sexta-feira, 5 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

       


                  DA RESSURREIÇÃO DE JESUS NASCE UMA IGREJA QUE INDICA O CAMINHO

                                    "Lançai a rede à direita do barco e achareis" (Jo 21, 6)


               Estamos vivendo a Oitava da Páscoa e a Liturgia nos envolvem no Caminho de Jesus ressuscitado indo ao encontro dos seus discípulos e Apóstolos (Evangelhos), como também, na missão profética da Igreja primitiva, iniciada pelos mesmos Apóstolos e discípulos (Atos dos Apóstolos) de anunciar com fidelidade esta Boa Nova a todos os povos e levar todos à conversão.

Refletindo sobre esses acontecimentos, somos impelidos a entrar com toda a nossa força e inteligência, onde o nosso desafio será o mesmo de todos aqueles homens e mulheres que protagonizaram os fatos narrados nas páginas do Livro Sagrado. Comumente, também somos tentados a condenar a ação do povo judeu em sua trajetória de perseguição a Jesus até a sua morte. Em cada palavra das Sagradas Escrituras, podemos encontrar subsídios que mostram a fidelidade do povo de Israel aos seus costumes, tradições e nas leis. Todos aqueles que tinham fé no Deus de Abrãao, de Isac e de Jacó, não deixavam que nada e ninguém pudesse pensar e agir contrariando a lei e os antigos profetas, tanto que para eles, Jesus estava exatamente contrariando a lei e, pior, que dizia ser o filho deste mesmo Deus. Isso para eles era uma afronta aos seus conhecimentos e costumes, pois a ninguém Deus tinha se revelado.

Se para eles já foi impossível acreditar em Jesus como sendo o Messias esperado, aquele que viria restaurar o povo de Israel, muito mais difícil seria acreditarem em sua ressurreição. Se perseguiram e mataram o próprio Jesus por causa da sua nova forma de mostrar o Deus dos antigos profetas, muito pior fariam com todos aqueles que viessem a professar a fé neste mesmo Jesus. Lutando com toda a fé e esperança, os Apóstolos não se deixaram levar pelas ameças e começaram a anunciar a todo o mundo que Jesus, o mesmo que foi morto em Jerusalém, é na verdade o filho de Deus que veio salvar toda a humanidade, e não somente restaurar o povo de Israel. Esta ação desbravadora e corajosa, foi a primeira missão da nova igreja fundada por Jesus.

Esta Igreja foi fundada especificamente no coração de Jesus e do Pai, muito antes da sua vinda, mas foi declarada oficialmente naquele momento da pesca com os discípulos e Apóstolos. Ali, Jesus curou todas as feridas do coração de Pedro e mostrou a todos que a comunhão e a fraternidade unida em prol de encher a rede, torna o fiel discípulo obediente tão forte, que sozinho arrastou toda a pesca, o que antes, nem todos juntos conseguiam arrastar, tamanha era a quantidade pescada. Mas, Jesus não se limitou à quantidade pescada e nem faz conta disso, mas mostrou com a sua presença que a Igreja se tornaria forte e firme na condução dos seus filhos.

Para confirmar tudo isso, Jesus protagonizou a sua principal característica que é a Comunhão fraterna, onde se concretiza no partir do pão. Neste gesto de tornar sagrado a comunhão entre seus discípulos, Jesus deixou a certeza de que na Eucaristia se concretiza o gesto de fazer do alimento do seu corpo, a comunhão com o Pai e o Espírito Santo, tornando-nos um só como Igreja e Céu. Esta comunhão é o cume da nossa fé, pois dela nos tornamos participes da salvação e Jesus se mostra ao mundo, fazendo da sua ressurreição uma realidade concreta e real. Lembramos que Jesus repetiu esses gestos em outras ocasiões quando ainda estava neste mundo vivendo e realizando o seu ministério, mas na ressurreição esse gesto se perpetua até a consumação do Reino de Deus, pois agora Ele é o próprio Pão da partilha.

Entoemos cantos de júbilos e nos alegremos, pois Ele está no meio de nós. Aleluia!

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas





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