolve a nossa cabeça.
No entanto, não podemos
descartar os ensinamentos dos nossos pais terrenos, pois a eles o Pai Criador
confiou a nossa vida e a nossa educação. A eles foram confiados a nossa
educação pessoal e também a nossa formação religiosa, pois cada filho precisa
viver a dimensão da fé dos pais e entender deles a razão da esperança de serem
cristãos. Neste caso, passam o filho e os pais a ser o “filho” pelo qual fala o
texto sagrado. Para Deus, pais e filhos são vistos da mesma forma, ou seja, “filho”!
E como filhos de Deus, como
está a nossa fidelidade na boa educação dos nossos filhos, que antes de tudo,
são filhos de Deus? Estamos revelando a eles a razão da nossa esperança? Podemos
dizer que estamos sendo justo e fiel naquilo que Deus nos confiou? Esta é a
pergunta que necessariamente precisa arder no mais profundo do nosso ser! Nestes
tempos difíceis é que a razão da nossa esperança precisa atingir o coração dos
nossos filhos. É neste tempo que precisamos viver aquilo que confiamos e dar a
eles um sentido contrário ao oferecido pelo mundo sem Deus. Não podemos achar
que estamos sendo justo com Deus, e com nossos filhos, apenas ensinando e
educando para viverem as necessidades deste mundo. Existe uma razão
infinitamente maior do que qualquer outra coisa que é a vida eterna e este ensinamento
não vem das nossas razões naturais, mas do Espírito de Deus!
“Nós tivemos nossos pais
segundo a carne como educadores, e os respeitávamos. Não haveremos de ser muito
mais submissos ao Pai dos Espíritos, a fim de vivermos? Pois eles nos educaram
por pouco tempo, segundo o que lhes parecia bem. Deus, porém, nos educa para o
aproveitamento, a fim de nos comunicar a sua santidade.” (Hb 12, 9-10) Esta
Palavra vem para confirmar a nossa necessidade de ouvir o Pai Criador, pois
educar os filhos se torna necessariamente conhecerem Deus, e Deus nos deu o Seu
filho Jesus, e Jesus nos deu a sua Igreja.
Portanto, dizer que estamos
educando nossos filhos para a vida, precisamos estar conscientes de estarmos
caminhando com eles por este caminho de santidade, pois sem entrar por esta
via, não estaremos sendo justo com Deus. Nossos filhos precisam desta
referência para conhecer outro caminho que não seja apenas aquele que o mundo
oferece, pois sem outra opção ficarão expostos aos caminhos tortuosos que se
apresentarão como os melhores e os mais atrativos.
Pedimos ao Nosso Pai e
Criador que nos envie ao Seu Filho Jesus e nos encha de esperança, fazendo
nascer em nossos corações o desejo de aprender da Santa Mãe Igreja tudo aquilo
que nos faça viver antecipadamente as delícias do céu. Que a nossa família se
transforme em Igreja doméstica, cheia de vida e santidade! Amém!
Deus seja louvado e
adorado!
Carlos Alberto Batista –
Comunidade Católica Pedras Vivas
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