sábado, 6 de abril de 2013

FORMAÇÃO - PEDRAS VIVAS

                          


                            A IGREJA É A VOZ DE CRISTO 


              Calem-se vocês que levam ao povo uma mensagem diferente daquela que desejamos. Calem-se vocês que tentam mudar aquilo que nenhuma lei pode mudar. Calem-se vocês que falam de alguém que já morreu e querem afirmar que ressuscitou. Quem são vocês que nada representam para  povo e, pior, homens iletrados, para falar em nome de Deus? Calem-se...Calem-se!

"Mestre, repreende teus discípulos! Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão". (Lc 19, 39-40)
Neste sábado da Oitava da Páscoa, vamos partilhar o que sustenta a fé da Santa Mãe Igreja, esta Igreja desejada e fundada por Jesus, confiada aos Apóstolos em todas as gerações, e em contínuo crescimento no mundo. Sugerimos que leiam as leituras do dia, pois é nos Atos dos Apóstolos que vamos começar a compreender como foi fundamental a fidelidade dos Apóstolos em manterem-se firme na pregação, mensagem e anúncio do Evangelho, neste caso, sob o testemunho da ressurreição de Jesus. 

Quando começaram a anunciar a Boa Nova, os discípulos ainda não tinham nada além da experiência com Jesus vivo, morto e ressuscitado, ou seja, nada havia sido escrito sob a forma que temos hoje na Sagrada Escritura. Mas, certamente eles possuíram o que há de melhor, pois viveram toda a experiência com Jesus vivo, morto e ressuscitado. Que melhor poderia existir para crerem e levarem adiante o plano da salvação?Antes da sua paixão e morte, Jesus ensinava e mostrava aos discípulos tudo o que ia acontecer, mas por outro lado, sabia que seria impossível que pudessem entender, pois isso se daria somente a partir do batismo do Espírito Santo, pois Ele, O Espírito Santo, revelaria tudo para cada um, da mesma forma que hoje revela a todos nós batizados.

Podemos notar pelos relatos evangélicos o quanto foi difícil para todos acreditarem na ressurreição de Jesus. O quanto Jesus teve que se manter paciente em cada aparição, afim de poderem abrir os olhos do coração e entenderem que era Ele mesmo aquele Mestre que viveu no meio deles. Um dos fatos marcantes das leituras de hoje, trata-se não somente dos relatos dos Atos dos Apóstolos, onde todos querem parar a voz da Igreja, mas sobretudo sobre o Evangelho, onde podemos meditar e refletir naquilo que Jesus explorou para confirmar o seu desejo de tornar sua Igreja sob os pilares dos Apóstolos. 

Se olharmos pela lógica humana, Maria Madalena e os discípulos de Emaús, mostraram mais fé, mais habilidade e mais intimidade com Jesus do que todos os outros discípulos, ao se encontrarem com Jesus ressuscitado. A Maria Madalena bastou apenas Jesus falar o seu nome para saber que era Jesus, enquanto os discípulos de Emaús, bastou perceberem Jesus partindo e abençoando o pão. Claro, antes disso, os dois discípulos que caminhavam tristes e cabisbaixos voltando para o povoado onde moravam, tiveram um bom tempo para descobrir que aquele forasteiro que apareceu do nada, era Jesus. 
Voltando à reflexão, humanamente falando, Madalena e os dois discípulos seriam os escolhidos para darem início à nova Igreja, pois mostraram mais fé. Porém, Jesus não pensa assim! 

Não às mulheres, nem aos discípulos, que têm grande fé, mais aos Apóstolos incrédulos é que Cristo confia a responsabilidade da missão, constituindo-os pontos de referência da fé em vista do juízo. Todo membro da Igreja é responsável pela própria fé, e pela própria existência batismal. Entretanto, para que todos sejam participantes realmente do mistério Pascal do Senhor, deve-se referir-se existencialmente a Ele, através da mediação da função Apostólica, mesmo esta sendo exercida por...incrédulos. Isso quer dizer: sem a intervenção e da mediação da Santa Mãe Igreja, a fé não se estabelece de forma concreta e eficaz neste mundo. Portanto, podemos concluir que não é a fé de um ou de outro que mantém viva e forte a Igreja Apostólica, mas a ação do próprio Jesus que tomou a Si mesmo a função sacerdotal de alicerçá-la com seu poder. 

Que Jesus ressuscitado seja visto, apreciado, vivido e anunciado por cada um de nós, verdadeira Igreja de Deus!

Deus seja louvado e adorado!

Carlos Alberto Batista - Comunidade Pedras Vivas

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