domingo, 9 de setembro de 2012

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                                         


                                            SOMOS A ESPERANÇA DOS FRUTOS


                                      A vida santificada dá frutos para o Reino de Deus


                "Então disse ao vinhateiro: Há três anos que venho buscar frutos nesta figueira e não encontro" (Lc 13, 7). Como sabemos, Jesus usou um meio inusitado para anunciar o Reino dos Céus. Enquanto fazia da sua missão aquilo que precisava para anunciar a Boa Nova, incomodava os sábios com a sua maneira de expressar e de viver, entre elas, comparar a vida cotidiana com a nova vida.
Aos discípulos, Jesus ensinava com riqueza de detalhes aquilo que na multidão falava em parábolas. Claro, eram as mesmas dificuldades que todos os outros encontravam para entender, porém, a eles Jesus teria mesmo que dar um tratamento diferenciado, pois eram os seus escolhidos para continuarem a missão após sua morte e ressurreição.

Em sua caminhada missionária, Jesus fazia de cada palavra e ação uma escola para os discípulos e uma loucura e confusão para os que se achavam os melhores. Àqueles que se diziam sábios e poderosos,  falava para confundi-los, ao contrário dos discípulos e dos pobres, pois a eles ensinava e agia curando e libertando da pessoa velha. Está aí o verdadeiro sentido da missão salvífica de Jesus: curar e libertar da escravidão pessoal. Jesus já é uma realidade, mas a sua missão continua. Assim, dirigir-se a Jesus em nossos tempos tem a mesma conformação com a época da sua revelação. Portanto, Jesus é o mesmo, com a mesma maneira de agir, de se revelar a quem sente-se escolhido e para quem se abre verdadeiramente para uma vida nova.

A Igreja vem agindo no mundo com as mesmas estratégias, com a mesma metologia, com a mesma fé, com a mesma esperança e com o mesmo Amor. A Igreja é a pessoa de Cristo, onde a presença se faz viva em todos os Sacramentos, principalmente na Eucaristia, onde Jesus se mostra Todo e se dá em alimento espiritual,  e aberta a todos que se disponibilizam-se para dar verdadeiro sentido em sua vida. Os ensinamentos de Jesus continuam abertos, e a mesma multidão o segue, sabendo-se que as mesmas dificuldades de entendê-Lo continuam sendo a barreira mais dura para dar fundamento à fé.

No entanto, com todas as nossas dificuldades, precisamos encontrar os meios para buscar em Jesus aquilo que Ele dá como sentido de vida. Precisamos dos meios mais eficazes para acreditar que Jesus está aqui, ressuscitado e vivo no meio de nós. Precisamos de quem vive esta realidade. Não somos capazes de transformar a nossa capacidade de ver tudo mais real sem auxílio de alguém, ou algo que possa abrir nossos olhos e nossos corações. Como diz São Paulo, estamos mortos e nossa vida se esconde com Cristo" (Cef. Cl 3,3). Para nós, Jesus se torna a única fonte de vida, mas não a ponto de viver a realidade Dele em nós. O mundo, as coisas e as pessoas não dão testemunho disso. Não vemos Jesus em nada e nem em ninguém! O que será de nós, que às vezes entendemos a mensagem de Jesus, mas não somos capazes de colocar em prática seus ensinamentos?

Podemos encontrar nesta partilha a forma ideal para entender a parábola da figueira; Jesus não perdeu a paciência, mas dá uma amostra de que observa atentamente quem está produzindo frutos. A Igreja ensina, exorta, dá a vida através das vocações, oferece os Sacramentos, faz de tudo para levar adiante a missão salvadora, mas o fiel católico só segue Jesus para tirar Dele o que precisa, mas nunca para se tornar alguém que possa produzir frutos. Produzir frutos significa fazer da sua fé uma vida onde Jesus vai sendo anunciado, revelado, através de qualquer situação vivida: sendo criança, homem, mulher, adulto, casado, solteiro, viúvo, divorciado, trabalhador, político, empresário, rico, pobre, religioso ou leigo. Tudo se torna capaz de produzir frutos, estando completamente em comunhão com Jesus em sua Igreja. As palavras convencem, mas o exemplo arrasta! 

Portanto, precisamos ter uma consciência única: estamos mortos! Somente em Jesus reencontraremos a nossa vida e seremos capazes de produzir os frutos esperados. Esta é a nossa missão, a nossa natureza, ou seja, dar frutos! Dar frutos é fazer Jesus acontecer neste mundo, sabendo que Jesus é o mesmo que não será entendido pelos que se acham os bons e os melhores, mas por todos aqueles que se fizerem pequeninos e pobres. Então, ensinemos a todos a serem pobres, e a se tornarem pequeninos, pois deles serão o Reino de Deus!

Deus seja louvado e adorado!


Carlos A. Batista - Comunidade Pedras Vivas





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