sábado, 27 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                       



                     
                       
EM MISSÃO TÃO DIFÍCIL, TEMOS DE SER SANTOS

                   



                   "Sobretudo, revesti-vos no Amor, que une a todos na perfeição."  
                                                                Cl 3, 14)
         


              Quando entramos nesta escola de Jesus, onde cada um daqueles que decide viver na radicalidade do Evangelho, também nós entraremos na lista dos que irão sofrer as dores do martírio, pois não só virão os sofrimentos interiores da renúncia, do despojamento como também os sofrimentos exteriores, tais como: perseguições, incompreensões, humilhações, fadigas, viagens, etc.

As histórias da vida dos santos são coroadas de amostras desta natureza, onde o sofrimento aparece como fundamento mais preciso para fortalecer a fé e perseverar no anúncio do Reino de Deus. Todos eles, homens e mulheres, que deixaram tudo em favor do Evangelho, dão testemunhos que por vezes não conseguiremos entender como foram capazes de suportar. No entanto, precisamos sempre lembrar que a escola desta vida do Evangelho tem como referência o próprio Senhor Jesus.

Nos dias de hoje, talvez o sofrimento não seja tão assustador, pois as perseguições dos cristãos não são como nos dias passados. Mesmo assim, sabemos que ainda existem países que perseguem cristãos, até tirando-lhes a vida, mas em proporções muito menores que antigamente. Mas, podemos concluir que os sofrimentos do momento presente têm a mesma proporção de dor como em todos os tempos, pois aqueles que se entregam ao projeto da salvação vivem as tentações de um mundo secularizado, onde os atrativos perseguem a todos com uma força brutal. 

As dificuldades encontradas pelos cristãos que antecederam esta geração podem ter um peso maior pelos critérios de perseguições: não só eram perseguidos por serem cristãos, como também, muito pior, por anunciarem e propagarem a fé em Cristo Jesus. Hoje, podemos dizer que Jesus ainda não foi anunciado a todos os povos, mas que já é conhecido por quase toda a humanidade, nem que seja somente por meios de comunicação social. Em face desta facilidade de comunicação, as missões estrangeiras diminuíram bastante, o que torna mais simples o anúncio de Jesus. 

Portanto, os missionários de Cristo dotados de uma profunda comunhão com a Santa Mãe Igreja, sendo sacerdotes, religiosos ou leigos, vivem numa dimensão de dificuldades tal e qual a todos os cristãos de todos os tempos. Hoje, somos perseguidos pelos atrativos do mundo, onde tudo se faz para tirar o foco da santidade de vida, esta, fundamental para viver os valores evangélicos. Sem uma profunda vida se santidade, os discípulos de Cristo não são capazes de se tornarem "Sal da terra e Luz do mundo".

De acordo com os ensinamentos da Santa Igreja, a vida de santidade não se encerra num processo de acabamento, mas numa luta diária e sem fim, até o último suspiro da vida. Viver em estado de santidade é não dar trégua às nossas inclinações para o pecado. A sagrada escritura nos ensina que "o nosso adversário, o diabo, anda ao nosso redor como um leão que ruge, procurando a quem devorar" (1 Pe 5, 8). Este é o nosso grande desafio: estar sempre prontos para dar razão da nossa esperança a todo aquele que a pedir: (1 Pe 3, 15) 

Encerramos esta reflexão na certeza de que ser santo é o fundamento da nossa fé. Que ser santo não faz de nós pessoas boazinhas e delicadas, mas totalmente preparados para o que de pior poderá vir. A razão da nossa esperança não vem dos ideais humanos, mas dos ideais evangélicos, pois aquilo que vier para nós neste mundo será vivido em honra e glória do Nosso Senhor Jesus, pois é Nele que se encerra a nossa fé, a nossa força e a nossa esperança. 

Que Nossa Senhora das Dores nos ensine todos os caminhos para vivermos os valores cristãos, assim, fazermos tudo que Seu Filho nos mandar.

Deus seja louvado e adorado!


Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas

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