terça-feira, 18 de agosto de 2009

LITURGIA DIÁRIA

Mt 19, 23-30

É mais fácil um camelo entrar pelo orifício de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.


Dois temas são desenvolvidos nesse Evangelho: o risco das riquezas(vv.26-36) e a recompensa dos que delas se desapegam (vv 27-30). O primeiro é ilustrado por uma comparação que leva ao absurdo, pois um camelo - uma espécie de corda bem grossa - entrar no buraco de uma agulha de costurar redes. No desenvolvimento do segundo aprendemos que o desapego das riquezas é um meio muito eficaz para ter parte na renovação messiânica. As riqueza são uma cilada. É um prodígio ver um rico que coloca a sua riqueza ao serviço do Reino de Deus. Desejável mesmo é uma pobreza entre indigência e riqueza, ou seja, contentar-se com o pão cotidiano e viver somente com as coisas necessárias, pois trata-se de um saber-se adaptar-se à pedagogia de Jesus. Deus não condena os ricos, mas olha tão somente com que Amor o rico vive a sua riqueza.
Os discípulos espantam-se porque intuem que Jesus entende "riquezas" em sentido amplo: desejo de bem-estar, afã de possuir, preocupações com a insegurança... Mas o Reino de Deus pede que se dê tudo por tudo (Mt 13,44ss). Tal desprendimento é puro dom de Deus. Os discípulos conscientes de havê-lo cumprido, pedem a compensação. O
homem cobra sempre: O que me dás em troca? Pois bem, Deus é generoso; a capacidade de renúncia é capacidade de ter: será uma missão de salvação (juízo final), será "possuir o Reino, a terra" (Mt 5,3s), a vida eterna em Deus e com Deus. Entre esta posse e as posses terrenas as posições serão invertidas.

Carlos A. Batista - Comunidade Católica Pedras Vivas/fundador

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