terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS
ATRATIVOS DO MUNDO X ATRATIVOS DA IGREJA
"O meu Reino não é deste mundo" (Jo 18, 36)
Quando colocamos a nossa mente a meditar sobre as condições em que o homem vive neste mundo, concluímos que existe uma grande vantagem para as coisas que o mundo oferece, se comparando com aquilo que Deus lhe propõe. O mundo oferece aquilo que atrai o prazer e realizações pessoais, enquanto Deus oferece aquilo que salva a sua vida. O mundo mostra o que dá prazer, enquanto Deus oferece um caminho. O mundo oferece manjares que encantam os olhos e o paladar, enquanto Deus oferece Ele mesmo num pedacinho de pão. O mundo não se cansa de criar atrativos, enquanto Deus não muda o que já mostrou ontem, hoje e sempre mostrará. O que traz atrativos ao olhar, aparentemente é muito melhor do que aquilo que atrai a alma.
Diante desta triste realidade, outro fator importante que mostra esta desigualdade entre a Igreja de Deus e o mundo, são os alvos preferidos dos dois lados, que são os adolescentes e os jovens! O mundo usa de todas as suas armas para atrair esta grade massa de gente, pois é nesta fase da vida que o homem se abre ao mundo, e descobre toda a sua força e impetuosidade para desbravar o novo. Entre eles e o mundo, existe um grande e vasto universo a ser descoberto, e a sua vontade de desbravá-lo lhe dá uma visão universal dos seus desejos. O adolescente e o jovem não pára em pouca coisa, mas quer tudo que o mundo oferece.
A princípio, parece que Deus já está derrotado, pois a sua oferta, aparentemente, nada tem de atrativo que possa se igualar a tantos atrativos do mundo. Lembramos daquela samaritana do Evangelho, onde ela ia todos os dias buscar água naquele poço em Jericó, afim de saciar a sua sede. Certo dia, sem menos esperar, ao lado do poço estava sentado um certo homem judeu, cujas palavras soaram com tamanha força em seu coração, que a sua vida se transformou como ela jamais poderia imaginar. Neste episódio, ela foi totalmente seduzida pela docilidade daquele homem, pois o que Ele pediu a ela, água, era aquilo que ela mais buscava. No entanto, como podemos perceber no Evangelho, Ele, o judeu, convenceu aquela pagã de que Ele tinha para ela alguma coisa que lhe saciasse a sua sede, e nunca mais ela precisaria buscar água naquela fonte, pois ela se tornaria a própria fonte. Que mistério!
Voltando aos tempos atuais, esta fonte, que é a Santa Mãe Igreja, oferece a todos a água da vida da mesma forma que Jesus ofereceu à Samaritana, que hoje personifica a Igreja. Jesus oferece aquilo que mais desejamos, porém, Ele tem mais sede do que nós. Jesus tem sede da nossa fé, pois deseja ardentemente salvar a nossa alma. Enquanto o mundo com suas ofertas atrativas, deseja o contrário, ou seja, deseja que nossa alma não chegue à plenitude do céu. O mundo com as suas ofertas, tenta esconder o céu dos homens, já que este céu está dentro de nós. Desejando as coisas do mundo, deixaremos de ver dentro de nós as belezas escondidas. Aquilo que Jesus revelou à Samaritana, ela descobriu olhando para dentro de si mesma. A Santa Mãe Igreja não mostra nada que pode ser visto com nossos olhos, e a maior prova disso é a Sagrada Eucaristia, onde se esconde a maior obra da nossa fé: o Corpo e o Sangue de Jesus!
Portanto, não temos nenhuma estratégia e nem outros meios para atrair os homens a Deus. Não existe uma linguagem onde a Igreja poderia usar para convencer as crianças, adolescentes e jovens, afim de se igualar com as gírias do mundo moderno. A Igreja não possui nenhum outro atrativo que não seja o Reino de Deus instaurado e escondido ao mundo por Jesus. Aquele que desejar salvar a sua vida, necessariamente, precisa morrer para o mundo. Não existe outro meio, ou outra linguagem. É essa mesma linguagem usada por Jesus nas páginas Evangélicas.
No entanto, os pais e todos aqueles que se dispuseram a serem verdadeiros discípulos e apóstolos de Jesus, precisam estar cientes de tudo isso, principalmente os pais. Eles precisam ser os primeiros a dar aos filhos a sua contribuição de fé e de esperança. Precisam preparar os filhos, desde pequenos, para serem os protagonistas do mundo novo. Prepará-los para abrirem seus olhos, ouvidos e o coração para a principal mensagem da Santa Mãe Igreja. Eles, os adolescentes e jovens, não podem crescer com medo da Igreja e muito menos sem conhecer a sua missão neste mundo.
Na carta aos Hebreus, o autor sagrado nos oferece um princípio eterno, onde a educação e o zelo dos pais são mostrados como insuficientes para vivermos a nossa verdadeira vida, vejamos: "Ademais, tivemos os nossos pais humanos como educadores, aos quais respeitávamos. Será que não devemos submeter-nos muito mais ao Pai dos espíritos, para termos a vida? Nossos pais humanos nos corrigiam, como melhor lhes parecia, por um tempo passageiro. Deus, porém, nos corrige em vista do nosso bem, a fim de partilharmos a sua santidade." (Hb 12, 9-10)
Por fim, podemos perceber as aparentes dificuldades daqueles que se colocam a serviço da Igreja, tais como: os educadores, catequistas, agentes de pastorais, ministros consagrados e tantos outros que se dispõem a se tornarem evangelizadores. Estes, por sua vez, se tornam as verdadeiras testemunhas da Santa Mãe Igreja, pois são eles os que mais têm contatos com o fiel em sua paróquia ou comunidade. São deles que saem tudo aquilo que poderão atrair os que se iniciam na vida cristã. Ou ainda, desanimar aqueles que chegam com a aquela sede da samaritana, mas não percebem a mesma docilidade que ela recebeu daquele judeu. Por isso, não podemos perder para o mundo nossos adolescentes e nossos jovens, pois se eles estão sendo atraídos com tanta facilidade, chegarão os dias que estarão subvertendo os corações das nossas crianças, pois da mesma forma que temos sede de Deus, o mundo nunca se sacia das nossas almas.
Sejamos dóceis aos desejos de Deus, assim estaremos abrindo nossos corações para a mensagem de Jesus, aquele judeu que mudou a vida e a história da mulher samaritana.
Deus seja louvado e adorado!
Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS
COMO DISCERNIR O QUE VEM PARA O BEM, E O QUE VEM PARA O MAL?
"O senhor conhece os que são Dele" (2 Tm 2, 19)
"Foge das paixões da juventude, busca a justiça, a fé, o amor, a paz com aqueles que invocam o Senhor, de coração puro" (2 Tm 2, 22). Existe um velho ditado que todos nós conhecemos, que diz assim: 'diga-me com quem andas, que direi quem tu és". Neste provérbio popular, existe um grande fundamento de verdade e nos faz compreender muitas coisas ensinadas e exortadas pelo Apóstolo Paulo, em quase todas as suas cartas de cunho pastorais contidas nas Sagradas Escrituras. Especificamente nesta carta endereçada à comunidade de Corintos, o jovem Paulo deseja exortar a todos sobre o tempo de luta e discernimento.
O que ele leva ao conhecimento da comunidade, leva também ao encontro da vida nova exigida pelos que já são batizados e também àqueles que ainda não fizeram a experiência da vida no Espírito Santo nos doado. O que Paulo quer dizer, é que não basta apenas sermos batizados, mas vivermos em profunda comunhão com o Espírito Santo que foi infundido no batizado, tornando-o cristão, ou seja, um novo Cristo. Esta vida nova instituída pelo batismo e confirmada na fé através do Sacramento do Crisma, leva o cristão a perceber em sua caminhada, os caminhos que o leva à vida de santidade, pois na exigência do batismo, santidade é a principal via que nos faz perceber todos os sinais, presença e comunhão perfeita com Jesus Ressuscitado.
Nesta caminha, exige-se uma luta destruidora contra o mal e o contra o pecado, pois é necessário que esta guerra seja encarada através da pureza do coração. Sim! Sem estarmos profundamente na santidade de vida, o pecado não é fácil de ser percebido. Ele aparece normalmente como se fosse uma coisa boa. Nunca vem fazendo estardalhaço, mas sorrateiramente como uma coisa agradável aos olhos e ao paladar. O pecado vem trazendo junto dele tudo aquilo que mais sacia nossos prazeres. Por isso, estar no lugar errado e com a pessoa errada é a melhor ocasião para cairmos em tentação.
Portanto, o que Paulo Apóstolo faz, é ensinar-nos como abrir os nossos olhos para ficarmos atentos às ameaças, pois elas virão de todos os lados. Possuímos dentro de nós a obra da carne e também a obra divina. Atendendo à obra da carne, estaremos sendo contrários a Deus. Enquanto estivermos atentos e vivendo em comunhão com Deus, seremos capazes de vencer todas as ciladas do mal, pois a Luz mostra o que está escondido aos nossos olhos. Assim é o dia-a-dia do verdadeiro Cristão: luta constante contra si mesmo para não perder esta comunhão. Enquanto vivermos, o nosso dia será assim, luta atrás de luta.
A Santa Mãe Igreja está nesta luta constante e nós somos integrantes dela. Somos aquilo que Jesus chama de "ramos", pois a Igreja que é "Persona Christi" e se considera como a Videira e nós os ramos. Não podemos nos contentar em ficar apenas tirando proveito da fé dos outros, mas entrar de peito aberto nesta missão que Deus nos confiou, de sermos "sal da terra e luz do mundo". Neste mundo que gera tanta violência, injustiça, impaciência, perseguição e ameaças. neste mundo de trevas, precisamos ser Luz!
No texto seguinte, Paulo continua sua exortação, que diz: "Fica sabendo que, nos últimos dias, sobrevirão momentos difíceis. As pessoas serão egoístas, gananciosas, presunçosas, soberbas, difamadoras, rebeldes a seus pais, ingratas, sacrílegas, sem coração, implacáveis, incontinentes, desumanas, inimigas do bem, traidoras, insolentes, presunçosas, mais amiga dos prazeres do que de Deus, tendo aparência de piedade, mas desmentindo o seu efeito. FOGE TAMBÉM DESSA GENTE. Deles fazem parte os que entram pelas casas e conseguem carregar mulheres sem juízo, cheias de pecado e movidas por várias paíxões, sempre aprendendo, sem nunca chegar ao conhecimento da verdade." (2 Tm 3, 1-7)
Portanto, precisamos seguir cuidadosamente esses conselhos, pois o mundo está cheio de gente assim. Mas, o cuidado será para não sermos como os fariseus, pois eles apenas julgavam e condenavam os pecadores e aqueles que não cumpriam a lei. Nós, porém, guiados pelo Espírito Santo, não podemos ser assim, mas aprendendo de Jesus a sua misericórdia, onde dar a vida pelos pecadores é a principal missão de quem está vivendo na luta pela santidade. O maior prêmio de quem vive assim, não será obter nenhum sucesso ou recompensa, mas se alegrar doando a sua vida pelo outro, principalmente àquele que menos merece. Assim precisamos ser, assim Deus nos vê, pois precisamos entender que somente vivendo na santidade é que Deus vai nos mostrando e nos revelando quem somos e para onde vamos, levando conosco todos aqueles perdidos pelo caminho.
Que Cristo Jesus nos capacite, nos ensine e não desista de nós, pois precisamos permanecer firmes!
Deus seja louvado e adorado!
Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - CANÇÃO NOVA
Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013, 09h07
A Cátedra de São Pedro ficará vazia no dia 28 de fevereiro
Pe. Joãozinho, scj
Teólogo, escritor e compositor
blog.cancaonova.com/padrejoaozinho
Padre Joãozinho, scj
No dia 22 de fevereiro a liturgia nos convida a celebrar a Festa da Cátedra de Pedro. Mais do que uma simples "cadeira" ou mesmo um "trono", a palavra "cátedra" indica a autoridade para ensinar.
Quando na Bíblia se diz que alguém "sentou e começou a ensinar" significa que seu ensino é repleto de fundamento e autoridade. Foi assim, por exemplo, no conhecido Sermão da Montanha: "Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele" (Mt 5,1). Até na linguagem comum se afirma que um professor eficiente é um "catedrático". A igreja onde fica a cátedra do bispo é chamada de "catedral".
Quando a Igreja Católica celebra esta festa, reconhece que entre os doze apóstolos houve um que ocupou o primeiro lugar e que recebeu a missão de confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22, 31-32). Vemos no Evangelho que Pedro sempre encabeça a lista dos apóstolos. Além disso, ele fala com Jesus em nome dos doze, como está no evangelho escolhido para a Missa deste dia: Mateus 16,13-19.
O mestre convida os discípulos para ir até uma região montanhosa chamada "Cesaréia de Felipe". Ali faz uma pergunta intrigante: "Quem dizem por aí que Eu Sou"? As respostas são as mais variadas. Jesus, então, vai além. Pergunta: "E para vocês, quem Eu Sou?" Certamente houve um silêncio e uma troca silenciosa de olhares. Todos se perguntavam: quem terá coragem de dar uma resposta tão pessoal?! Foi Pedro quem tomou a palavra pronunciou a profissão de fé que fez dele o primeiro Papa do Cristianismo: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!"
Conhecemos o que Jesus disse: "Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Foi isso que deu a Pedro a sua “cátedra”, ou seja, autoridade.
Neste ano vivemos esta festa de uma maneira totalmente diferente e inesperada. No dia 11 de fevereiro o Papa Bento XVI, surpreendeu o mundo anunciando a sua renúncia com as seguintes palavras pronunciadas em latim: "[...] a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a Cátedra de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice".
Muito se especulou sobre o motivo de sua renúncia. A melhor explicação, porém, continua sendo a do próprio Papa: “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado."
Muito mais do que alinhar-se à avalanche de especulações que a imprensa tem feito em torno da renúncia do Papa,o católico praticante que ama a sua Igreja, neste momento está em comunhão de prece com o Santo Padre. É um momento intenso e tenso, mas Bento XVI disse recentemente que pode sentir a prece e o carinho do povo de Deus "quase fisicamente". É o mistério da Igreja que nos unifica no Corpo Místico de Cristo.
No dia 22 de fevereiro de 2006, o próprio Bento XVI fez uma reflexão sobre o significado da "Cátedra de Pedro". Lembrou tratar-se de uma tradição muito antiga, vivida em Roma deste o século IV. Antes disso, disse o Papa, a “cátedra” foi no Cenáculo, em Jerusalém; depois foi na cidade de Antioquia, na hoje Turquia, onde Pedro foi o primeiro bispo; somente depois a “cátedra” foi transferida para Roma que recebeu a missão de congregar todos os povos da terra.
O Papa evocou numerosos testemunhos de santos e doutores da Igreja para explicar o significado espiritual da “cátedra de Pedro”. Um deles, São Jerônimo, escreve assim: “Decidi consultar a cátedra de Pedro, onde se encontra aquela fé que a boca de um Apóstolo exaltou; agora venho pedir um alimento para a minha alma ali, onde outrora recebi a veste de Cristo. Não busco outro primado, a não ser o de Cristo; por isso, ponho-me em comunhão com a tua bem-aventurança, ou seja, com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja” (Cartas I, 15, 1-2). O Papa terminou esta catequese pedindo que todos rezassem pelo seu ministério de sucessor de Pedro: “[...] invocai o Espírito Santo a fim de que sustente sempre com a sua luz e a sua força o meu serviço quotidiano a toda a Igreja. Por isto, bem como pela vossa atenção devota, agradeço-vos de coração.”
Atendamos a este pedido de Bento XVI, particularmente nesta semana intensa que ele e todos nós viveremos.Neste domingo, dia 24 de fevereiro, ele rezará o último "Angelus" de seu pontificado. Na quarta-feira, dia 27, presidirá a última audiência pública para milhares de peregrinos. No dia 28, pela manhã, saudará pessoalmente todos os cadeais presentes em Roma, sem discursar e, às 17h, irá para seu retiro em Castel Gandolfo, onde ficará até que seja eleito o novo Papa. Neste dia, às 20h, Bento XVI não será mais Papa, viverá silenciosa e intensamente o ministério de intercessor.
Pe. Joãozinho, scj
Teólogo, escritor e compositor
Professor na Faculdade Dehoniana
Twitter: @padrejoaozinho
FONTE: Canção Nova
Quando na Bíblia se diz que alguém "sentou e começou a ensinar" significa que seu ensino é repleto de fundamento e autoridade. Foi assim, por exemplo, no conhecido Sermão da Montanha: "Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele" (Mt 5,1). Até na linguagem comum se afirma que um professor eficiente é um "catedrático". A igreja onde fica a cátedra do bispo é chamada de "catedral".
Quando a Igreja Católica celebra esta festa, reconhece que entre os doze apóstolos houve um que ocupou o primeiro lugar e que recebeu a missão de confirmar os irmãos na fé (cf. Lc 22, 31-32). Vemos no Evangelho que Pedro sempre encabeça a lista dos apóstolos. Além disso, ele fala com Jesus em nome dos doze, como está no evangelho escolhido para a Missa deste dia: Mateus 16,13-19.
O mestre convida os discípulos para ir até uma região montanhosa chamada "Cesaréia de Felipe". Ali faz uma pergunta intrigante: "Quem dizem por aí que Eu Sou"? As respostas são as mais variadas. Jesus, então, vai além. Pergunta: "E para vocês, quem Eu Sou?" Certamente houve um silêncio e uma troca silenciosa de olhares. Todos se perguntavam: quem terá coragem de dar uma resposta tão pessoal?! Foi Pedro quem tomou a palavra pronunciou a profissão de fé que fez dele o primeiro Papa do Cristianismo: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!"
Conhecemos o que Jesus disse: "Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Foi isso que deu a Pedro a sua “cátedra”, ou seja, autoridade.
Neste ano vivemos esta festa de uma maneira totalmente diferente e inesperada. No dia 11 de fevereiro o Papa Bento XVI, surpreendeu o mundo anunciando a sua renúncia com as seguintes palavras pronunciadas em latim: "[...] a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a Cátedra de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice".
Muito se especulou sobre o motivo de sua renúncia. A melhor explicação, porém, continua sendo a do próprio Papa: “Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado."
Muito mais do que alinhar-se à avalanche de especulações que a imprensa tem feito em torno da renúncia do Papa,o católico praticante que ama a sua Igreja, neste momento está em comunhão de prece com o Santo Padre. É um momento intenso e tenso, mas Bento XVI disse recentemente que pode sentir a prece e o carinho do povo de Deus "quase fisicamente". É o mistério da Igreja que nos unifica no Corpo Místico de Cristo.
No dia 22 de fevereiro de 2006, o próprio Bento XVI fez uma reflexão sobre o significado da "Cátedra de Pedro". Lembrou tratar-se de uma tradição muito antiga, vivida em Roma deste o século IV. Antes disso, disse o Papa, a “cátedra” foi no Cenáculo, em Jerusalém; depois foi na cidade de Antioquia, na hoje Turquia, onde Pedro foi o primeiro bispo; somente depois a “cátedra” foi transferida para Roma que recebeu a missão de congregar todos os povos da terra.
O Papa evocou numerosos testemunhos de santos e doutores da Igreja para explicar o significado espiritual da “cátedra de Pedro”. Um deles, São Jerônimo, escreve assim: “Decidi consultar a cátedra de Pedro, onde se encontra aquela fé que a boca de um Apóstolo exaltou; agora venho pedir um alimento para a minha alma ali, onde outrora recebi a veste de Cristo. Não busco outro primado, a não ser o de Cristo; por isso, ponho-me em comunhão com a tua bem-aventurança, ou seja, com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja” (Cartas I, 15, 1-2). O Papa terminou esta catequese pedindo que todos rezassem pelo seu ministério de sucessor de Pedro: “[...] invocai o Espírito Santo a fim de que sustente sempre com a sua luz e a sua força o meu serviço quotidiano a toda a Igreja. Por isto, bem como pela vossa atenção devota, agradeço-vos de coração.”
Atendamos a este pedido de Bento XVI, particularmente nesta semana intensa que ele e todos nós viveremos.Neste domingo, dia 24 de fevereiro, ele rezará o último "Angelus" de seu pontificado. Na quarta-feira, dia 27, presidirá a última audiência pública para milhares de peregrinos. No dia 28, pela manhã, saudará pessoalmente todos os cadeais presentes em Roma, sem discursar e, às 17h, irá para seu retiro em Castel Gandolfo, onde ficará até que seja eleito o novo Papa. Neste dia, às 20h, Bento XVI não será mais Papa, viverá silenciosa e intensamente o ministério de intercessor.
Pe. Joãozinho, scj
Teólogo, escritor e compositor
Professor na Faculdade Dehoniana
Twitter: @padrejoaozinho
FONTE: Canção Nova
FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS
NUM MUNDO DE TREVAS, SOMOS A LUZ
"Vós sois a Luz do mundo" (Mt 5, 14)
Logo após o sermão da montanha, ocasião em que Jesus anunciou à multidão a instauração do Reino de Deus, Ele fez uma afirmação que certamente deixou todo o povo atônito e sem entender direito o que Ele queria dizer. Para os dias de hoje, Jesus repete insistentemente esta frase, melhor dizendo, este princípio eterno: "Vós sois a Luz do mundo"! O que quer dizer Jesus afirmando isso, que a princípio nos parece algo indescritível? Simplesmente, somos a Luz de um mundo que vive nas trevas!
Entrando no contexto histórico da nossa criação, lembramos que fomos criados para vivermos em perfeita sintonia com o nosso Criador, mas perdemos esta comunhão em consequência do pecado original. Aquele Deus que caminhava ao lado dos nossos primeiros pais, e falava com eles como se fala a amigos, deixou de ser visto e percebido após Adão e Eva cometerem o primeiro e mortal pecado. Com isso, deixaram de vê-lo por causa de uma cortina negra que invadiu seus olhos e tudo ficou na escuridão. Uma escuridão não notada pelos olhos, mas a escuridão da alma. O homem deixou de viver a sua própria natureza!
Como associar a nossa condição de pecador num mundo que vive nas trevas, com a afirmação de Jesus de que somos "Luz do mundo"? Parece uma contradição sermos constituídos da escuridão e ao mesmo tempo Luz para o mundo! Mas, esta lógica podemos entender entrando no mistério da salvação, mistério este trazido e anunciado por Jesus em seu ministério de Amor. Jesus caminhou por aproximadamente três anos com os apóstolos escolhidos e seus discípulos, ensinando, preparando, educando e curando todas as feridas do coração, deixadas pela vida no pecado e na ignorância.
Nessa caminhada, Jesus foi fazendo uma transformação na vida daqueles que caminhavam com Ele. Aqueles que aderiram com perseverança os passos de Jesus, foram os escolhidos para iniciar o processo de vida nova trazida e inaugurada por Ele. Certamente, eles não sabiam, e nem podiam, concretamente, experimentar tudo aquilo que Jesus os ensinavam. O que ajudaria a compreensão de todos, era o fato de Jesus ensinar e pregar aquilo que Ele vivia, e não somente com palavras, os ensinavam.
De acordo com os Evangelhos, os autores sagrados narram com riqueza de detalhes todo o caminho percorrido por Jesus e seus discípulos, entre eles, a Virgem Maria, sua mãe. Nos quatro Evangelhos, podemos notar que Jesus nunca, jamais abandonou seus seguidores. Ele sempre estava presente naqueles momentos em que as dúvidas apareciam. Jesus fazia perguntas e não os deixavam sem respostas. Jesus cuidou de tudo e de todos, afim de deixar tudo preparado para o grande momento. Para nós, parece que o grande momento é aquele das suas últimas horas, mas não foi essa a realidade. O momento mais importante na história da Salvação, é aquele do Cenáculo, onde, como narra nos Atos dos Apóstolos, setenta e dois discípulos, novamente tendo a Virgem Maria presente, estavam reunidos a pedido de Jesus, que ao aparecerem a eles em várias ocasiões depois da sus ressurreição, os pediram para ficarem reunidos naquele lugar, onde se reuniram para comerem a última ceia.
Ali aconteceu o maior feito da nossa história. Naquele momento em que Jesus cumpriu a sua promessa de nos enviar um novo Paráclito, Espírito Santo transformador, Advogado e Luz da vida, o novo homem acabou de nascer. Ao descer sobre todos os presentes naquele Cenáculo, o Espírito Santo deu ao homem que era mortal, a forma divina. Nesse momento nasce a nova Igreja de Jesus, e o homem se tornou um ser imortal. Deixou de ser templo das trevas, da escuridão e se tornou "sal da terra e luz do mundo". Nisso se cumpriu todas as promessas de Jesus, vindo pela missão do Pai. O homem novo é guiado, inspirado pelo próprio Deus. Ele não está mais andando ao nosso lado, mas caminha dentro de nós. A Santa Mãe Igreja batizou isso de "feliz pecado", pois o que veio para destruir o homem, maior e mais perfeita criação de Deus, Ele transformou em maior graça e milagre: o homem passou de humano, para Divino! Tornando-se capaz de iluminar o mundo de trevas.
Eis aí tudo aquilo que Jesus veio trazer ao mundo: com a sua Divindade, renovar a nossa humanidade. Nossa humanidade foi restaurada e se tornou uma humanidade Divina e Santa. Por isso, de agora em diante precisamos entrar neste contexto histórico: sermos Luz da terra, afim de iluminar a tudo e a todos, e com isso revelar Jesus ao mundo, pois essa Luz não é para nos iluminar, mas para iluminar onde as trevas ainda estão sendo manifestas.
Sejamos alegres na esperança e firmes na fé, sem medo, pois temos dentro de nós o mesmo Espírito Santo que Jesus recebeu naquele dia do batismo no rio Jordão.
Deus seja louvado e adorado!
Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS
FIDELIDADE AO MINISTÉRIO CONFIADO
O espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mc 14, 38b)
Ao ser inspirado a partilhar sobre um tema que talvez não seja eu a pessoa mais indicada para falar sobre o assunto, vem ao meu coração um forte desejo de mostrar aos imãos cristãos de todas as denominações religiosas, que todos nós estamos sob o mesmo jugo do pecado e da morte. Tendo eu assistido a duas reportagens sobre o mal comportamento de dois Sacerdotes brasileiros, ordenados pela Igreja Católica Apostólica Romana e exercendo seus ministérios, não tive como evitar uma grande dose de tristeza em meu coração, pois, tenho comigo, que só o fato de viverem sua vocação e da ordenação para o sacerdócio, já são motivos relevantes para se inspirarem a usar de toda a sua força, todo o seu entendimento e toda a sua inteligência, afim de poderem cumprir com fidelidade e alegria aquilo que lhes foram confiado.
No entanto, somos movidos pela nossa humanidade e pelo nosso instinto, por isso existe dentro de nós uma luta constante em querer o bem, de desejá-lo e até de fazer dele a nossa vida, mas na realidade, não somos capazes de realizá-lo. Mesmo não tendo uma vida religiosa, ou não acreditando em Deus, existe dentro de nós uma capacidade de saber o que é bom e o que é mal. No entanto, por causa da nossa natureza ferida pelo pecado, podemos distinguir o que é bom, mas isso é muito pouco para fazer o bem. "Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero." (Rm 7, 19)
Quando assumimos a nossa fé, adquirida através da fé de nossos pais, assumimos também uma responsabilidade e um compromisso de buscar nesta fé, tudo aquilo que nos dê segurança e certeza de que estamos confiando em alguma coisa real e não somente imaginativa. Somos educados a buscar sempre o caminho do bem, pois a educação dos nossos pais são o reflexo do Amor de Deus, mesmo eles não vivendo aquilo que nos ensinam. Somos para o mundo aquilo que aprendemos dentro de casa.
Voltando ao assunto dos padres, mesmo se eles não fossem ordenados ao sacerdócio, seriam capazes de fazer o que fizeram; porém, a cobrança não seria por serem padres, mas por serem cidadãos comuns. A socidade não aceita os erros cometidos pelas pessoas, como se o erro cometido fosse capaz de tirar toda a dignidade de filhos de Deus. Esta cobrança se torna ainda maior, por serem padres, ordenados para testemunhar ao mundo o Amor de Deus e anunciar a Boa Nova trazida por Jesus. Então, o que fazer para julgarmos esses erros cometidos e não associarmos ao fato de serem sacerdotes? Apenas lembrarmos de que todos somos iguais, e como disse Jesus aos seus discípulos naquela noite em que estava numa profunda vigília de oração: "Vigiai e orai, pois o Espírito está pronto, mas a carne é fraca" (citação acima).
Como vemos, não somos capazes de fazer o bem se não estivermos em profunda comunhão com o Espírito Santo nos doado no Batismo, pois Ele substitui o nosso instinto corrompido pelo pecado original e nos mostra aquilo que precisamos fazer e lutar contra a nossa vontade. Claro, vamos pecar e talvez até mais do que imaginamos ou queremos, mas a graça de Deus estará sempre com aquele que se doa sem reservas para ser totalmente guiado pelo Amor e não pelo instinto. Deus não quer que pereçamos, mas não interfere em nossas escolhas e muito menos em nossa liberdade, mas sabe como transformar todas as coisas e jamais deixará que algo termine como sendo vitória do mal. Quando Deus permite que um dos seus filhos faça um mal, certamente não será por abandoná-lo aos seus desejos e prazeres, mas para mostrar a todos que sem Ele não somos nada.
Seja Padre, Bispo e até o Santo Papa, Deus dá a liberdade para agirem de acordo com suas escolhas, mas não associa a humanidade de cada um com o seu Reino de Amor inaugurado por Jesus aqui na terra. Queremos dizer que a Santa Mãe Igreja não compactua com nenhum erro ou pecado de quem quer que seja, muito menos dos seus Ordenados, mas perdoa como perdoa a todos que pecarem contra o Amor de Deus. A Igreja não faz uma lavagem cerebral em quem se apresenta para fazer o discernimento vocacional e se mostra interessado em ser futuro padre. Ela acolhe a todos os que se mostram dispostos a se entregar pela causa do Reino, por isso, existe um longo tempo para o candiato descobrir e discernir se realmente ele está entrando para o Seminário como uma fuga das suas dificuldades pessoais, ou se realmente está atendendo ao chamado do Pai.
Esta é a nossa reflexão sobre o assunto, sabendo que podemos ainda tirar muitas outras conclusões, pois este assunto requer maturidade de fé e esperança na Igreja de Cristo Jesus. Os erros cometidos pelos padres lhes tiram o direito de exercerem o ministério da Santa Igreja, mas, nem por isso serão abandonados pela Igreja como filhos de Deus. Eles se tornaram uma ameaça para a sociedade como cidadãos, mas adquiriram uma fonte de misericõrdia e de Amor por parte de toda a comunidade cristã católica. A Igreja condena os atos, mas são perdoados como todos os cristãos, no Sacramento da Penitência. Poderão ser condenados pela justiça civíl, mas perdoados pela Misericórdia de Deus.
Portanto, acreditamos na justiça civil e no processo de julgamento, pois toda a autoridade dada ao magistério civil foi dado por Deus, em benefício comum a todos os seus filhos deste mundo.
Deus seja louvado e adorado!
Carlos Aberto Batista - Comunidade Pedras Vivas
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS
ACREDITAMOS EM DEUS, MAS NOS CONTENTAMOS EM NÃO VÊ-LO
"Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança" (Gn 1, 26)
Nas primeiras páginas da Sagrada Escritura, podemos contemplar nas palavras do autor sagrado a sutileza que Deus Criador usa para narrar a história da criação. Notamos que Ele usa o plural e não o singular para expressar a sua nova criação: "façamos o ser humano..." Esta afirmativa nos dá um sinal de que Ele não está sozinho desde o princípio, pois Ele não se refere a uma pessoa, tipo. "faço o ser humano..." mas, declara ser mais de uma pessoa. Esse mistério é o caminho que precisamos para descobrir o Deus criador e buscar nas páginas sagradas uma forma para entender claramente todos seus segredos.
Diante de todos os escritos do Antigo Testamento, podemos mergulhar em histórias, contos, experiências de fé, leis, textos poéticos, orações, cânticos, profecias e reflexões, afim de encontrar subsídios que nos façam atualizar a história do povo de Deus, e fazer do Novo Testamento a porta que se abre e nos mostra claramente este Deus que estava escondido ao povo antigo. Se Deus não estava sozinho e nem criou sozinho todas as criaturas e todo o mundo, é-nos necessário conhecer as outras pessoas que estavam com Ele. Se Deus não quis se mostrar ao antigo povo, assim, como a nós quis se mostrar, porque não nos esforçamos para conhecê-Lo? São duas questões importantes para meditarmos nesta partilha.
Primeiramente, a expressão de "façamos" o ser humano à nossa imagem e semelhança, nos dá uma certeza: Deus é tal e qual um ser humano; ou, seja, dotado de um corpo semelhante ao nosso. Ele é constituído visivelmente da forma de um ser humano, com todos os membros sendo semelhantes ao nosso. Isso já é uma vantagem relevante para buscarmos reconhecer Deus em nossa vida. Partindo do princípio que acreditamos fielmente nas Sagradas Escrituras, o passo seguinte é fomentar a nossa fé para conhecer Aquele que se esconde num corpo; não está à vista dos nossos olhos, mas Ele mesmo afirma que está no meio de nós. Então, precisamos vê-Lo!
Explorando agora o Novo Testamento, somos chamados a entramos na figura de Jesus, pois a nossa maturidade de fé nos dá a convicção de que Ele é o enviado de Deus. Em Jesus se concentra todos os mistérios de Deus. Em Jesus, Deus se revela, e revela aos homens deste mundo todos os seus mistérios, ora escondidos a todas as outras gerações. Em Jesus, Deus realizou um plano. Este plano tem um único fundamento: SALVAÇÃO! Eis o mistério: SALVAÇÃO! Porque este termo: SALVAÇÃO? Porque Deus criou um ser humano e este ser humano perdeu a sua natureza. Este ser humano, criado à imagem e semelhança do Seu criador, perdeu a sua dignidade de ser humano. Perdeu também toda a capacidade de viver conforme o Seu Criador o criou. Este ser humano perdeu toda a sua capacidade de ver o Seu criador, assim como O via aos seus próprios olhos, como narram as palavras da Sagrada Escritura. Este ser humano não tem como viver da forma original de quando foi sonhado, desejado e criado por Deus. O ser humano caiu!
Para o homem voltar a ver Deus como Adão e Eva O viam, naturalmente, Deus precisou criar um plano para salvá-lo, pois esta queda não só escondeu Deus do homem, como também trouxe junto com a queda, a morte do homem. Como Deus não possui uma lata de lixo onde se possa jogar fora aquilo que não presta, Ele, na sua divindade e com todo o seu poder, irá usar a mesma morte para tornar o homem ainda melhor do que quando era antes da sua queda. Deus não desfaz nada que criou, pois tudo que Ele criou é bom, ou é capaz de transformar aquilo que não é bom, em coisa ainda melhor. O plano de SALVAÇÃO será a forma usada para tornar o homem ainda melhor do que era ao ser criado. Para tanto, basta somente um meio para isso ser concretizado na vida de uma pessoa: "ela se conscientizar" de que, mesmo andando, pensando, comendo, alegrando, enxergando, estudando, namorando, casando, tendo filhos, dormindo, acordando, trabalhando, sorrindo e viajando, ela está morta! Sim, está morta!
Poderíamos encontrar um vasto caminho cheio de palavras para descrever e explicar detalhadamente esta realidade, já que as Sagradas Escrituras nos fornece tudo como verdade, mas ficamos somente com esta realidade nos deixada por Jesus: Ele se encarnou e nasceu como um de nós. Precisou nascer como Adão, sem o pecado original (queda) e com Ele trouxe todo o Plano de Salvação. Plano este, que inclui algo novo em nossa natureza: Jesus veio para implantar na terra o Reino dos Céus e dar ao homem uma nova vida. Em nosso corpo que é dirigido pelo instinto humano, voltamos a lembrar, ferido pelo pecado, Jesus entra na forma do Espírito Santo, fazendo de nós um novo Cristo. Isso acontece quando somos batizados. Ao instaurar o Reino de Deus, Jesus criou a Santa Mãe Igreja e deu a ela este poder de santificar a todos que nela crer. Portanto, a este mistério da Salvação que é dada a conhecer a todas as pessoas deste mundo, Deus não pensou sozinho, mas pensou em cada um de nós, dizendo: "façamos" o ser humano à nossa imagem e semelhança. Por isso, somos todos chamados a nos transformar em imagem de Deus e fazer de todos esta sublime imagem. Esta é a nossa missão. Esta é a missão da Santa Mãe Igreja.
Louvado e adorado seja o Nosso Deus Criador!
Carlos Alberto Batista
Comunidade Católica Pedras Vivas
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - CANÇÃO NOVA
Quinta-Feira, 14 de fevereiro 2013, 14h08
O pecado escraviza
O pecado escraviza
No livro de Daniel, está escrito que o rei Nabucodonosor mandou escolher três jovens judeus fortes, a fim de que construíssem a imagem dele feita de ouro, a qual todos eram obrigados a adorar. No entanto, aqueles três jovens judeus não aceitaram adorar a estátua do rei e responderam a ele: "Se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. Mas se ele não quiser nos libertar fica sabendo, ó rei, que não prestaremos culto a teus deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer" (Dn 3,17-18).
Nabucodonosor ficou furioso com a firmeza daqueles jovens, por causa disso mandou acender a fornalha ardente e jogar os três dentro dela. Por três dias os guardas ficaram vendo que os jovens estavam ilesos e repararam também que havia um jovem a mais com eles. O rei, informado disso, foi às pressas para lá e viu que era verdade. Era um anjo do Senhor que foi enviado aos jovens.
Essa história é como uma parábola, pois nos mostra que, a cada dia, estamos mais próximos da vinda do Senhor, mas também do anticristo, o qual vai procedê-lo, governar o mundo inteiro e querer que adoremos a sua estátua. Desde o livro de Daniel, Deus está nos preparando para que nenhum de nós caia na tentação.
Precisamos aguentar firmes, pois Deus vai guardar os seus. Hoje é dia de colhermos d'Ele esta verdade, especialmente você que é jovem precisa adestrar-se e ser firme. Você, jovem, não foi feito para fazer todas as estripulias, mas para ser forte e firme como aqueles jovens do livro de Daniel.
É um erro total quando os pais consentem com o comportamento errado dos seus filhos. Quantos jovens por recuperar, quantos estão por aí perdidos! O pecado é como uma picada de cobra que tem um veneno que leva à morte.
Aquele que entra pelo caminho do pecado acaba tornando-se escravo dele. Quantos jovens dizem que são livres, mas, na verdade, estão se tornando escravos do pecado, do vício, do álcool, escravos da própria sexualidade. Quantas meninas existem por aí que não vivem sem fazer sexo! A coisa mais linda que Deus criou foi a sexualidade, um meio maravilhoso que foi dado por Ele para o casal se unir, mas o inimigo pegou a coisa mais linda que Deus nos deu e jogou na lama.
Você que é jovem, tem toda a oportunidade de livrar-se desse vício que o está estragando. É preciso ser franco, porque o próprio Jesus vai dizer: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8,31-32).
A Canção Nova é um meio de evangelização, especialmente para os jovens, mas Deus foi estendendo isso aos adultos. Nós somos evangelizadores e vivemos para isso. Não podemos nos enganar com as falsas liberdades. Os pais precisam ter muito juízo e não facilitar as coisas para seus filhos. Quanto pai, quanta mãe permitindo que seus filhos durmam no quarto da namorada com toda liberdade! Perderam totalmente a noção de paternidade, de filiação e de sexo. É possível reverter essa situação, mas é preciso que muitos assumam a verdade da Palavra de Deus.
"Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8,31-32). É isso o que Deus quer para você e para muita gente. Una-se a nós.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
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.: Livro
'Fragmentos de uma vida em Deus'
Monsenhor Jonas Abib
.: DVD
'Como é linda a nossa família'
Monsenhor Jonas Abib
FONTE: Canção Nova
Nabucodonosor ficou furioso com a firmeza daqueles jovens, por causa disso mandou acender a fornalha ardente e jogar os três dentro dela. Por três dias os guardas ficaram vendo que os jovens estavam ilesos e repararam também que havia um jovem a mais com eles. O rei, informado disso, foi às pressas para lá e viu que era verdade. Era um anjo do Senhor que foi enviado aos jovens.
"Não podemos nos enganar com as falsas liberdades", adverte monsenhor Jonas
Essa história é como uma parábola, pois nos mostra que, a cada dia, estamos mais próximos da vinda do Senhor, mas também do anticristo, o qual vai procedê-lo, governar o mundo inteiro e querer que adoremos a sua estátua. Desde o livro de Daniel, Deus está nos preparando para que nenhum de nós caia na tentação.
Precisamos aguentar firmes, pois Deus vai guardar os seus. Hoje é dia de colhermos d'Ele esta verdade, especialmente você que é jovem precisa adestrar-se e ser firme. Você, jovem, não foi feito para fazer todas as estripulias, mas para ser forte e firme como aqueles jovens do livro de Daniel.
É um erro total quando os pais consentem com o comportamento errado dos seus filhos. Quantos jovens por recuperar, quantos estão por aí perdidos! O pecado é como uma picada de cobra que tem um veneno que leva à morte.
Aquele que entra pelo caminho do pecado acaba tornando-se escravo dele. Quantos jovens dizem que são livres, mas, na verdade, estão se tornando escravos do pecado, do vício, do álcool, escravos da própria sexualidade. Quantas meninas existem por aí que não vivem sem fazer sexo! A coisa mais linda que Deus criou foi a sexualidade, um meio maravilhoso que foi dado por Ele para o casal se unir, mas o inimigo pegou a coisa mais linda que Deus nos deu e jogou na lama.
Você que é jovem, tem toda a oportunidade de livrar-se desse vício que o está estragando. É preciso ser franco, porque o próprio Jesus vai dizer: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8,31-32).
A Canção Nova é um meio de evangelização, especialmente para os jovens, mas Deus foi estendendo isso aos adultos. Nós somos evangelizadores e vivemos para isso. Não podemos nos enganar com as falsas liberdades. Os pais precisam ter muito juízo e não facilitar as coisas para seus filhos. Quanto pai, quanta mãe permitindo que seus filhos durmam no quarto da namorada com toda liberdade! Perderam totalmente a noção de paternidade, de filiação e de sexo. É possível reverter essa situação, mas é preciso que muitos assumam a verdade da Palavra de Deus.
"Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8,31-32). É isso o que Deus quer para você e para muita gente. Una-se a nós.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
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FONTE: Canção Nova
FORMAÇÃO - CANÇÃO NOVA
Quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013, 12h51
Catequese: Papa destaca o que é a verdadeira conversão
Jéssica Marçal
Da Redação
Canção Nova Roma
O Papa Bento XVI durante a audiência geral desta quarta-feira, 11
No dia em que a Igreja inicia o tempo quaresmal, nesta Quarta-Feira de Cinzas, 13, o Papa Bento XVI reuniu-se com os fiéis na Sala Paulo VI para a audiência geral. O foco de sua reflexão foi este momento específico da vida terrena de Jesus Cristo, lembrando as tentações sofridas por Ele e destacando a necessidade de uma verdadeira e contínua conversão dos fiéis.
Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI – 13/02/2013
.: Veja mais fotos no flickr
A reflexão sobre as tentações sofridas por Jesus é, segundo o Papa, um convite para que cada um responda a uma pergunta fundamental: o que conta verdadeiramente na vida? Ele explicou que o ponto central das tentações pela quais passou Cristo é a proposta de manipular Deus, usá-lo para os próprios interesses, para a própria glória e sucesso, além de ter em sua essência a proposta de colocar a si mesmo no lugar de Deus. “Cada um deveria perguntar-se então: que lugar tem Deus na minha vida? É Ele o Senhor ou sou eu?”, disse.
Bento XVI enfatizou que a superação de tais tentações é um caminho que cada cristão deve percorrer sempre novamente. Ele explicou ainda o significado da “conversão”, um convite sempre tão escutado na Quaresma. “...significa seguir Jesus de modo que o seu Evangelho seja guia concreta da vida; significa deixar que Deus nos transforme, parar de pensar que somos nós os únicos construtores da nossa existência; significa reconhecer que somos criaturas, que dependemos de Deus, do seu amor”.
Por fim, o Papa exortou os fiéis a, neste tempo de Quaresma, no Ano da Fé, a renovarem o empenho no caminho da conversão, para superar a tendência de fechar-se em si mesmo e dar espaço a Deus. “Converter-se significa não fechar-se na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da própria posição, mas assegurar que a cada dia, nas pequenas coisas, a verdade, a fé em Deus e o amor tornem-se a coisa mais importante”, concluiu.
Leia mais
.: Bento XVI volta a explicar o motivo de sua renúncia
Acesse
.: Todas as notícias sobre a renúncia de Bento XVI
FONTE: Canção Nova
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.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI – 13/02/2013
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A reflexão sobre as tentações sofridas por Jesus é, segundo o Papa, um convite para que cada um responda a uma pergunta fundamental: o que conta verdadeiramente na vida? Ele explicou que o ponto central das tentações pela quais passou Cristo é a proposta de manipular Deus, usá-lo para os próprios interesses, para a própria glória e sucesso, além de ter em sua essência a proposta de colocar a si mesmo no lugar de Deus. “Cada um deveria perguntar-se então: que lugar tem Deus na minha vida? É Ele o Senhor ou sou eu?”, disse.
Bento XVI enfatizou que a superação de tais tentações é um caminho que cada cristão deve percorrer sempre novamente. Ele explicou ainda o significado da “conversão”, um convite sempre tão escutado na Quaresma. “...significa seguir Jesus de modo que o seu Evangelho seja guia concreta da vida; significa deixar que Deus nos transforme, parar de pensar que somos nós os únicos construtores da nossa existência; significa reconhecer que somos criaturas, que dependemos de Deus, do seu amor”.
Por fim, o Papa exortou os fiéis a, neste tempo de Quaresma, no Ano da Fé, a renovarem o empenho no caminho da conversão, para superar a tendência de fechar-se em si mesmo e dar espaço a Deus. “Converter-se significa não fechar-se na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da própria posição, mas assegurar que a cada dia, nas pequenas coisas, a verdade, a fé em Deus e o amor tornem-se a coisa mais importante”, concluiu.
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.: Todas as notícias sobre a renúncia de Bento XVI
FONTE: Canção Nova
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - CANÇÃO NOVA
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Deixemos nossas máscaras de lado e assumamos a identidade de Cristo
Nos cinco dias de muita festa e animação pelo Carnaval, os peregrinos que vieram a Chácara Santa Cruz, sede da Comunidade Canção Nova,puderam participar de momentos de louvor, adoração ao Santíssimo Sacramento, pregações e Santa Missa que motivaram a espiritualidade das mais de 30 mil pessoas que passaram pela chácara.
A abertura do Carnaval da Canção Nova se deu na sexta-feira, dia 8, com a celebração da Santa Missa presidida pelo padre Fabrício. .: Clique e confira esta homilia de abertura Na noite de sexta-feira, diferentes ritmos embalaram os foliões desdo sertanejo, na voz da jovem cantora católica, Fernanda Lima, passando pelo irreverente pop rock da Banda Conexa, chegando no samba do Exaltacristo.
.: Veja a primeira noite no Carnaval na CN
Já no segundo dia, Padre Edmilson e Márcio Mendes falaram da importante de buscar uma vida em Cristo e de denunciar as obras das trevas, “A ordem dada por Deus a nós é essa: denunciem as obras das trevas” disse padre Edmilson. Mas, Carnaval e santidade é possível? Essa foi a pergunta que Márcio Mendes fez questão de responder. Clique e confira! À tarde, Eugênio Jorge, pregou sobre a verdadeira alegria que devemos buscar, principalmente durante os dias de Carnaval, já que é durante estes dias em que o mundo tem seduzido a muitos, então, acredite: “Cristo é alegria que não passa!” Mas mesmo “diante das experiências de fé que fazemos, não podemos nos acomodar,” exortou o padre Roger, na Santa Missa. Sábado a noite, aconteceu a segunda noite de shows e o Ministério Amor e Adoração lançou um dos DVDs mais esperados do ano: “Celebramos o Amor”.
Como cristãos, devemos servir de testemunha de Cristo em qualquer lugar que estejamos: “Temos que nos divertir sim, mas não na felicidade que nos leva a morte. Devemos nos divertir na alegria de Deus,” alertou o padre Adriano Zandoná, na manhã de domingo. Em seguida, Emanuel Stênio e Dunga também pregaram:
“Sem o Espírito Santo não dá!” Emanuel Stênio “Qual é o valor de uma vida sem Deus?” Dunga Durante a Santa Missa, um dos momentos mais fortes do acampamento levou emoção aos presentes no Centro de Evangelização, padre Fabrício durante a homilia, convidou o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib para dar testemunho a respeito dos encontros de Carnaval, chamado de Rebanhão. Na manhã de segunda-feira, uma notícia chegou de surpresa a todo mundo, noticiários de modo geral comunicaram que o Papa da Igreja Católica, Bento XVI apresentou seu pedido de renúncia de seu pontificado. A noticia fez com que o foco que antes era para o Carnaval, passava a ser este pedido de renúncia, por conta disso o professor Felipe Aquino para alertar e acalmar tanto os que estavam presentes na chácara, quanto os que acompanhavam o acampamento de suas casas falou-nos: “quero dizer que nós não precisamos nos, porque na história não é a primeira vez que um Papa renuncia e o Código Canônico da Igreja permite que o Santo Padre anuncie a sua renúncia. O papa deixa claro que não tinha condições físicas, mas nos temos que entender que as atividades de um Santo Padre são intensas. ” .: Veja todas as notícias sobre a renúncia de Bento XVI Na terça-feira, último dia de Carnaval, as pregações durante todo o dia do acampamento na Canção Nova, foram convites aos cristãos a anunciar com a alegria a Boa Nova de Cristo. “Nós, católicos, precisamos pregar o Evangelho com alegria”, professor Felipe Aquino “Somente um coração livre é capaz de louvar a Deus.” Diácono Nelsinho Corrêa “Quer evangelizar prime pela qualidade e não pela quantidade.”Ricardo Sá Diante de tudo que vemos e ouvimos durante o Acampamento de Carnaval, podemos afirmar que “Somos formados com dedos de artistas”, por isso “Quais são as máscaras que você usou ou tem usado até hoje? Que máscaras foi estragando a imagem tão linda que Deus foi fazendo em você ?” O Carnaval acabou, por isso “tenha coragem de entregar suas máscaras. Porque mais bonitas que sejam as máscaras que você tem usado, mais bonita é a sua imagem que tem a assinatura de Deus, seu criador,” conclui padre Fabrício. Na última noite de Carnaval, depois de muitos shows, animação e descontração, os peregrinos, foram convidados a deixar de lado suas máscaras e assumir diante do Santíssimo Sacramento a verdadeira identidade de filhos de Deus.
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FONTE: Canção Nova
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FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS
O PAPA BENTO XVI RENUNCIOU. O QUE ISSO MUDA NA IGREJA?
"Estais sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir."
(1 Pe 3, 15)
Em pleno carnaval do ano civil de 2013, a comunidade cristã do mundo inteiro pôde vivenciar e experimentar algo que só havia acontecido por três vezes durante toda a história da Santa Mãe Igreja: a renúncia do Papa Bento XVI. Esse fato não é comum acontecer, e cada um dos Papas que renunciaram tiveram seus motivos relevantes. Ele é o quarto Papa a renunciar ao cargo. Antes dele, o Papa Ponciano deixou o seu Ministério Pontifício no ano de 235. Depois vieram o Papa Celestino V, em 1294; e o Papa Gregório XII, em 1415. Com a renúncia de Gregório XII, foi possível acabar com o chamado Cisma do Ocidente, quando a Igreja chegou a ter um Papa legítimo: Gregório XII e dois anti-Papas: um em Avignon, na França, e outro em Pisa, na Itália.
Como é de nosso conhecimento, nem todo o povo do mundo é Cristão, mas a maioria conhece o Papa que governa a Igreja Católica Apostólica Romana. Sabe que no Estado Vaticano se encontra a sede principal desta Igreja e que o Papa exerce o governo com seu Ministério Pontifício. No entanto, os católicos espalhados pelo mundo não sabem com convicção, ou não conhecem por alguma razão, o papel principal que o Papa exerce nesta Igreja, pois é notória esse desconhecimento que são revelados publicamente e/ou pessoalmente naqueles que se dizem cristãos católicos.
Nós, cristãos católicos, estamos vivendo um período de "descristianização", onde Cristo "parece" estar perdendo terreno em nossa fé, e o mundo não cristão está tendo um certo domínio em todas as estruturas governamentais, sociais, religiosas, pessoais, familiares, culturais, até em certas tradições dos povos e nações. O mundo paganizado está influenciando a todos os que ainda não fizeram a opção pela fé no Cristo da nossa redenção; Cristo este, "Caminho, Verdade e Vida" (Jo 14, 6).
Ao fato em questão, o mundo está buscando explicações, dando suas opiniões, fazendo seus julgamentos e até condenando veementemente esta decisão do Santo Padre, o Papa Bento XVI, como se ele estivesse cometendo o pior ato que se pode imaginar. Falam como conhecessem a verdade e julgam por critérios não cristãos. Esse é o momento propício e providencial para darmos a todos a razão da nossa esperança e fazer o mundo conhecer a nossa fé. Este mundo que não é nosso e a ele não pertencemos. Este mundo em que Jesus instaurou o Reino de Deus. Reino este, que nossos olhos não podem ver, mas podemos viver e revelar.
Ao contrário, vemos nossos irmãos na fé, amigos e familiares, questionando a decisão do Papa e até condenando. Juntado-se ao mundo pagão e levando para o lado anti-cristão suas opiniões e seus julgamentos. Isso não se trata da verdadeira Igreja de Cristo. Isso não é vocação e frutos do cristão católico. O povo cristão precisa levar ao mundo a sua verdade evangélica e a fé que professa. Precisa estar preparada para dar a razão à essa fé, e a todos que ainda não creem, revelar a mensagem da nossa esperança.
De acordo com a nossa história, nada muda em relação à escolha do novo Papa. Aos que levaram o seu Pontificado até a morte, posteriormente ao funeral, deu-se início ao Conclave (comunhão e reunião de todos os Cardeais com menos de 80 anos), afim de realizar a votação para a escolha do novo Papa. Neste caso da renúncia do Papa Bento XVI, assim também teremos esse procedimento. Logo após o último dia do seu Ministério Petrino, no caso, dia 28 de fevereiro, o Vaticano se reunirá para a escolha do novo Papa e a vida da Igreja continua normalmente aquele Caminho da Verdade e da Vida.
Portanto, cabe a nós Cristãos Católicos de todo o mundo, mostrar com a nossa alegria, os agradecimentos ao nosso querido Papa Bento XVI pela sua dedicação, entrega total da sua vida ao Reino de Deus, e entrarmos definitivamente em comunhão com a Santa Mãe Igreja, afim de rezar, interceder e esperar pela Providência Divina, pois é Ele mesmo a fonte de inspiração que fará nossos Cardeais escolherem aquele que governará a Igreja de Jesus Cristo, enquanto seu coração bater com as batidas do Mestre.
Confiantes nesta missão e alegres na fé, pedimos ao Senhor Jesus que conceda força, coragem, sabedoria e Luz para o nosso novo Papa; que ele, ao pegar a sua Cruz, carregue-a mostrando ao mundo a razão da nossa esperança.
Deus seja louvado e adorado!
Carlos A. Batista - Comunidade Pedras Vivas
domingo, 10 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS
"AVANÇA PARA AS ÁGUAS MAIS PROFUNDAS"
"Lançai vossas redes para a pesca"
A humanidade se encontra à beira de um abismo e Jesus continua a dar esta ordem: "Avança para as águas mais profundas e lançai vossas redes para a pesca" (Lc 5,4). Num primeiro instante, somos chamados a entrarmos neste contexto histórico, buscando compreender detalhadamente esta cena no lago de Genesaré.
Uma realidade importante a saber é com relação a este lago, pois é um lago muito piscoso até os dias de hoje. Não é difícil lançar uma rede e deixar de apanhar grande quantidade de peixes, mas neste episódio do Evangelho, Pedro e seus companheiros passaram a noite sem conseguir pescar nada.
Estando exatamente onde Pedro e seus companheiros desembarcariam de suas barcas às margens do lado, por sinal, tristes e abatidos pela noite perdida, Jesus se apresenta a eles de forma simples e decidida, ordenando que avançassem pelas águas mais profundas. Ao dizer isso, Jesus já estava lançando no coração de Pedro algo novo. Algo que ele jamais tinha visto, ouvido e sentido. Como bom pescador, Pedro sabia dos locais onde lançar as redes sem dificuldades para fazer a sua pesca diária, mas desta vez, alguém lhe mostrou que além do seu conhecimento existem outros lugares ainda mais piscosos. Apesar de querer discordar em atender, ele aceitou. Sabemos do final do episódio, onde pescaram muito além do que imaginavam e jamais haviam pescado antes.
Pedro sentiu algo novo em seu coração. Sentiu-se pequeno, pecador e percebeu que aquele Senhor era alguém muito além de um homem comum. Ele possuía um olhar de Amor, um jeito puro, mas ao mesmo tempo firme naquilo que dizia e ordenava. Jesus começava a curar o coração de Pedro, pois Pedro se fez pequeno diante de Jesus. Assim precisamos nos apresentar a Jesus ainda nos dias de hoje.
O convite de Jesus se dirige à sua Igreja; a todos os que se uniram a esta missão de propagar o Evangelho e a confirmar a instauração do Reino de Deus. Avançar por águas mais profundas é deixar a nossa mesmice, a nossa ligação direta com este mundo que tenta nos enganar com suas delícias. É renunciar ao nosso "eu" e acreditar que Jesus está presente aqui no meio de nós da mesma forma que sempre esteve em todos os tempos. Jesus não é uma imaginação e nem apenas um homem histórico, que viveu e nos deixou escrito aquilo que precisamos fazer, mas um homem real, vivo, ressuscitado e ativo na pessoa de quem se dispõe a ser Cristo neste mundo que caminha na escuridão.
Avançar por águas mais profundas é viver algo novo, é nascer de novo, é olhar tudo novo com novos olhos e um novo coração. É uma novidade a cada instante para aqueles que não param de mergulhar pela imensidão do Reino dos Céus. Neste mergulho pelas águas mais profundas, a vida se torna uma rede que vai pescando os homens pelo caminho, assim como fez Jesus em sua caminhada por todos os lugares por onde andou. A vida se torna uma fonte de Amor, e o Amor se torna a isca mais perfeita para pescar os filhos de Deus dispersos neste mundo.
Avançar para as águas mais profundas e lançar as redes: essa é a ordem para todos nós; essa é a ordem para a sua Igreja. Jesus quer mostrar que somos capazes dessa missão, pois sem Ele nada podemos fazer e a nossa vida perde todo o sentido. Jesus quer dizer que a nossa vida sem alcançar o coração das pessoas e levá-los ao coração de Deus é vazia e sem sentido. Jesus quer dizer que uma vida verdadeira não existe sem essa pedagogia de pescar almas para Deus. Pescadores de homens, é assim que se faz o caminho para conhecermos a verdadeira felicidade, pois Jesus também quis dizer que ser feliz é pescar almas para Deus. É encher as redes e não ter forças para carregá-las sozinhos. É viver numa comunidade onde pescar homens é fruto de uma vida santificada pelo Mestre Pescador.
Senhor, ensina-nos a responder com alegria e fidelidade ao seu chamado.
Louvado e adorado seja Deus !!
Carlos A. Batista - Pedras Vivas
sábado, 9 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - CANÇÃO NOVA
FORMAÇÕES
Deus não o fez triste
Toda transformação precisa ser pautada na verdade
Você é um homem de Deus, você é uma mulher de Deus. Quando estamos com o Senhor, queremos descobrir o que Ele tem de bom para nós. Se você buscar por Ele, nunca ficará perdido. Você pode dizer que houve momentos na sua vida em que ficou perdido, mas Deus o encontrou.
“Desde o princípio Deus criou o ser humano e o entregou às mãos do seu arbítrio, acrescentou-lhe seus mandamentos e preceitos e a inteligência, para fazer o que lhe é agradável. Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás. Diante de ti, ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão. Diante do ser humano estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir. A Sabedoria do Senhor é imensa, Ele é forte e poderoso e tudo vê. Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem; Ele conhece todas as obras do ser humano. Não mandou ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença para pecar” (cf. Eclesiástico 15, 14-21).
Toda transformação em nossa vida tem que partir da verdade, que é o ponto para a transformação, para a vida nova. Quando você busca o Senhor, Ele ilumina seu caminho, e a sabedoria passa a visitá-lo de maneira nova. Quem busca o Senhor nunca fica perdido, porque Ele mostra por onde se deve caminhar.
Existe um caminho infalível para a felicidade. A pessoa que coloca em prática a Palavra de Deus é resguardada; este é o caminho infalível para a felicidade. Não adianta saber, é preciso querer fazer a coisa certa. A pergunta que deve acompanhar você é: “Estou fazendo a coisa certa? Nesta minha vida tão curta, estou sendo agradável Àquele que me criou?”.
Peça a Deus o que você quiser, mas saiba que quem manda na sua vida é Ele, pois, do contrário, você será o deus e não Ele. É o Senhor quem governa a nossa vida, basta nos lembrarmos disso para que nossos fardos se tornem mais leves.
“Desde o princípio Deus criou o ser humano e o entregou às mãos do seu arbítrio, acrescentou-lhe seus mandamentos e preceitos e a inteligência, para fazer o que lhe é agradável. Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás. Diante de ti, ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão. Diante do ser humano estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir. A Sabedoria do Senhor é imensa, Ele é forte e poderoso e tudo vê. Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem; Ele conhece todas as obras do ser humano. Não mandou ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença para pecar” (cf. Eclesiástico 15, 14-21).
Toda transformação em nossa vida tem que partir da verdade, que é o ponto para a transformação, para a vida nova. Quando você busca o Senhor, Ele ilumina seu caminho, e a sabedoria passa a visitá-lo de maneira nova. Quem busca o Senhor nunca fica perdido, porque Ele mostra por onde se deve caminhar.
Existe um caminho infalível para a felicidade. A pessoa que coloca em prática a Palavra de Deus é resguardada; este é o caminho infalível para a felicidade. Não adianta saber, é preciso querer fazer a coisa certa. A pergunta que deve acompanhar você é: “Estou fazendo a coisa certa? Nesta minha vida tão curta, estou sendo agradável Àquele que me criou?”.
Peça a Deus o que você quiser, mas saiba que quem manda na sua vida é Ele, pois, do contrário, você será o deus e não Ele. É o Senhor quem governa a nossa vida, basta nos lembrarmos disso para que nossos fardos se tornem mais leves.
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Já parou para pensar que, talvez, você seja o grande meio para salvar as pessoas que convivem contigo? É a sua missão. Imagine se você estivesse nesse mundo só para se realizar e ser feliz. Sua vida seria um fracasso! Quanta coisa difícil você já experimentou e teve de superar! Quem quer só se realizar, diminui muito o que é a vida. Os grandes homens descobriram que o sentido da vida é servir a Deus e por causa d'Ele servir aos outros.
Quantas pessoas você conhece que se tornaram infelizes, porque a vida delas era se preocupar com elas mesmas? Quanta gente você conhece que se tornou infeliz, porque se fechou em seu passado, vive dos restos que não voltam mais, está presa nas lembranças e não consegue avançar?
São João da Cruz diz: “Não importa se o passarinho está amarrado com uma corrente de aço ou um barbante, ele nunca vai voar”. Essas coisas que, no seu passado, foram românticas e bonitas, mas que o prendem a ele, não irão voltar. Às vezes, as pessoas fazem de tudo para avançar, mas a vida delas não deslancha. Por que não? Porque o coração está amarrado a um fato do qual elas não se libertaram, não avançaram. Você precisa se desamarrar do passado que o prende na tristeza.
Deus não o fez triste, a sua tristeza não é agradável a Ele. Você não é, nunca foi e nunca será uma pessoa triste, porque o Senhor não o fez assim. Você pode estar entristecido, mas se lavar o seu passado com o perdão, ficará livre desse mal.
Você não pode deixar que a paixão vivida no passado o impeça de viver um novo amor. Quantas mulheres não se realizaram afetivamente, porque ficaram presas a um amor ilusório! Quantos homens se casaram com uma mulher, mas o coração deles estava preso a outra? Não deixe que uma paixão do passado continue destruindo seu relacionamento.
São João da Cruz diz: “Não importa se o passarinho está amarrado com uma corrente de aço ou um barbante, ele nunca vai voar”. Essas coisas que, no seu passado, foram românticas e bonitas, mas que o prendem a ele, não irão voltar. Às vezes, as pessoas fazem de tudo para avançar, mas a vida delas não deslancha. Por que não? Porque o coração está amarrado a um fato do qual elas não se libertaram, não avançaram. Você precisa se desamarrar do passado que o prende na tristeza.
Deus não o fez triste, a sua tristeza não é agradável a Ele. Você não é, nunca foi e nunca será uma pessoa triste, porque o Senhor não o fez assim. Você pode estar entristecido, mas se lavar o seu passado com o perdão, ficará livre desse mal.
Você não pode deixar que a paixão vivida no passado o impeça de viver um novo amor. Quantas mulheres não se realizaram afetivamente, porque ficaram presas a um amor ilusório! Quantos homens se casaram com uma mulher, mas o coração deles estava preso a outra? Não deixe que uma paixão do passado continue destruindo seu relacionamento.
Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missioná¡rio da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".
06/02/2013 - 00h00marciomendes@cancaonova.com
Missioná¡rio da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".
FONTE: Canção Nova
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
FORMAÇÃO - CANÇÃO NOVA
FORMAÇÕES
Deus não grita nem empurra
Deus é amor e só deseja nos guiar
Enquanto revejo minha vida, em dias de descanso, percebo que há dez anos eu não fazia a mínima ideia de como as coisas iriam acontecer para eu estar onde estou nem como estou hoje. No entanto, percebo também que, infelizmente, continuo iludida de que tenho o controle de minha própria vida.
Gosto de tomar as decisões segundo meus objetivos e busco sempre a vitória em tudo que faço. Mas, enquanto estou ocupada com meus interesses, torno-me insensível à ação do Espírito de Deus em mim, o qual me mostra direções quase sempre bem diferentes das minhas.
Como faz bem parar um pouco e dar espaço ao silêncio e à solidão em nossos dias!
Quando nos permitimos ouvir a voz de Deus, Ele nos faz concientes de Suas inspirações divinas. Seu Espírito é calmo e sereno como uma voz suave ou uma ligeira brisa. O Senhor não grita nem empurra, mas respeita nosso processo e anseia pelo momento certo de falar ao nosso coração. Mas por que temos tanta dificuldade em ouvi-Lo? Existem algumas razões, destaco duas: medo de sermos conduzidos para situações e lugares diante dos quais julgamos que vamos perder nossa liberdade ou, talvez, porque pensamos em Deus como um inimigo que exige de nós algo que julgamos não ser o melhor para nós, ou seja, ainda não confiamos plenamente no Seu amor de Pai.
Gosto de tomar as decisões segundo meus objetivos e busco sempre a vitória em tudo que faço. Mas, enquanto estou ocupada com meus interesses, torno-me insensível à ação do Espírito de Deus em mim, o qual me mostra direções quase sempre bem diferentes das minhas.
Como faz bem parar um pouco e dar espaço ao silêncio e à solidão em nossos dias!
Quando nos permitimos ouvir a voz de Deus, Ele nos faz concientes de Suas inspirações divinas. Seu Espírito é calmo e sereno como uma voz suave ou uma ligeira brisa. O Senhor não grita nem empurra, mas respeita nosso processo e anseia pelo momento certo de falar ao nosso coração. Mas por que temos tanta dificuldade em ouvi-Lo? Existem algumas razões, destaco duas: medo de sermos conduzidos para situações e lugares diante dos quais julgamos que vamos perder nossa liberdade ou, talvez, porque pensamos em Deus como um inimigo que exige de nós algo que julgamos não ser o melhor para nós, ou seja, ainda não confiamos plenamente no Seu amor de Pai.
Deus é amor e só deseja nos guiar para lugares onde os anseios mais profundos do nosso coração possam ser satisfeitos.
Recordo-me de uma época em que eu estava bastante sofrida com o fim de um relacionamento, mas hoje percebo que não havia nada para dar certo. Lembro-me que, numa manhã, entrei na capela para fazer adoração ao Santissimo Sacramento, como faz parte da nossa espiritualidade na Canção Nova - cominudade católica à qual pertenço -, e lá encontrei uma amiga. Conhecendo minha dor, ela dispôs-se a rezar por mim.
Durante a oração, Deus deu a ela uma palavra, a qual foi proclamada com autoridade sobre a minha vida. A palavra é essa: "O Senhor tem para ti desígnios de felicidade". A Palavra parecia contraditória para o momento, mas eu a acolhi e passei a rezar com ela. Durante muitos dias, em meio às lágrimas, eu dizia diante do Santissimo: "O Senhor tem para mim desígnios de felicidade. Meu Deus, eu não vejo nada, mas eu creio!" Hoje compreendo, ao menos em parte, o que Deus estava me dizendo com aquela passagem da Sagrada Escritura e só posso testemunhar que Seus desígnios são realmente plenos de felicidade para a vida de cada um de nós. Ele não exclui, já neste mundo, as lágrimas e as dores próprias do crescimento, mas tem o melhor para nossa vida e quer nos conduzir até lá, porque o Senhor é amor e o amor só deseja o bem.
Muitas vezes, nem nós mesmos sabemos o que realmente queremos; somos, na verdade, levados por nosssos sentimentos feridos, nossa cobiça ou impulsos humanos, e partimos do ponto de vista errado de que esses sentimentos nos dizem o que realmente queremos. Mas Deus vai além dos sentimentos, Ele nos conhece por inteiro, sonda-nos por completo como diz o Salmo 138 e quer nos conduzir sempre pelos caminhos eternos.
Hoje, tenhamos a coragem de ouvir a suave e calma voz de Deus que nos diz: "Não tenha medo de deixar de lado a necessidade que você sente de controlar a sua própria vida. Deixe que eu preencha os vazios mais profundos do seu coração. Eu tenho também para você desígnios de felicidade".
Confiemos, portanto, no amor misericórdioso de Deus que é Pai e não nos abandona jamais. Ele é fiel cumpridor das Suas promessas.
Estamos juntos! Rezo por você.
Dijanira Silva
Recordo-me de uma época em que eu estava bastante sofrida com o fim de um relacionamento, mas hoje percebo que não havia nada para dar certo. Lembro-me que, numa manhã, entrei na capela para fazer adoração ao Santissimo Sacramento, como faz parte da nossa espiritualidade na Canção Nova - cominudade católica à qual pertenço -, e lá encontrei uma amiga. Conhecendo minha dor, ela dispôs-se a rezar por mim.
Durante a oração, Deus deu a ela uma palavra, a qual foi proclamada com autoridade sobre a minha vida. A palavra é essa: "O Senhor tem para ti desígnios de felicidade". A Palavra parecia contraditória para o momento, mas eu a acolhi e passei a rezar com ela. Durante muitos dias, em meio às lágrimas, eu dizia diante do Santissimo: "O Senhor tem para mim desígnios de felicidade. Meu Deus, eu não vejo nada, mas eu creio!" Hoje compreendo, ao menos em parte, o que Deus estava me dizendo com aquela passagem da Sagrada Escritura e só posso testemunhar que Seus desígnios são realmente plenos de felicidade para a vida de cada um de nós. Ele não exclui, já neste mundo, as lágrimas e as dores próprias do crescimento, mas tem o melhor para nossa vida e quer nos conduzir até lá, porque o Senhor é amor e o amor só deseja o bem.
Muitas vezes, nem nós mesmos sabemos o que realmente queremos; somos, na verdade, levados por nosssos sentimentos feridos, nossa cobiça ou impulsos humanos, e partimos do ponto de vista errado de que esses sentimentos nos dizem o que realmente queremos. Mas Deus vai além dos sentimentos, Ele nos conhece por inteiro, sonda-nos por completo como diz o Salmo 138 e quer nos conduzir sempre pelos caminhos eternos.
Hoje, tenhamos a coragem de ouvir a suave e calma voz de Deus que nos diz: "Não tenha medo de deixar de lado a necessidade que você sente de controlar a sua própria vida. Deixe que eu preencha os vazios mais profundos do seu coração. Eu tenho também para você desígnios de felicidade".
Confiemos, portanto, no amor misericórdioso de Deus que é Pai e não nos abandona jamais. Ele é fiel cumpridor das Suas promessas.
Estamos juntos! Rezo por você.
Dijanira Silva
Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com
dijanira@geracaophn.com
Dijanira Silva, Dijanira Silva, missionária da Comunidade Canção Nova, atualmente reside a missão de São Paulo. Apresentadora da Rádio CN América SP.
FONTE: Canção Nova
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