segunda-feira, 13 de maio de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS


                


               A VIDA NOVA EM CRISTO





“Não andeis mais como andam os demais pagãos, na futilidade dos seus pensamentos, com entendimento entenebrecido, alienados da vida de Deus, pela sua ignorância e pela dureza dos seus corações.” (Ef 4, 17-18)

               

                   Estamos partilhando um texto chave da Carta de São Paulo aos Efésios, carta esta que os exegetas e teólogos consideram como uma carta que sugere os mistérios da Igreja. É claro nas palavras de Paulo o chamado para todos entrarem no âmbito da fé, e passarem a viver de acordo com aquilo que propõe o Evangelho de Cristo. Fazendo um paralelo com a situação daquele povo e com a realidade da nossa época, podemos encontrar semelhanças nas mesmas dificuldades para colocarmos em prática o Evangelho anunciado.
O Evangelho de Cristo anunciado é o fundamento da nova vida trazida por Ele. Em todo o Seu projeto de salvação, Jesus traz novas situações de vida numa nova linguagem onde tudo se faz novo de acordo com o projeto inicial da humanidade criada na sua originalidade. A princípio parece que Jesus exige algo impossível para entendermos e vivermos, mas ao começar a mortificar o nosso homem velho, vamos percebendo que nesta Boa Nova está contido o que faz parte da nossa vida e da nossa perfeita humanidade. Tudo é novidade para o homem velho, caduco em seu sentido, mas íntimo do homem natural que estava escondido atrás da escuridão da morte.
Faz sentido Paulo exortar a todos deixarem de pensar e agir como o homem velho, pois ele quer dizer que o homem novo só poderá exercer a sua missão de viver a sua perfeita humanidade, respondendo ao Espírito Santo recebido no batismo, e não mais obedecer aos instintos do homem velho, pois esses instintos são guiados pelo pecado. Portanto, sem entender esta pedagogia evangélica, não saberemos como dar vida ao Espírito Santo que habita em nós, mas vamos seguindo a nossa vida podendo ser Santos, mas na verdade, caminhando para a morte.
Entrando ainda mais na realidade do nosso tempo, existem vários fatores que contribuem para deixarmos de viver como homens novos batizados com Espírito de Deus, que são as inúmeras formas de vida espirituais oferecidas pelo mundo pagão, que se tornam atrativos aos olhos e deliciosos ao coração, pois são fáceis de entender e não custa muito para viver. Em todas elas, as exigências são práticas rotineiras onde tudo se reduz a exercícios de caridade, onde o dar se torna o elemento eficaz para receber de volta. Onde o Amor não se traduz em doar a vida, mas doar algo que possa contribuir para ajudar a si mesmo, como se Deus estivesse anotando num caderninho as nossas boas ações.
Existem várias religiões, seitas, culturas, costumes e tradições que fogem completamente da verdade do Evangelho, onde a sua prática se torna, evidentemente, numa cortina de ferro entre o Espírito de Deus e o espírito imundo. Portanto, entre carregar o título de cristão católico e viver como tal, existe uma grande diferença. Por isso Paulo exorta a buscarmos um novo sentido para a nossa vida e não mais pensando como homem velho. A vida nova em Cristo sugere uma nova postura. É urgente tomarmos uma decisão para entrarmos no âmbito da fé e não mais aceitar viver a nossa caducidade. Urge viver o homem novo, onde as práticas evangélicas trazem ao nosso pensar e agir o homem verdadeiro desejado e sonhado pelo Criador. “Senhor, ajude-nos a tomar esta definitiva e salutar decisão de colocar em práticas as Suas palavras, não mais atendendo aos nossos instintos pecadores”. Sim! Não podemos mais agir de duas formas: ou agimos conforme o Espírito Santo que nos anima, ou incorreremos na caminhada para a morte definitiva.
“Ó tu, que dormes, desperta e levanta-te de entre os mortos, que Cristo te iluminará” (Ef 5, 14b). Se Paulo nos chama para acordarmos deste sono de morte, outra coisa não podemos fazer que não seja realmente acordar para a vida. Às vezes achamos que estamos no caminho, mas a nossa vida não traduz isso. Vivemos sem uma perfeita intimidade com Jesus, onde a sua presença se torna impossível de ser sentida. Todas as outras formas espirituais de viver contradiz a verdade estabelecida pelo Espírito de Deus. O caminho de quem vive as suas ideias através de uma espiritualidade fora do Espírito de Deus, leva a lugares desconhecidos e misteriosos, onde a Luz de Deus não brilha. Este caminho é tenebroso e fecha as portas do céu, onde se encerra a nossa vida no Espírito Santo de Deus.
Portanto, a nossa escolha de agora define o nosso caminho. Precisamos decidir em qual direção vamos estabelecer os nossos passos. Não podemos mais andar por mais de um caminho, pois assim perderemos as pegadas de Cristo. Ser cristão é fazer dos nossos esforços a fim de nos amoldar a Jesus. É fazer do nosso dia-a-dia uma caminhada segura para o céu, onde Jesus nos espera sentado à direita do Pai. E, precisamos acreditar com toda a força da nossa alma, com todo o nosso coração, com todo o nosso entendimento e com toda a nossa inteligência, que não existe outro lugar que se possa encontrar este Caminho que não seja a Igreja Católica Apostólica Romana, esta, criada pela vida, morte e ressurreição de Jesus.
Pedimos pela generosa intercessão da Virgem Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja, que nos ensine a buscar nas Sagradas Escrituras e no rosto de cada pessoa deste mundo, o rosto de Cristo Jesus, pois ela como ninguém conhece Aquele que ela gerou.

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista – Comunidade Católica Pedras Vivas

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