EM MISSÃO TÃO DIFÍCIL, TEMOS DE SER SANTOS
"Sobretudo, revesti-vos no Amor, que une a todos na perfeição."
Cl 3, 14)
Quando entramos nesta
escola de Jesus, onde cada um daqueles que decide viver na radicalidade do
Evangelho, também nós entraremos na lista dos que irão sofrer as dores do
martírio, pois não só virão os sofrimentos interiores da renúncia, do despojamento
como também os sofrimentos exteriores, tais como: perseguições, incompreensões,
humilhações, fadigas, viagens, etc.
As histórias da vida dos santos são coroadas de amostras desta natureza,
onde o sofrimento aparece como fundamento mais preciso para fortalecer a fé e
perseverar no anúncio do Reino de Deus. Todos eles, homens e mulheres, que
deixaram tudo em favor do Evangelho, dão testemunhos que por vezes não
conseguiremos entender como foram capazes de suportar. No entanto, precisamos
sempre lembrar que a escola desta vida do Evangelho tem como referência o
próprio Senhor Jesus.
Nos dias de hoje, talvez o sofrimento não seja tão assustador, pois as
perseguições dos cristãos não são como nos dias passados. Mesmo assim, sabemos
que ainda existem países que perseguem cristãos, até tirando-lhes a vida, mas
em proporções muito menores que antigamente. Mas, podemos concluir que os
sofrimentos do momento presente têm a mesma proporção de dor como em todos os
tempos, pois aqueles que se entregam ao projeto da salvação vivem as tentações
de um mundo secularizado, onde os atrativos perseguem a todos com uma força
brutal.
As dificuldades encontradas pelos cristãos que antecederam esta geração
podem ter um peso maior pelos critérios de perseguições: não só eram
perseguidos por serem cristãos, como também, muito pior, por anunciarem e
propagarem a fé em Cristo Jesus. Hoje, podemos dizer que Jesus ainda não foi
anunciado a todos os povos, mas que já é conhecido por quase toda a humanidade,
nem que seja somente por meios de comunicação social. Em face desta facilidade
de comunicação, as missões estrangeiras diminuíram bastante, o que torna mais
simples o anúncio de Jesus.
Portanto, os missionários de Cristo dotados de uma profunda comunhão com
a Santa Mãe Igreja, sendo sacerdotes, religiosos ou leigos, vivem numa dimensão
de dificuldades tal e qual a todos os cristãos de todos os tempos. Hoje, somos
perseguidos pelos atrativos do mundo, onde tudo se faz para tirar o foco da
santidade de vida, esta, fundamental para viver os valores evangélicos. Sem uma
profunda vida se santidade, os discípulos de Cristo não são capazes de se
tornarem "Sal da terra e Luz do mundo".
De acordo com os ensinamentos da Santa Igreja, a vida de santidade não
se encerra num processo de acabamento, mas numa luta diária e sem fim, até o
último suspiro da vida. Viver em estado de santidade é não dar trégua às nossas
inclinações para o pecado. A sagrada escritura nos ensina que "o nosso
adversário, o diabo, anda ao nosso redor como um leão que ruge, procurando a
quem devorar" (1 Pe 5, 8). Este é o nosso grande desafio: estar sempre
prontos para dar razão da nossa esperança a todo aquele que a pedir: (1 Pe 3,
15)
Encerramos esta reflexão na certeza de que ser santo é o fundamento da
nossa fé. Que ser santo não faz de nós pessoas boazinhas e delicadas, mas
totalmente preparados para o que de pior poderá vir. A razão da nossa esperança
não vem dos ideais humanos, mas dos ideais evangélicos, pois aquilo que vier
para nós neste mundo será vivido em honra e glória do Nosso Senhor Jesus, pois
é Nele que se encerra a nossa fé, a nossa força e a nossa esperança.
Que Nossa Senhora das Dores nos ensine todos os caminhos para vivermos
os valores cristãos, assim, fazermos tudo que Seu Filho nos mandar.
Deus seja louvado e adorado!
Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas
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