Mt 19, 13-15
Deixai vir a mim as crianças, pois delas é o reino dos céus.
Na antigüidade as crianças não eram consideradas seres significativos na sociedade. Jesus, porém, faz delas os privilegiados do reino de Deus, admiti-as de bom grado na
vida da comunidade cristã. E, com elas, admite e ama com predileção os marginalizados, desconhecidos, desprezados, excluídos da convivência humana. "Destes
é o reino de Deus"! A Igreja e a assembléia litúrgica não podem excluir ninguém, sem
perder o cunho da universalidade da salvação. Ainda hoje, as crianças são por demais desfiguradas por quem quer bonecas e por quem as quer já grandes. As crianças estão no centro da família, da Igreja, da sociedade. Deve-se a elas respeito, justiça, cuidados, Amor; elas têm dignidade de pessoas, têm direitos que os adultos devem defender; existência, alimento, convenientes condições de vida, integridade física e afetiva; direito à verdade, à escola, ao brinquedo; direito de conhecer e amar a Deus. Quando será que nós adultos, pais, irmãos, professores, impedimos as crianças de irem até Jesus? Isso acontece de várias maneiras. Começando da nossa casa, nós, os pais, irmãos e padrinhos das crianças, as impedimos de irem até Jesus, quando não as levamos à missa, quando não as matriculamos na catequese, quando não lhes damos bons exemplos de cristãos etc. Ah! Já sei o que você está querendo dizer. Eu mandei meu filho para a missa, sim. Matriculei minha filha na catequese, e até ensinei os dois a rezar antes de dormir. Ótimo! Mas você deu o exemplo indo à missa também, rezando na presença deles, os levou para o catecismo? Quem acolhe uma criança, acolhe Jesus! (Mt 18,5)
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